quarta-feira, 29 de junho de 2011

É hora de procurar ajuda? 2/4

Segunda postagem de 4 matérias que entrarão nos dias 27, 29 de Junho e 01, 04 de Julho.


por Robert Epstein

Doutor em psicologia pela Universidade Harvard


Fonte: Revista Mente&Cérebro - edição 216 - Janeiro 2011 - págs 48 a 53



O QUE É NORMAL?

Quando trabalhei como editor-chefe da
Psychology Today, com frequência os leitores me pediam que sugerisse testes de triagem para pessoas com problemas de saúde mental. Procurei por esse material no intuito de ajudar homens e mulheres a encontrar respostas às perguntas como “Será que este meu sentimento de desânimo é normal?”, “Por que eu grito com a minha mulher e meus filhos o tempo todo, mesmo não querendo fazer isso?”, “Será que perdi o controle da bebida?”. Encontrei milhares de testes “caseiros” na internet, mas nenhum havia sido validado cientificamente. Pior ainda, muitos serviam como veículos de marketing para vídeos, livros ou serviços, encaminhando o leitor que respondesse às questões direto para um setor de vendas. Não parecia existir nenhum teste amplo, confiável, favorável ao consumidor, que ajudasse alguém a refletir melhor sobre si mesmo.

Assim, desenvolvi o teste Triagem Epstein em Saúde Mental (Epstein Mental Health Inventory) (EMHI), baseado na quarta edição do
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV), compêndio no qual médicos americanos se baseiam para fazer diagnósticos. O teste cobre 18 problemas psiquiátricos comuns nos Estados Unidos, como depressão maior, fobias, transtorno bipolar e abuso de substâncias, que selecionei usando dados preponderantes do Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH) dos Estados Unidos, entre outras fontes. Para cada distúrbio são considerados três critérios do DSM-IV, que reescrevi em linguagem para leigos.


A ferramenta, porém, não tem o papel de diagnosticar ninguém. Seu objetivo é alertar para possíveis riscos de um transtorno, estimulando a busca por ajuda psicológica. O mais importante é ajudar as pessoas a se sentir e viver melhor, pois minha experiência tem mostrado que qualquer meio legítimo de levá-las a consultar um psicoterapeuta é válido. No ano passado, Laura Muzzatti, aluna da Universidade da Califórnia em San Diego, e eu apresentamos uma avaliação da EMHI usando uma amostragem de 3.403 pessoas que fizeram o teste depois de ele ter sido colocado na internet, em 2007. Verificamos que os resultados previram sete fatores importantes relacionados à saúde mental. A avaliação incluía o grau de felicidade declarado; o quanto se sentiam ativamente responsáveis por seu sucesso pessoal e profissional; se estavam empregados; se fizeram terapia em alguma ocasião, se alguma vez já haviam sido hospitalizados por problemas comportamentais ou emocionais e se, na época do teste, estavam em terapia. A pontuação não diferia de acordo com etnia, mas variava segundo o gênero: a pontuação das mulheres foi 17% mais elevada que a dos homens, parecendo apresentar mais problemas de saúde mental, um resultado consistente com os de outros estudos. Ou, pelo menos, foram mais sinceras e analíticas ao responder o questionário.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

É hora de procurar ajuda? 1/4

Primeira postagem de 4 matérias que entrarão nos dias 27, 29 de Junho e 01, 04 de Julho.


por Robert Epstein

Doutor em psicologia pela Universidade Harvard


Fonte: Revista Mente&Cérebro - edição 216 - Janeiro 2011 - págs 48 a 53


Grande parte das pessoas enfrenta, em algum momento da vida, transtornos de saúde mental que podem ser tratados; é o caso da depressão e do estresse, mas a falta de informação e o preconceito ainda fazem com que adultos e crianças sofram sozinhos em vez de procurar um profissional qualificado

