quarta-feira, 30 de maio de 2012

Prática de Yoga traz benefícios Afetivos e Cognitivos, aponta estudo brasileiro_2/3


por Alexandre Gonçalves / Mariana Lenharo / Jornal da Tarde


MistérioOs cientistas afirma que os mecanismos neurofisiológicos responsáveis pela melhora cognitiva e afetiva ainda são desconhecidos. 

“Trabalhamos com a hipótese de que a meditação no yoga melhora a capacidade de concentração”, explica Regina. “Contudo, a diminuição do estresse também poderia explicar a melhora dos resultados nos testes que avaliaram a memória.

Para entender

Pesquisas deixam lacunas

A maioria dos estudos sobre as consequências da prática do yoga tem lacunas.
Alguns, por exemplo, incluem nos testes indivíduos doentes que já recebem tratamento. Não fica claro, portanto, o que é mérito da ioga e o que deve ser atribuído à terapia convencional.

Outros não aferem a condição dos voluntários antes da primeira aula de yoga, o que impede qualquer conclusão sobre o nível de melhora.

Por fim, quase todos os estudos científicos analisam populações do Oriente, já predispostas à prática.

“Por isso, procuramos uma população saudável e o mais uniforme possível”, comenta a bióloga Regina Helena da Silva, coordenadora do estudo.
‘Exercício ensina a permanecer sereno e positivo diante da vida’

Mariana Lenharo, repórter

“Há mais ou menos um ano, decidi que era hora de pôr em prática alguns dos conselhos mais recorrentes sobre a manutenção de uma boa saúde. Estava sedentária havia algum tempo e fazer yoga me pareceu uma boa alternativa para cuidar tanto da parte física como da mental. Dois coelhos com uma cajadada só. E ainda seria poupada dos ambientes tão chatos das academias.

Os primeiros efeitos que senti foram os físicos: mais força nos braços, pernas, abdome e costas. Ao contrário do que comumente se imagina, a aula de ioga não consiste só em respirações, mantras, relaxamentos e alongamentos. A resistência física e a força muscular são exigidas ao máximo e o aluno é estimulado a se superar, sempre respeitando seus limites.

Tanto é que, a partir da segunda aula, passei a levar comigo uma toalhinha para enxugar o suor do rosto. Foi nesse esforço pela superação que, quase sem perceber, comecei a exercitar também o controle sobre a mente. Afinal, como diz meu professor, a mente se cansa antes do corpo. Se conseguimos controla-la, ela vai permitir que nosso corpo nos leve aonde queremos chegar.

E assim as posições que antes pareciam impossíveis iam sendo alcançadas pouco a pouco: a invertida sobre a cabeça (sirshássana), por exemplo, foi minha última conquista.

Dizem que essa posição traz benefícios para o sistema circulatório e promove um aumento da oxigenação do cérebro. Pode se também que o fato de ver o mundo de cabeça para baixo por alguns minutos ajude a ter uma perspectiva diferente da realidade.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Prática de Yoga traz benefícios Afetivos e Cognitivos, aponta estudo brasileiro_1/3


por Alexandre Gonçalves / Mariana Lenharo / Jornal da Tarde

Um estudo científico brasileiro mostrou que a ioga traz benefícios cognitivos e afetivos palpáveis para que a pratica.

O trabalho conduzido por pesquisadores do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRB), preenche uma lacuna nos estudos sobre o impacto neuropsicológico do yoga. A maioria carece de controles adequados que garantam o rigor ou a aplicação universal dos resultados.

Diferentemente do que ocorreu nas outras pesquisas, desta vez os pesquisadores escolheram voluntários saudáveis que não praticavam ioga. Eles foram recrutados no Batalhão Visconde de Taunay, do Exército, em Natal (RN).

Os cientistas conseguiram autorização do coronel Odilon Mazzine Junior para realizar uma atividade atípica para o grupo de 17 soldados que participaram do estudo: ao longo de um semestre, eles praticaram uma hora de yoga, duas vezes por semana.

