segunda-feira, 30 de abril de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_4/12

Dislexias

A dislexia é certamente um obstáculo difícil, mas não barreira intransponível. Em primeiro lugar, o importante é que o obstáculo deve ser reconhecido. Se os pais e professores compreenderem exatamente quais são as dificuldades que uma criança com dislexia apresenta, eles poderão ser muito úteis, não somente mostrando simpatia e encorajamento, mas principalmente buscando uma didática mais adequada. A criança com dislexia difere das outras de mesma idade de várias maneiras. Estas diferenças não são evidentes em todas as crianças com dislexia e elas ocorrem em diversas combinações. O nível das dificuldades também varia muito. Pais e professores poderão reconhecer se as dificuldades são devidas a dislexia, fazendo a si próprios as perguntas que se seguem. A dislexia ocorre mais em meninos, porém pode aparecer também em meninas.

se tiver cerca de 8 anos e meio ou menos

ainda tem dificuldade de leitura;

ainda tem dificuldade para soletrar;

atividades não relacionadas com leitura e soletração é esperto e inteligente;

inverte os números, por exemplo 15 por 51 ou 2 por 5;

escreve "b" ao invés de "d";

necessita usar blocos ou dedos ou anotações para fazer cálculos;

tem alguma dificuldade incomum em lembrar a tabuada;

demora a responder;

confunde a esquerda com a direita;

é desajeitado (algumas crianças com dislexia são, mas não todas);

tem dificuldade em pegar ou chutar bola;

tem dificuldade em atar os sapatos, fazer nó numa gravata, vestir ou trocar de roupa;

se tiver de 8 1/2 a 12 anos

ainda comete erros negligentes na leitura;

ainda comete erros esquisitos na soletração;

omite algumas letras nas palavras;

não tem bom senso de direção , confundindo às vezes esquerda com direita;

às vezes confunde "b" com "d";

ainda acha a tabuada difícil;

ainda utiliza os dedos das mãos, dos pés e sinais especiais no papel para fazer cálculos;

a compreensão de leitura é mais lenta do que esperada na idade dele;

leva mais tempo do que a média para fazer trabalhos escritos na escola ou em casa;

lê muito por prazer ;

o tempo que leva para fazer as quatro operações aritméticas, parece ser mais lento do que o esperado para sua idade;

demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si mesmo;

se tiver 12 anos ou acima

há ainda erros na leitura;

quando faz soletração, nota-se ainda algumas incorreções;

as instruções, os números de telefone, etc... tem às vezes de ser repetidos;

se atrapalha pronunciando palavras longas (fraca experiência com palavras como: preliminarmente, filosoficamente, paralelepípedo);

se confunde, às vezes, com lugares, horários e datas;

muita verificação tem de ser feita antes de poder copiar corretamente;

ainda tem dificuldade com as tabuadas mais difíceis;

na forma tradicional de recitar as tabuadas , se perde e pula alguns números, esquecendo em que ponto esta;

diga-lhe quatro números, por exemplo 4 - 9 - 5 - 8, pronunciados em intervalos de um segundo, e, peça-lhe para dizer em ordem inversa;

ainda volta aos hábitos da idade anterior quando se cansa;

tem dificuldades em planejar e fazer redações;

Todas as Idades

há alguém mais na família com o mesmo problema;

você tem a impressão que existe anomalias e inconsistências na performance dele; que é esperto e inteligente em alguns aspectos mas parece ter um bloqueio parcial ou total em outros, difícil de explicar;

Dicas que podem ajudar:

Não o chame simplesmente de preguiçoso ou de desleixado.

Não faca comparações com outros membros da família ou com colegas de classe.

Não exerça pressão sobre ele a ponto de amedrontá-lo com a perspectiva de não passar de ano ou de deixar você desapontado.

Não exija que ele leia em voz alta perante seus colegas (sem seu consentimento).

Não espere que aprenda a soletrar uma palavra após escrevê-la repetidas vezes, com a finalidade de lembrá-la. Certamente não se lembrara.