Vinte e três milhões. Este é o número de brasileiros que necessitam de acompanhamento na área da saúde mental. Desse total, pelo menos 5 milhões sofrem com transtornos graves e persistentes, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesse universo encontram-se crianças e adultos que sofrem de patologias como depressão, transtornos de ansiedade, distúrbios de atenção e hiperatividade e dependência de álcool e drogas. Aproximadamente 80% das pessoas que sofrem com esses transtornos não recebem nenhum tipo de tratamento. Mas a situação não é prerrogativa do Brasil. Ainda de acordo com a OMS, um em cada quatro americanos passa por um transtorno psiquiátrico diagnosticável em algum momento da vida. Exageros à parte, no decorrer de nossa existência muitas vezes nos perguntamos se somos mentalmente saudáveis e se não estaria na hora de buscar ajuda profissional. A preocupação faz sentido: de fato, quase metade da população do planeta apresenta algum tipo de transtorno durante a vida. Infelizmente, porém, em cerca de dois terços dos casos os problemas comportamentais e emocionais jamais são diagnosticados e acompanhados, embora muitos deles possam ser tratados de maneira eficaz. Mais de 80% das pessoas com depressão grave, por exemplo, são capazes de se beneficiar significativamente da combinação de medicação e terapia.


O preconceito, porém, ainda é um empecilho para a busca de auxílio especializado. Não raro, ouve-se até mesmo de pessoas razoavelmente bem informadas que “psicoterapia é coisa para louco”. A postura defensiva pode se mostrar de várias maneiras, como pela desqualificação dos profissionais ou de si próprio. Para muitos prevalece, por exemplo, a ameaça de que “o psicoterapeuta saberá mais sobre mim do que eu mesmo; descobrirá segredos dos quais nem suspeito”. Pode também surgir a fantasia onipotente de que “ninguém pode me ajudar”. Ou ainda o pensamento persecutório referenciado na opinião alheia: “O que os outros vão pensar se souberem que vou a um psicólogo?”. Qualquer que seja a forma como se apresente, a resistência não aparece por acaso: em geral, é inerente à própria patologia e tem a ver com o funcionamento psíquico da pessoa. E, infelizmente, às vezes persiste por muito tempo, até que o paciente decida buscar ajuda.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Usuários de drogas têm dificuldades em reconhecer emoções

Hype Science

Segundo cientistas da Universidade de Granada, na Espanha, pessoas que abusam das drogas têm dificuldade em identificar emoções a partir de uma expressão facial.

O estudo analisou o reconhecimento de emoções básicas, como alegria, surpresa, raiva, tristeza, medo e aversão. Desses, raiva, aversão, medo e tristeza foram os que mais geraram dificuldades aos usuários.

Para realizar o estudo, os pesquisadores realizaram uma avaliação neuropsicológica (com avaliação cognitiva e emocional, além de testes de processamento) em 123 pessoas usuárias de diferentes tipos de drogas e 67 não-usuárias, todas com as mesmas características sociais e demográficas. O público alvo foi recrutado em dois projetos de reabilitação na província de Granada, e consumiam drogas como maconha, cocaína, heroína e ectasy.
O estudo revelou que 70% dos toxicodependentes apresentavam algum tipo de deterioração psicológica, independentemente do tipo de substância consumida. Os efeitos mais severos estavam relacionados à memória de curto prazo, mas a fluência, flexibilidade e planejamento também foram prejudicados.

Fonte: UNIAD

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Slow Food: a Favor do Comer Bem

Ao pé da letra, slow food vem do inglês e significa “comer devagar”. Mas o curioso é que esse movimento, que começou em 1989 na Itália, vai muito além de tentar fazer com que as pessoas comam melhor...

A favor da alimentação com prazer e da responsabilidade sócio-ambiental, o slow food é um movimento que vai contra o ritmo acelerado de vida da maioria das pessoas hoje: o ritmo fast food*, que valoriza a rapidez e não a qualidade. Traduzido na alimentação, o “fast food” está nos produtos artificiais, muito processados e muito distantes da sua natureza (como os lanches ricos em gorduras, os salgadinhos e biscoitos convencionais, entre outros), práticos, mas ao mesmo tempo péssimos pra nossa saúde.

Agora, vamos deixar de lado o fast e entender melhor o slow food. Segundo esse movimento, o alimento deve ser:

- bom: tão gostoso que merece ser saboreado com calma, fazendo de cada refeição uma pausa especial do dia;
-
limpo: que faz bem à saúde do consumidor e dos produtores, e que não prejudica o meio ambiente, nem os animais;
-
justo: produzido com honestidade social e, de preferência, de produtores locais.