Outros 19 militares não participavam das aulas e serviram como grupo de controle. Isso é importante para que os resultados do grupo que praticou ioga possam ser comparados.

A bióloga Regina Helena da Silva, coordenadora do estudo, pratica ioga há cerca de uma década, mas nunca tinha colocado o exercício sob a lente da psicobiologia, sua área de pesquisa.

Animou-se, no entanto, quando o também biólogo Kliger Kissinger Fernandes Rocha pediu que ela o orientasse no doutorado. Rocha é professor de yoga e reconhecia as limitações dos estudos sobre o tema. Por isso, sugeriu abordá-lo em uma tese. O trabalho, publicado na revista científica Consciousness and Cognition, é fruto desse interesse.

Os militares foram avaliados no início e no fim do estudo. Foram aplicados testes de memória e formulários para averiguar o nível de estresse e outras condições psicológicas, bem como testes fisiológicos.

“Notamos uma melhora de 20% na memória de longo prazo nos militares que praticaram yoga”, afirma Rocha. “É um porcentual que indica um considerável ganho cognitivo”.

Ele recorda que também houve uma diminuição no nível de estresse. “O cortisol (hormônio associado ao problema) presente na saliva diminuiu 50% no grupo da ioga”, recorda o pesquisador, que aos 14 anos recebeu indicação médica para praticar ioga com a finalidade de atenuar as raízes psicológicos de uma gastrite nervosa.

Como não houve alterações significativas no grupo de controle, os pesquisadores descartaram a atribuição da melhoria aos exercícios físicos. Isso porque o grupo de controle realizava até mais exercícios do que o que se dedicou à prática do yoga.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Pesquisa da USP enfatiza importância do lítio contra Alzheimer

Agência Estado
O lítio, bastante usado no tratamento de transtorno bipolar, pode ter um efeito de proteção contra o surgimento da doença de Alzheimer. A evidência foi reforçada por uma pesquisa do Laboratório de Neurociências do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), segundo a Agência Fapesp.

As considerações do estudo, feito por Orestes Forlenza e publicado no ano passado pela revista British Journal of Psychiatry, foram apresentadas em São Paulo no Brazil-Canada Prion Science Workshop 2012, que aconteceu no Hospital A.C. Camargo.

Forlenza relatou que o experimento ocorreu com idosos com comprometimento cognitivo leve. Os resultados demonstram a relevância clínica da aplicação de baixas doses de lítio em pacientes que ainda não atingiram a fase demencial da doença de Alzheimer, reforçando a hipótese de que o medicamento possa ser utilizado de forma preventiva. "Os pacientes que receberam lítio não apenas ficaram mais estáveis clinicamente, do ponto de vista funcional e cognitivo, como tiveram menos deterioração de memória e de funções cognitivas", afirmou.

Fonte: UNIAD

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Recomendo_O Poder do Agora



Editora: Sextante

Autor: Eckhart Tolle

ISBN: 85-7542-027-5

Ano: 2002

Número de páginas: 224




O Livro, O Poder do Agora aponta a grande importância, do momento Presente, o Agora, o único momento em que algo pode ser feito.

Nós passamos a maior parte de nossas vidas pensando no passado e fazendo planos para o futuro. Ignoramos ou negamos o presente e adiamos nossas conquistas para algum dia distante, quando conseguimos tudo o que desejamos e seremos, finalmente felizes.

Mas se queremos realmente mudar nossas vidas, precisamos começar neste momento. Essa é a mensagem simples, mas transformadora de Eckhart Tolle: viver no Agora é o melhor caminho para a felicidade e a iluminação.

Assim como, a Gestalt-Terapia, dá ênfase à tomada de consciência da experiência atual (“o aqui e agora”, que inclui o ressurgimento eventual de uma vivência antiga) e reabilita a percepção emocional e corporal, ainda muito censurada na cultura ocidental, que coíbe severamente a expressão pública da cólera, da tristeza, da angústia ... mas também da ternura, do amor ou da alegria (vide postagem dia 16/09/2009, aqui).