Não fique surpreso se facilmente se cansar ou desanimar.

Não se surpreenda se a caligrafia for irregular ou feia. Boa caligrafia e muito difícil.

Não se surpreenda se o desempenho for incongruente; se em algumas ocasiões se sair bem e em outras não.

Não diga somente "tente esforçar-se", incentive nas coisas que gosta e faz bem feito.

Leia em voz alta.

Manifeste sua apreciação pelo esforço, como, por exemplo, elogiando por tentar escrever uma estória. Mesmo que ela contenha muitos erros, diga que a maioria das palavras estavam certas.

Estimule a olhar as palavras detalhadamente, poucas letras de cada vez.

Fale francamente sobre dificuldades dele.

Ajude a reconhecer que há muitas coisas que pode fazer bem.

Motive a ir devagar, dando tempo ao tempo.

O mais importante:

Procure ensino especial (possivelmente no sistema individual, através de alguém que seja especialista em dislexia).

Pesquisa: ABD

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_3/12

Encaminhamento à avaliação de crianças com problemas de aprendizagem.

1. Quando encaminhar?

Algumas vezes é possível, à própria escola, avaliar e dar o atendimento necessário a uma criança que vem apresentando problemas de aprendizagem. Quando este é o caso estamos diante de uma situação privilegiada que evita uma sobrecarga ao aluno e oferece possibilidades de que os resultados obtidos se mantenham, porque o problema foi trabalhado na situação em que eles ocorrem.

Entretanto, na maioria das vezes, isto não acontece, porque nem sempre a escola dispõe dos recursos necessários para a avaliação e o tratamento do problema da criança, tornando-se necessário o encaminhamento às clínicas especializadas.

2. Para quem encaminhar?

A decisão a ser tomada dependerá das características do caso e das informações que a escola dispõe. Assim:

a) Se a avaliação feita pela escola for capaz de descartar a hipótese de existência de distúrbios de aprendizagem, pois o problema parece se caracterizar como exclusivamente orgânico (deficiência auditiva ou visual, por exemplo) ou de ordem emocional, o encaminhamento deve ser feito para um profissional ou instituição competente para resolver cada um destes tipos de problema.

b) Se, por outro lado, a avaliação da escola não for conclusiva ou se existir forte suspeita de distúrbios de aprendizagem, o encaminhamento ideal seria para uma psicopedagoga. Se, por algum motivo, o atendimento da criança por este tipo de clínica for impossível, uma segunda possibilidade seria encaminhar a criança para o profissional da área que parece mais comprometida.

Em qualquer um dos encaminhamentos acima referidos, as informações fornecidas pela escola são de valor inestimável para a compreensão do problema da criança. Neste contexto destaca-se o papel do professor, que graças ao conhecimento técnico que possui aliado ao conhecimento da criança que está sendo encaminhada, é insubstituível na obtenção de informações essenciais. Todos os demais profissionais da escola - professor de educação física, de artes, de computação etc. - que tenham contato com essa criança, devem ser estimulados a falar sobre ela.

As informações dadas pela escola permitem, não somente um conhecimento mais aprofundado da criança, mas, também, a inserção de seu problema num contexto que envolve o método empregado pela escola, a classe em que a criança está, as atividades e expectativas da escola para os alunos.

A consulta aos pais também é fundamental porque eles podem fornecer dois tipos de informações:

a) Histórico da vida da criança: condições da gestação e do nascimento, episódios relevantes de sua vida, doenças que teve etc.

b) Informações sobre a vida atual, mudanças de comportamento percebidas, amizades que tem e como são essas relações etc.

A ênfase, muitas vezes, colocada no desempenho da criança pode dar a impressão de que seu progresso ou o seu fracasso depende exclusivamente dela. Entretanto, isso não é verdade. O problema pode estar na relação entre suas características e o método empregado pela escola, nas características da professora, nos seus colegas de classe, e muitos outros. Portanto, uma criança que apresente problemas de aprendizagem não exime o professor da busca de condições adequadas ao seu repertório. Pelo contrário, as crianças que apresentam problemas de aprendizagem geralmente são capazes de aprender se as condições forem favoráveis.