Deu pra ver que o slow food traz muita coisa interessante para o nosso dia-a-dia. Ele resgata valores tão importantes, mas que muitas vezes passam despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando o mundo todo, inclusive o nosso país.

E você? Quer fazer parte desse movimento também? As dicas a seguir são ótimas para colocar o slow food no nosso dia-a-dia de um jeito prático e bem divertido:

1- se tiver um cantinho para horta, faça uma em casa. Alimentos fresquinhos têm um sabor super especial e fazem muito bem à saúde. Vasinhos são boas soluções pra quem não tem muito espaço;

2- conheça melhor o alimento que vai pra sua mesa. Procure saber quem são os produtores, se eles trabalham com produção limpa (com alimentos que não prejudicam a saúde do consumidor nem os trabalhadores, não poluem o meio ambiente, nem exploram os animais durante a produção);

3- prefira comprar alimentos de produtores locais. Eles gastam menos combustíveis no transporte, e com isso ajudam a diminuir a poluição. Além disso, você incentiva o crescimento dos pequenos agricultores;

4- ajudar a proteger os alimentos do nosso país para que não entrem em extinção é uma das causas defendidas pelo slow food. Pesquise, procure conhecer a riqueza natural do nosso Brasil e traga-a pra sua mesa. Repasse essa dica aos seus amigos;

5- faça seu dia ficar cheio de momentos especiais. Isso é mais fácil do que parece, até porque o prazer e a felicidade muitas vezes estão nas coisas simples da vida. Então, tente se “desligar” da correria por alguns instantes e reserve um tempo para si, para cultivar o bem-estar, pensar em coisas boas. Uma ótima oportunidade para isso é a hora das refeições: procure comer em lugares calmos, em ambientes tranqüilos o suficiente para te deixar “pensar positivo”, enquanto saboreia uma comida gostosa, saudável e justa;

6- cultive relacionamentos que fazem bem pra você. Sempre que puder, arrume um espaço na agenda pra estar na companhia de pessoas agradáveis. Almoços e jantares são ótimas oportunidades pra isso.

Para mais informações, visite www.slowfoodbrasil.com

Entrevista cedida por Cláudia Matos, Chef de Culinária Natural, membro do Slow Food e proprietária do Espaço Zym (www.zym.com.br)


* fast food também é um termo que vem do inglês e significa “comida rápida”. Refere-se aos lanches e outros produtos fáceis e rápidos de fazer, mas que apesar dessa vantagem de acompanharem o ritmo de vida tão corrido da maioria das pessoas, também trazem muitos problemas à saúde.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A METÁFORA DA BORBOLETA_6/6

A metáfora da borboleta e a psicopedagogia.

Nikos Azanizaki


Esta pequena história nos faz pensar num dos aspectos do trabalho psicopedagógico, ou seja, sobre o respeito ao aluno e às necessidades de aprendizagem de cada criança. A lagarta passa por um longo processo de transformação para virar borboleta e poder voar. A lagarta se alimenta muito para crescer. Este "alimenta-se para crescer" do ponto de vista da psicopedagogia são as experiências que a criança vai adquirindo em contato com as pessoas, os objetos e o mundo em geral. Há que se selecionar os "alimentos estímulos" mais apropriados para este crescimento. Depois, ao formar o casulo, a lagarta entra em repouso. Este tempo é necessário para que haja uma assimilação e uma acomodação das experiências, para que o sujeito as possa tomar como suas, fazendo e refazendo, como se construísse o seu casulo. Mas, a o tempo de sair do casulo e poder voar. Tempo de mostrar, de expressar, de comunicar. As formas de mostrar o que se sabe são variadas, às vezes são desenhos, ou são novas brincadeiras, ou, até novas perguntas. Só que cada lagarta tem seu tempo de casulo e seu tempo de ser borboleta. Não há como forçar e nem como acelerar os tempos, sem o risco de perdermos o vôo da borboleta!