Veja este trecho do livro:

Você alguma vez vivenciou, realizou, pensou ou sentiu alguma coisa fora do Agora? Acha que conseguirá algum dia? É possível alguma coisa acontecer ou ser fora do Agora? A resposta é óbvia, não é mesmo?

Nada jamais aconteceu no passado, aconteceu no Agora.
Nada jamais irá acontecer no futuro, acontecerá no Agora.

O que consideramos como passado é um traço da memória, armazenado na mente, de um Agora anterior. Quando lembramos do passado, reativamos um traço da memória e fazemos isso agora. O futuro é um Agora imaginado, uma projeção da mente. Quando o futuro acontece, acontece como sendo o Agora…

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Quanto mais Baixa a Autoestima, mais é Difícil Pedir Desculpas

Reconhecer um erro e pedir perdão não é fácil para a maioria das pessoas. Para algumas, ainda, é realmente penoso. “A consciência do erro afeta a autoimagem, o que deixa egos ‘mais frágeis’ “relutantes”, diz o psicólogo Andrew Howell, da Universidade Grant MacEwan, no Canadá, autor de um estudo que relaciona traços de personalidade e “predisposição” para pedir desculpas.

Howell solicitou a homens e mulheres de diferentes idades que assinalassem se concordavam ou não com sentenças de um questionário, como “Por ainda estar com raiva quase nunca consigo me desculpar” e “Se acho que os outros não vão saber o que fiz, prefiro não pedir perdão”. Em seguida, os pesquisadores cruzaram as respostas com testes de personalidade aplicados aos mesmos voluntários.

“Como já esperávamos, as pontuações mais altas em traços como amabilidade e empatia coincidiram com maior aptidão em se desculpar”, explica o psicólogo. Por outro lado, pessoas que disseram sentir vergonha de se desculpar revelaram baixa autoestima, apesar de se sentirem incomodadas ao ferir os sentimentos de outra pessoa. Um dado interessante: participantes com forte senso de justiça, se mostram com mais dificuldade para pedir perdão. “Podemos dizer que ser adepto da filosofia do ‘olho por olho’ e admitir os próprios erros é incompatível”, acredita Howell.

Fonte: Revista Mente & Cérebro n° 228, janeiro/2012, pág. 75

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_12/12

DISFASIA/AUDIOMUDEZ

Transtornos raros da evolução da linguagem, afasia congênita. Trata-se de crianças que apresentam um transtorno da integração da linguagem sem insuficiência sensorial ou fonatória; que podem, embora com dificuldade, comunicar-se verbalmente e cujo nível mental é considerado normal. Exemplo: gagueira e problemas na memória.

Memória

A memória pode ser definida como a capacidade do indivíduo de gravar as experiências e acontecimentos ao longo da vida.

Pode ser dividida em:

Tipos de Material: Verbal ou não verbal

Modalidade de Experiência Sensorial: Visual, Auditiva, Táctil e Gustativa

Memória de Curto Termo: aspecto de memória que envolve lembrança imediata

Memória de Longo Termo: para informações apresentadas pelo menos há 30 minutos

Memória Remota: para informações que ocorreram há mais de 24 h.

O transtorno de memória tem sido mais freqüentemente relatado como déficits de habilidade associados com algum tipo de disfunção cerebral.

Problema de memória é também freqüentemente foco de intervenções de tratamento, e podem ser classificados como Retrógrada (dificuldade de memória para informação codificada antes da lesão) e Anterógrada (dificuldade de memória para informações subseqüentes à lesão).

No tratamento das disfunções da memória é importante identificar a fonte da dificuldade, se possível, bem como a natureza e parâmetros da disfunção. Entendendo-se o mecanismo da dificuldade pode-se conduzir ao desenvolvimento das intervenções apropriadas.

Dentro de uma abordagem psicológica, Dejours analisa o tema a partir da distinção de 03 tipos de memória:

Psíquica: ligada aos mecanismos de esquecimento;

Cognitiva: referente ao estocar e evocar informações;

Memória do "Saber Fazer": ligada aos programas genéticos que necessitam de encontros específicos com o ambiente, denominada Memória POTENCIAL ou LATENTE.