Finalmente, vale lembrar que, embora o componente emocional possa não ter provocado o problema que a criança apresenta, ele contribui para o agravamento dos distúrbios. Portanto, o tipo de relacionamento estabelecido entre professores e alunos e entre os alunos da classe poderá criar boas condições para o aprendizado da mesma forma que, também, pode dificultá-lo muitíssimo.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_2/12

No entanto, nem sempre é fácil decidir-se pelo melhor encaminhamento. Por um lado, a identificação exata da dificuldade apresentada é bastante complexa. Apesar desta dificuldade, uma avaliação cuidadosa de cada caso é imprescindível e dela dependerá a escolha do profissional adequado. Um encaminhamento precoce maximiza a chance de sucesso do atendimento e poupa a criança do desgaste de passar de consultório em consultório. É preciso saber que muitas crianças sentem-se inferiorizadas por precisar de ajuda extra-escolar, e a passagem por vários especialistas acentua a auto-imagem negativa que essas crianças acabam por desenvolver.

Considera-se que uma criança tenha distúrbio de aprendizagem quando:

1. Não apresenta um desempenho compatível com sua idade quando lhe são fornecidas experiências de aprendizagem apropriadas.

2. Apresenta discrepância entre seu desempenho e sua habilidade intelectual em uma ou mais das seguintes áreas:

a) expressão oral e escrita;

b) compreensão de ordens orais;

c) habilidade de leitura e compreensão;

d) cálculo e raciocínio matemático.

Além disso, costuma-se considerar quatro critérios adicionais no diagnóstico de distúrbios de aprendizagem. Para que a criança possa ser incluída neste grupo, ela deverá:

1. Apresentar problemas de aprendizagem em uma ou mais áreas acadêmicas.

2. Apresentar uma discrepância significativa entre seu potencial e seu desempenho real.

3. Apresentar um desempenho irregular, isto é, a criança tem um desempenho satisfatório e insatisfatório alternadamente, no mesmo tipo de tarefa, ou consegue realizar tarefas mais complexas sem conseguir solucionar outras mais fáceis e relacionadas com aquelas.

4. O problema de aprendizagem não é devido a deficiências visuais, auditivas, nem a carências ambientais ou culturais, nem a problemas emocionais.

É necessário, contudo, que os professores saibam, pelo menos, identificar a existência de determinado problema e que saibam, sobretudo, encaminhá-los para a recuperação adequada. É preciso que os professores se conscientizem de que nenhum aluno apresenta baixo rendimento porque quer. Há sempre uma razão para isso acontecer.

Fonte: ABD

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_1/12

Algumas vezes a criança apresenta desempenhos que sugerem um distúrbio de aprendizagem, ou seja, apresenta baixo rendimento nas atividades acadêmicas e, também, uma desordem emocional. Qual desses dois problemas apareceu primeiro?

Sejam considerados como origem ou uma decorrência, os problemas emocionais se constituem em comportamentos incompatíveis com o ato de aprender e, por esta razão, precisam ser tratados.

Ambos os aspectos, desempenho acadêmico e problemas emocionais determinam o comportamento da criança e, por isso, são de interesse tanto da psicologia como da educação.

Provavelmente a maioria dos profissionais envolvidos com educação já se deparou com crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem. Em alguns casos o problema destas crianças foi resolvido na própria escola. Em outros um professor particular se mostrou eficaz.

Há, entretanto, alunos cujos problemas persistem depois destas interferências. Nestes casos, a intervenção de especialistas é necessária. São os encaminhamentos feitos a fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos ou médicos.

Será fácil perceber a necessidade do envolvimento de todos estes especialistas se nos lembrarmos da grande diversidade de fatores que podem ser responsáveis por estas dificuldades.