Os comentários sobre a história da borboleta foram feitos por Erzsebet Mangucci - autora do livro Vivendo a Leitura e a Escrita, da Solução Editora.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A METÁFORA DA BORBOLETA_5/6

A METÁFORA DA BORBOLETA

“Lembro-me de uma manhã em que eu havia descoberto um casulo na casca de uma árvore, no momento em que a borboleta rompia o invólucro e se preparava para sair. Esperei bastante tempo, mas estava demorando muito, e eu estava com pressa. Irritado, curvei-me e comecei a esquentar o casulo com meu hálito. Eu o esquentava e o milagre começou a acontecer diante de mim, a um ritmo mais rápido que o natural. O invólucro se abriu, a borboleta saiu se arrastando e nunca hei de esquecer o horror que senti então: suas asas ainda não estavam abertas e com todo o seu corpinho que tremia, ela se esforçava para desdobrá-las. Curvado por cima dela, eu a ajudava com o calor do meu hálito. Em vão. Era necessário um acidente natural e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente ao sol - agora era tarde demais. Meu sopro obrigara a borboleta a se mostrar toda amarrotada, antes do tempo. Ela se agitou desesperada, alguns segundos depois morreu na palma da minha mão. Aquele pequeno cadáver é, eu acho”, o peso maior que tenho na consciência. Pois, hoje entendo bem isso, é um pecado mortal forçar as leis da natureza. Temos que não nos apressar, não ficar impacientes, seguir com confiança o ritmo do Eterno."

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A METÁFORA DA BORBOLETA_4/6

A metáfora do vidro e a psicopedagogia

O hábito de ficar dentro dos vidros acaba se tornando cômodo para algumas crianças, elas se adaptam à forma do vidro e acabam se sentindo até desconfortáveis fora dele. Quanto mais elas se moldam ao vidro menos trabalho dão aos adultos. Outras, porém, sofrem porque são diferentes e esta diferença não é levada em conta; elas não recebem nenhum tipo de ajuda e de estímulo.

Mas, será que é isso que se quer do processo educacional? Todo mundo pensando igual e fazendo tudo igual?

O vidro filtra o que o professor fala e também o que fala o aluno. A comunicação e portanto as relações entre eles não são espontâneas. Ouvir é diferente de escutar ativamente, é muito diferente! Em se tratando de crianças e adolescentes, há que se fazer um esforço extra para entender exatamente o que eles querem dizer! Mesmo assim, com todo nosso esforço e atenção, quantas perguntas deixaram de ser formuladas e quantas outras deixaram de ser respondidas!

As crianças que ficaram tempo demais dentro de vidros adoram as aulas de educação física. O corpo do aprendiz faz parte dele, é através do corpo que ele fala, que expressa seus sentimentos e que ele aprende. Assim há muitas maneiras de aprender e todas elas devem ser colocadas à disposição do aprendiz.

Um dia teremos a revolução dos vidros, e a diferença, não mais a mesmice, será valorizada! A Psicopedagogia lida essencialmente com a aceitação dessas diferenças, tentando entendê-las. É através da busca de novos caminhos que ela pretende dar um novo significado à aprendizagem.

Comentários sobre o texto feito por Erzsebet Mangucci - Psicopedagoga

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A METÁFORA DA BORBOLETA_3/6

QUANDO A ESCOLA É DE VIDRO

Trecho do livro de Ruth Rocha


Eu ia para a escola todos os dias de manhã e quando chegava, logo, logo, eu tinha que me meter no vidro. É, no vidro!

Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada um, não! O vidro dependia da classe em que a gente estudava.

Se você estava no primeiro ano, ganhava um vidro de um tamanho. Se você fosse do segundo ano, seu vidro era um pouquinho maior. E assim, os vidros iam crescendo à medida que você ia passando de ano.

Se não passasse de ano, era um horror. Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado.

Coubesse ou não coubesse.

Aliás, nunca ninguém se preocupou em saber se a gente cabia nos vidros. E para falar a verdade, ninguém cabia direito.

Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram pequenos e ficavam afundados no vidro, nem assim era confortável.

A gente não escutava direito o que os professores diziam, os professores não entendiam o que a gente falava, e a gente nem podia respirar direito...

A gente só podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de educação física. Mas aí a gente já estava desesperado de tanto ficar preso e começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A METÁFORA DA BORBOLETA_2/6

A teoria da Inteligência Emocional considera oito tipos de inteligências, a saber:

1. Lógico-matemática - O inglês Stephen Hawk é um gênio do tipo lógico-matemático. Ele, embora preso a uma cadeira de rodas por causa de uma doença degenerativa, é Doutor em Cosmologia e ocupa a cadeira de lsaac Newton como professor da Universidade de Cambridge.

2. Musical - A cantora Rita Lee é um exemplo de fértil inteligência musical: além de cantora e compositora, toca guitarra, flauta e harpa.

3. Linguística - O romancista Jorge Amado é dotado de excepcional inteligência lingüística. É o mais traduzido dos autores brasileiros.

4. Espacial - Imagine como o arquiteto Oscar Niemeyer projetou Brasília. Onde nada havia, ele "viu" construções com formas e volumes variados. Sua inteligência espacial tornou-o capaz de prever e solucionar problemas liberando seu potencial criativo.

5. Corporal-cinestésica - Pense no quanto o cérebro de Paula Silva, a Paula do basquete, trabalha para que os músculos e nervos realizem movimentos precisos e com a força necessária às suas jogadas.

6. Pictórica - O cartunista mineiro Ziraldo Alves Pinto, autor de personagens como o Pererê e o Menino Maluquinho, faz muito mais do que coordenar traços bem feitos. Dono de uma brilhante inteligência pictórica consegue sintetizar idéias completas em detalhes do desenho.

7. Interpessoal - O talento da apresentadora Hebe Camargo para se relacionar com seu público é um exemplo típico de inteligência interpessoal desenvolvida.

8. Intrapessoal - Nelson Mandela é um exemplo de como o equilíbrio pessoal pode determinar uma trajetória de vida. Libertado em 1990, depois de 27 anos na prisão do regime racista, ostentava uma inabalável integridade moral e política. Imediatamente passou a negociar, em seu país, o fim da segregação racial. Em 1993, ganhou o prêmio Nobel da Paz e, em 1994, venceu a primeira eleição multirracial de seu país.

Extraído da revista Nova Escola - abril, 1997. Editora Abril. SP.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A METÁFORA DA BORBOLETA_1/6

A Inteligência Emocional

O que é esta tão falada Inteligência Emocional, e qual o seu significado no dia-a-dia da sala de aula?

Sabe-se que a inteligência não é um bloco único nem se reduz à capacidade de estabelecer relações adequadas: envolvem uma multiplicidade de habilidades, algumas mais específicas como os talentos ou dons musicais, para o desenho, a corporal-cinestésica ou a espacial, outras mais genéricas como as habilidades lingüísticas, a lógico-matemática, todas inter-relacionadas entre si, de modo que uma ajude a outra.

Assim como cada vez mais não se pode separar corpo e mente, já não se distingue tanto a razão de sentimento, como antigamente se fazia. Aderindo à terminologia da moda, estamos falando da abordagem holística (do grego, completo, total, inteiro) do ser humano.

Seu aluno não é um corpo que age, uma cabeça que pensa, matizado por emoções: tudo isso está constantemente em jogo na forma de vários conjuntos em intersecção.

Inteligência Emocional quer dizer que, embora a emoção exista em nós no estado bruto (no famoso inconsciente da Psicanálise), ela interfere de forma mais ou menos favorável no nosso desempenho como um todo, facilitando ou dificultando nossas percepções e relações, das mais concretas às mais abstratas. A interferência das emoções nos leva a atuar de forma inteligente, a nosso favor ou contra nós. A questão a ser respondida é "Por que fulano, tão inteligente, é tão mal sucedido?".

Há um livro chamado A Inteligência Contra Si Mesma, onde você poderá se informar com mais profundidade sobre esse assunto. Texto de Margarida Sacramento - Psicóloga.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Inteligência Emocional_Aprendendo a lidar com as emoções

Necessidade

Alfabetização emocional

Equilíbrio entre a racionalidade e a compaixão

Aumento da auto-consciência

Aprender a lidar com sentimentos aflitivos

Manter otimismo e perseverança, apesar das frustrações

Aumentar a capacidade de empatia e envolvimento

Estimular a cooperação e a ligação social

Autocontrole

Zelo e persistência

Capacidade de nos auto-motivar

Inteligência Emocional

Capacidade de conhecer-se: reconhecer sentimentos de raiva e ansiedade, a tristeza e a alegria, ter empatia com esses sentimentos nos outros. A Inteligência Emocional engloba também empatia, otimismo, iguala o sucesso no trabalho e na vida pessoal, no amor.