Dentre estes fatores, podemos citar:

os problemas emocionais;

os problemas orgânicos (audição, fala e visão);

os hábitos de estudo inadequados;

a falta de motivação;

os problemas de relacionamento com o professor e/ou com os colegas;

a falta de atenção às explicações dos professores;

as deficiências intelectuais;

as carências ambientais etc.

Assim sendo, dependendo do fator predominante na dificuldade que a criança apresenta, um ou outro profissional pode ser o mais indicado.

Veremos aqui, nesta série de 12 postagens, detalhadamente exemplos de casos de distúrbios, como identificá-los e como tratá-los.

Adiantando, a ABD - Associação Brasileira de Dislexia e Psicólogos com Especialização em Neuropsicologia podem realizar testes de Distúrbios de Aprendizagem.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Estímulos Urbanos causam Hipersensibilidade ao Estresse

Milhares de rostos desconhecidos, congestionamentos diários, criminalidade. Viver nas grandes cidades implica uma série de desafios neurais. O psiquiatra Andreas Meyer-Linderberg, da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, reuniu estudantes da zona rural, de pequenos centros urbanos e de metrópoles, e pediu que resolvessem uma prova simples de matemática, com um detalhe: enquanto faziam a tarefa eram pressionados por um pesquisador da equipe do psiquiatra, que enfatizava a importância do teste e criticava o desempenho de todos os voluntários.

Os resultados obtidos por meio de imagens do cérebro dos participantes mostram que, nos habitantes das capitais, houve maior atividade na amígdala e n córtex cingulado anterior, regiões envolvidas no controle das emoções e na resposta a estímulos estressores. Em artigo publicada na revista Nature, Meyer-Linderberg sugere que os moradores de centro s urbanos desenvolvem uma espécie de “hipersensibilidade” em áreas associadas ao estresse. O pesquisador pretende estudar se há alguma relação entre essa reação acentuada e o surgimento de transtornos psíquicos – cuja incidência é proporcionalmente maior em metrópoles – e de doenças mentais em pessoas com predisposição genética.

Fonte: Revista Mente & Cérebro n° 228, janeiro/2012, pág. 76

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Recomendo_A Escola dos Deuses

Autor: D'ANNA, STEFANO ELIA

Tradutor: CONGRO, GRAÇA

Editora: PRO-LIBERA


ISBN: 8561080000

Edição:

Ano: 2007

Número de páginas: 400




Um executivo de sucesso investe pesadamente no campo material e profissional, sem opor resistência aos chamarizes da vida executiva, que atraem sua atenção para fora de si: crescimento profissional, boa situação financeira, compromissos sociais, festas e adulações.

Deixando para terceiro plano a vida espiritual e a qualidade dos seus relacionamentos, ele acaba se tornando um ser isolado, sem ninguém, amigo ou parente, a quem possa chamar de “próximo” até que encontra um Dreamer, um guia interior, que estava à sua espreita para tirá-lo do torpor.

Entretanto, o Dreamer nada poderá fazer se o executivo não utilizar o livre-arbítrio para empreender com sinceridade a viagem para dentro de si mesmo.

Este é apenas o começo do instigante livro A Escola dos Deuses, escrito pelo italiano Economista e Sociólogo Stefano Elio D’Anna, que chega ao Brasil pela ProLíbera Editora com tradução de Graça Congro e apresentação de Herbert Steinberg. Presidente-fundador da MESA Corporate Governance, da HPI Brasil - Human Perspectives International e coordenador do comitê estratégico de governança corporativa da American Chamber (Amcham) em São Paulo, Steinberg afirma, no prefácio, que sentiu grande afinidade com o conteúdo do livro porque ele revela a enorme amplitude de ação que cada ser humano pode ter.

Best-seller na Turquia desde 2005, onde vendeu mais de 100 mil exemplares, o livro foi publicado em italiano, grego e turco, e está sendo traduzido para o inglês, alemão, romeno e hebraico.