A auto-motivação é a base da Inteligência Emocional. Não basta formidáveis aptidões intelectuais (não importa o quanto é alto o seu QI). O indivíduo dotado de Inteligência Emocional é capaz de:

  • Auto-controle emocional, abandonando estados e espírito negativos e permitindo-se novas perspectivas

  • Controlar seus impulsos, tolerando frustrações e impedindo que pensamentos negativos ou preocupações excessivas prejudiquem a capacidade de raciocínio.

  • Ter crenças positivas sobre os fatos da vida e enfrentar os desafios.

  • Saber interpretar os canais não verbais da comunicação, percebendo como o outro se sente.

  • Saber avaliar as emoções das outras pessoas, coordenando os estados de espírito e marcando o início da sintonia no relacionamento inter-pessoal.

  • Ter adequada e consistente auto-estima.

Assim, é dotado de Inteligência Emocional quem conhece os seus pensamentos equilibrando-os e não apenas suprindo-os em fase de desconforto.

Aplicação de técnica

Cérebro

  • Cérebro pensante

  • Neocórtex (sede do pensamento)

  • Cérebro raiz (regula as funções básicas)

  • Sistema límbico

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Droga derivada do crack tem efeito devastador

TV Brasil

Dr. Antônio Geraldo, Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, esclarece nessa entrevista os malefícios da nova droga, o Oxi. Você já ouviu falar em Oxi? É o nome da droga que vem preocupando autoridades de todo o país. Derivada do crack, ela tem um efeito devastador no organismo. O vício vem rápido e pode ser fatal.

Assista à reportagem no site da ABP: clique aqui

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Descanso começa pelos pés

Não tem nada melhor que chegar em casa no final do dia e tirar os sapatos, não é? Passar o dia todo de pé, usar salto alto ou sapato que aperta, andar muito, correr... chega uma hora que os pés começam a pedir socorro. Os pés são nossa base, é a partir deles que nós crescemos e sobre eles nos equilibramos. Daí vem tanta importância em cuidar bem deles.

Nossos pés podem dizer muito a nosso respeito, não apenas por serem responsáveis por nos levar por onde quer que formos, mas também porque nele estão representados os órgãos, glândulas e outras partes do nosso corpo. E sabe como isso acontece? Através das terminações nervosas que interligam várias partes diferentes do nosso corpo, como essas que citamos agora. É por causa disso que uma boa massagem nos pés é capaz de fazer o milagre de nos dar uma sensação de bem-estar e relaxamento por todo o resto do corpo.

Quer aprender algumas técnicas rápidas de relaxamento para os pés? Então vamos lá:

  1. Tire os sapatos e caminhe descalço por alguns minutos, concentrando-se para perceber bem o contato dos pés com o chão;
  2. Fique de joelhos com os dedos dos pés revirados (fig. 1);
  3. Estique os pés e sente-se sobre os calcanhares (fig. 2);
  4. Mantenha os dedões unidos e afaste os calcanhares, sentando-se entre eles (fig. 3);
  5. Por último, sobreponha o pé direito sobre o esquerdo e repita com o outro pé (fig. 4).

Permaneça nas posições por quanto tempo for confortável, sem forçar. Se sentir cãibras, pare.

Outra dica deliciosa é fazer um escalda-pés em casa. É muito fácil, veja só:

  1. Em uma bacia, coloque bolinhas de gude, pedrinhas arredondadas ou feijão cru (ou outro grão parecido, como soja, por exemplo);
  2. Acrescente água quente e ervas como camomila ou capim-cidreira para ajudar a relaxar. Se preferir, acrescente sal moído (“sal marinho”) para ajuda a ativar a circulação e reduzir o inchaço (evite-o se tiver pressão alta);
  3. Fique com os pés na água por 15 a 25 minutos mantendo a temperatura aquecida;
  4. No final, complete com uma massagem nos tornozelos e pés.
Fonte: Blog Relaxando na Rede