A Escola dos Deuses oferece um itinerário do autoconhecimento e mostra que o medo de sermos nós mesmos é o grande obstáculo a ser vencido. Ao seguir as pistas de um manuscrito milenar perdido, The School for Gods, escrito pelo filósofo Lupelius, um lendário monge-guerreiro, o protagonista reencontra a si mesmo e recebe do Dreamer a mais incrível tarefa: criar uma Escola, uma universidade sem fronteiras, que ensina a harmonizar aparentes antagonismos: Economia e Ética, Ação e Contemplação, Poder Financeiro e Amor. Com essa base filosófica nasce, de fato, a European School of Economics (ESE).

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cérebro de Autistas é Maior e tem Mais Neurônios

Qualquer pessoa que passa alguns momentos com uma criança autista logo percebe os principais traços de seu comportamento: ausência de contato visual, dificuldade de compreender emoções alheias e expressar os próprios sentimentos. O transtorno atinge em média 1 em cada 150 recém-nascidos e, segundo a hipótese atual, combina causas genéticas e ambientais, não totalmente esclarecidas. Agora, pesquisadores da Universidade da Califórnia, identificaram dois marcadores biológicos do distúrbio que podem apontar um novo caminho para estudar sua origem: autistas têm cérebro mais pesado e com maior número de neurônios na região do córtex pré-frontal, relacionada às habilidades cognitivas, comunicativas e de interação social.

A descoberta é resultado preliminar de um estudo conduzido pelo neurocientista Eric Courchersne, publicado na Journal of The American Medical Association em novembro de 2011. Sua equipe analisou tecidos do córtex pré-frontal de 13 meninos e adolescentes que morreram entre 2 e 16 anos de idade – 7 deles diagnosticados com autismo. Os pesquisadores descobriram que eles tinha 67% mais neurônios que o grupo de controle. Essa proporção foi observada apenas em relação a esse tipo de célula, pois a contagem de outras estruturas neurais, como as células gliais, foi idêntica à do grupo de controle. Além disso, o cérebro dos autistas revelou-se 17,6% mais pesado e 7% maior que a média. “Futuros estudos com uma amostra maior de tecidos poderão revelar relações importantes entre a contagem de neurônios e a severidade dos sintomas”, afirma Couchersne em seu artigo.



Fonte: Da revista Mente & Cérebro n° 228, janeiro/2012, pág. 74

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Consumir Bebidas Alcoólicas durante a Gravidez Prejudica Percepção de Dor nos Bebês

Um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, mostra que bebês cujas mães ingeriram álcool quando estavam grávidas demoram mais para reagir à dor. O autor do experimento , o neuropediatra Tim Oberlander, furou levemente com uma agulha o calcanhar dos 28 recém-nascidos antes de medir sua frequência cardíaca.

Em seguida, pergunto às mães se haviam ingerido álcool ao longo da gestação. “A frequência cardíaca aumentou mais ente os filhos de mulheres abstinentes. Isso quer dizer que perceberam e reagiram ao estímulo mais rapidamente”, explica Oberlander. Segundo o neuropediatra, experimentos anteriores comprovaram que crianças de mães que beberam durante a gravidez são menos atentas e têm pior desempenho em testes cognitivos. Mas as conseqüências no longo prazo, principalmente sobre o desenvolvimento psicológico, ainda precisam ser esclarecidas.

Fonte: Da revista Mente & Cérebro n° 228, janeiro/2012, pág. 76

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O Perigo do Infarto Silencioso_2/2

por Adriana Dias Lopes

Revista Veja n° 2258, de 29/02/2012, págs. 84/85


A medicina ainda não decifrou por que as mulheres são mais propensas ao infarto silencioso. Uma da hipóteses mais aceitas é a que se refere o estrógeno, o hormônio fabricado pelos ovários, com efeito vasodilatador e, por isso, tido como uma substância protetora do coração. “

O estrógeno também estimula os nervos do organismo a fabricar proteínas associadas ao mecanismo da resistência à dor”, diz o médico Raul Dias dos Santos, diretor da Unidade de Lípides do Incor. Outra explicação para a dissimulação do infarto feminino pode estar relacionada às diferenças entre os sexos na distribuição dos nervos no organismo. “Nas mulheres, eles se ramificam mais para as costas e para a barriga. Já nos homens, eles se irradiam para o peito”, explica Dias.

As peculiaridades do coração feminino entraram no radar dos cardioligistasw a partir de 2004, quando a Associação Americana do Coração divulgau as primeiras cartilhas para o diagnóstico e a prevenção de problemas cardíacos entre as mulheres. A mais recente delas, de 2011, propões mudanças nos protocolos de tratamento, ressaltando que as mulheres são mais vulneráveis que os homens. O risco de uma mulher fumante sofrer um infarto é o dobro do de um homem com o mesmo vício. As diferenças anatômicas e funcionais entre o coração da mulher e o do homem explicam a maior fragilidade feminina. Há que levar em conta ainda os perigos aos quais só elas estão sujeitas, com o a menopausa. O coração da mulher, com já sabem os românticos, exige atenção especial.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O Perigo do Infarto Silencioso_1/2

por Adriana Dias Lopes

Revista Veja n° 2258, de 29/02/2012, págs. 84/85


Um estudo baseado nos prontuários de quase 1,2 milhão de pacientes internados em 1.600 hospitais nos Estados Unidos, entre 1994 e 2006, dá a real dimensão de um dos maiores desafios da cardiologia – a fragilidade e as peculiaridades do coração feminino. Publicado na mais recente edição da revista da Associação Médica Americana (Jama), o trabalho mostra que, para quase metade das mulheres, o infarto provoca um desconforto de baixa ou média intensidade, atingindo sobretudo as costas, o estômago e as mandíbulas. Muito diferentes dos sintomas clássicos do infarto em homens, que são dor aguda no peito, com irradiação para um ou os dois braços e suor frio intenso. O sexo feminino sofre com o infarto silencioso. “Quando os sinais da doença são camuflados, médicos e pacientes podem subestimar o problema, adiando o diagnóstico e, consequentemente, o seu tratamento”, diz Roberto Kalil, diretor do Instituto do Coração (Incor) e do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, ambos em São Paulo0 .Por causa do atendimento médico tardio, o número de mulheres vítimas fatais de um infarto é 50% maior que o de homens. Todos os anos, 31.000 brasileiras morrem infartadas - o triplo das mortes por câncer de mama.

O atendimento a um infartado, mulher ou homem, é sempre uma prova de velocidade. Quanto mais tempo o coração fica sem receber oxigênio, maior o volume de músculo cardíaco lesionado. Os mais recentes protocolos de atendimento preconizam que os exames e o tratamento devem ser realizados na primeira hora depois do início do infarto – “a hora de ouro”, no jargão dos médicos. “Nesse período os índices de pacientes recuperados sem nenhuma sequela chegam a 75%, diz o cardiologista Marcus Bolivar Malachias, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Três horas depois, as taxas de recuperação caem para 25%. Em decorrência da falta de sintomas específicos, as mulheres levam, em média, justamente três horas para procurar ajuda. Além disso, muitas ainda descrevem o mal-estar como suspeita de gastrite ou má digestão. Não é raro uma mulher em processo de infarto receber o diagnóstico de falta de ar.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Proibir que seus filhos bebam de fato funciona, aponta estudo

Tendência é notada mais claramente entre os meninos.
Pesquisa foi feita com adolescentes com entre 12 e 16 anos.

Do G1, em São Paulo

Uma pesquisa holandesa publicada online pela revista científica “Alcoholism: Clinical & Experimental Research” mostrou que os adolescentes tendem a beber menos quando os pais impõem regras mais severas sobre o consumo de álcool.

O estudo foi feito com 238 adolescentes com idade entre 12 e 16 anos. Eles responderam a questionários contando como é o comportamento dos pais em relação ao álcool. Os jovens também falaram quanto álcool eles próprios tinham consumido no último mês.

Além disso, os pesquisadores testaram o impulso dos adolescentes em relação ao álcool. Isso foi feito por meio de um sistema conhecido como memória de trabalho, que analisa a resposta de cada um a um estímulo específico – como garrafas ou cheiro de bebida.

A tendência é notada mais claramente entre os meninos. Quando proibidos, eles bebem menos que as meninas da mesma idade. No entanto, quando os pais permitem, o consumo de álcool deles é maior que o delas.

“Em resumo, a relação entre a imposição de regras por parte dos pais e o uso de álcool na adolescência está bem estabelecido”, disse a autora Sara Pieters, em material divulgado pela Universidade Radboud, em Nijmegen.

Ela indicou que, anteriormente, outros estudos já indicavam essa relação, mas que essa foi a primeira pesquisa a mostrar que o impulso dos jovens também é influenciado.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O Pódio das Frutas

As mais energéticas_açaí (495 kcal em 1 tigela pequena), abacate (235 kcal em 1/2 unidades), caqui (90 kcal por unidade) e figo (90 kcal por 3 unidades)
As menos energéticas_melão (20 kcal em 1 fatia) e pêssego (25 kcal em 1 unidade)
As mais ricas em fibras_açaí (35 g em uma tigela pequena) e goiaba (10 g em 1 unidade)
As mais ricas em carotenóides_manga (3600 mcg em 1 unidade), caqui (1800 mcg em 1 unidade)
As mais ricas em vitamina E_abacate (230 mg em 1/2 unidade), açaí (90 mg em 1 tigela pequena)
As mais ricas em potássio_banana (350 mg em 1 unidade) e uva (296 mg em 1 xícara)
As mais ricas em vitamina C goiaba (370 mg em 1 unidade) e morango (110 mg em 1 xícara)
As mais ricas em cálcio_açaí (236 mg em 1 tigela pequena) e tangerina (40 mg em 1 unidade)
As mais ricas em magnésio_
abacate (100 mg em 1/2 unidade) e banana (30 mg em 1 unidade)

As mais ricas em ferro_açaí (25 mg em 1 tigela pequena) e amora (5 mg em 1 copo médio)


Frutas para esportistas

Os esportistas estão sujeitos a algumas condições que podem ser prevenidas e aliviadas com as frutas.

Anemia_açaí, amora, carambola
Artrite_abacaxi, ameixa e maçã
Cãibras musculares_banana, laranja e melão
Diarréia: maçã sem casca e banana-maçã
Digestão pesada_combinar as refeições pesadas com o abacaxi
Prisão de ventre_maçã com casca, ameixa e figo
Fadiga_banana, uva e figo
Retenção de líquidos_a maioria das frutas, por possuir potássio, pode provocar maior perda de líquido.
Baixar o colesterol_maçã, pêra, abacaxi e pêssego


Ameixa, tônico antiestresse

Contém alta quantidade de fibra sorbitol que estimulam o movimento intestinal e favorecem a evacuação. Dependendo da coloração da fruta, a quantidade de vitaminas que possuem pode variar: as claras são as mais doces e ricas em carotenos, e as com coloração escura contêm mais ferro. Sua riqueza em vitaminas B e C torna essa fruta uma aliada contra o estresse e o suco de ameixa alivia a gota, o reumatismo, a artrite e problemas articulares.

Damasco, a fruta da pele

Tem alto teor de caroteno (provitamina A), vitamina que previne o câncer, regenera os tecidos, e favorece o bronzeado. É rica em ferro, magnésio, potássio, zinco e vitaminas B1, B2 e C. Um verdadeiro coquetel contra a fadiga. E só tem 47 kcal.

Figo para os ossos

Tem cálcio, por isso, é recomendado para esportistas e ajuda a prevenir a osteoporose. Contém benzaldeido, um agente anticancerígeno, flavonóides e uma enzima chamada ficina que ajuda a digestão das proteínas. Além disso, possui ferro, potássio e fibra. As avós utilizavam o látex branco (líquido que sai da planta ao ser cortada) para eliminar as verrugas. Na ásia, o figo é considerado um afrodisíaco natural.

Maçã, o presente de Eva a saúde

Ela é rica em fibra solúvel, regula o colesterol, protege o coração e equilíbra a função intestinal, tanto no caso de diarréia como de prisão de ventre. Contém vitamina C, potássio e é hidratante.

Banana, a barrinha energética

É o alimento dos campeões. Uma comida rápida, ideal para recarregar as energias. Quanto menos maduras, mais ricas em amido. A banana previne as cãibras musculares por sua riqueza em potássio. Também tem magnésio e vitamina B6, vital para levantar seu ânimo e ajudar no metabolismo do corpo.

Melão, o diurético mais natural

É típico das frutas de verão. É rica em potássio (diurético), betacaroteno, vitaminas e com poucas calorias. Quanto mais amarelo o melão, maior é a quantidade de carotenos - responsáveis pelo cuidado de sua pele, melhorando também o seu bronzeado. É considerada uma fruta anticoagulante e um aliado na prevenção de trombose e infartes.

Pêssego, a fruta saborosa

Rica em vitamina C e potássio. Regula o intestino, pois é rico em fibras. Tem baixo teor calórico.

Açaí, o pentacampeão

Esta frutinha amazônica, muito badalada entre os esportivas, sem dúvida nenhuma é pura energia! Rico em vitamina E, o açaí pode ser considerado um poderoso antioxidante. Além de ser rico em cálcio e ferro, que auxiliam na efetiva contração muscular. O alto teor de fibras pode ser ainda maior quando na tigela de açaí vai granola misturada.

Nectarina, o pêssego de pele suave

É uma fruta muito parecida com o pêssego. Contém provitamina A, vitamina B3, ácido fólico, potássio e fibra. Ajuda a regular o colesterol.

Pêra, para refrescar

A pêra é uma fruta que deve ser ingerida madura. É rica em pectina, fibra que regula o intestino melhorando a flora intestinal; contém minerais como o selénio (antioxidante), zinco (aumenta a imunidade) e potássio (diurético e hipotensor). Para os esportistas é uma fruta muito completa.

Abacaxi, para digestão

O abacaxi favorece a digestão, pois tem uma enzima chamada bromelina. É rica em vitamina C.

Melancia, menos calorias

Se seus problemas são os quilinhos a mais, encha sua geladeira de melancia . Você vai poder comer quantos pedaços quiser, pois é a fruta que tem menos calorias (18 kcal/100 g). É rica em água, fibra , potássio (diurético), vitaminas A, B6 e C e magnésio.

Uva, limpa seu corpo das toxinas

Uma das frutas que trazem mais benefícios para a saúde. É remineralizante, diurética, depurativa, energética. Contém taninos adstringentes, polifenois, resverastrol (principalmente nas uvas escuras) e substâncias com capacidade antitumoral. Uma alimentação rica em uvas garante boa saúde e limpa seu organismo de toxinas.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Insônia e Depressão podem estar Relacionadas a um mesmo Tipo de Gene


Gêmeos Idênticos que têm dificuldades
para dormir, são mais propensos a
desenvolver sintomas depressivos

Em um estudo com gêmeos, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia, descobriram que univitelinos que sofriam de insônia eram significativamente mais propensos que irmãos não idênticos a desenvolver transtornos depressivos. No entanto, não foram identificados genes envolvidos no surgimento dos dois distúrbios.

A pesquisa, no entanto, reforça a hipótese de que ambos têm origem genética. É provável que a resposta esteja nas informações que determinam a produção dos neurotrasmissores serotonina e noradrenalina, que agem tanto no ciclo do despertar do sono quanto na regulação do humor.

Fonte: Revista Mente & Cérebro n° 228, janeiro/2012, pág. 74