A intervenção psicopedagógica em indivíduos que tem problema de retenção vem no sentido de auxiliar para que este faça um maior número de relações entre o objeto de estudo (o que quer ou precisa aprender) e suas estruturas mentais.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_11/12

DISLALIA

Transtorno funcional primário que corresponde ao atraso da fala, à linguagem "bebê".

É um evento oculto que não pode ser controlado diretamente. Dessa maneira, é muito parecido com o processo oculto de aprendizagem, que também não apresenta referência direta e só pode ser mensurado pela observação das alterações no desempenho. Infelizmente, a atenção é um pré-requisito da aprendizagem. Se ambos são mensurados por uma alteração no desempenho é devida à atenção imperfeita, a aprendizagens imperfeitas ou ambas.

A atenção na aprendizagem refere-se à seleção de estímulos dentre os vários utilizados no processo de aprendizagem, a fim de a ele associar a resposta adequada. A criança precisa dispor da atenção seletiva para discernir dentre tantos estímulos àquele que leva a uma resposta apropriada. A atenção deve estar centrada no conteúdo propriamente, não na forma e recursos utilizados na aprendizagem do mesmo. Ao escutar uma explicação oral, além de preocupar-se com a compreensão da mesma, há uma percepção de tom de voz, sotaque, etc; que também fazem parte do estímulo. Caso a atenção não esteja centrada, (atenção seletiva); ela se desviará, não vingando o essencial.

APRAXIAS

Incapacidade de executar os movimentos apropriados a um determinado fim, conquanto não haja paralisias.

ECOLALIA

Repetição da fala do interlocutor.

DISORTOGRAFIA

Escrita com os erros de que tratamos, pode ser o primeiro ou único achado de exame em caso de dislexia leve não examinado logo no início, podendo ter havido, mas já desaparecido, as dificuldades à leitura. Boa parte dos disléxicos melhora razoavelmente nesta matéria, enquanto ainda cometem muitos erros à escrita.

Os disléxicos podem fazer todas as suas escrita em espelho, o que é, entretanto, raro.

Quanto aos erros de omissão, o mais freqüente é suprimirem-se letras mudas ou vogais - BNDT (por BENEDITO), por exemplo.

É comum a tendência à união de duas ou mais palavras numa só, mas se pode também verificar a divisão de uma palavra, que o disléxico escreve em duas partes.

Quanto à pontuação, pode haver dificuldade na colocação de vírgulas.

AFASIA

É a perda parcial ou total da capacidade de linguagem, de causa neurológica central decorrentes de AVC (Acidente Vascular Cerebral), lesão cerebral nas áreas da fala e linguagem. Conforme a extensão e localização da lesão o paciente pode apresentar um ou mais sintomas.

Sintomas:

·perda total ou parcial da articulação das palavras;

·perda total ou parcial da fluência verbal; dificuldade de expressar-se verbalmente; nomear objetos; repetir palavras; contar; nomear, por exemplo, os dias da semana, meses do ano; ou ainda perda da noção gramatical;

·perda total ou parcial da habilidade de interpretação, não reconhece o significado das palavras.

·ler;

·escrever;

·perda total ou parcial da capacidade de organização de gestos para comunicar o que quer.

"Adquirida" da criança é considerada como algo excepcional. Ressalta uma redução da expressão verbal com transtornos articulares freqüentes, uma compreensão oral raramente perturbada, uma alexia freqüente acompanhando-se de transtornos da escrita. Afasias pós-traumáticas ou tumorais das quais poderíamos obter certas características: redução da expressão verbal oral, mas, sobretudo escrita, freqüência muito maior dos transtornos da realização da linguagem, em menos grau, da compreensão da linguagem, evolução um tanto favorável quando a lesão não é evolutiva.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_10/12

Hiperatividade

Muitas vezes, mas não sempre, a hiperatividade associa-se a transtornos de aprendizagem. Pode ser que essa relação não seja mais do que o resultado de um desvirtuamento de seleção no que se refere à criança com transtornos de aprendizagem e também hiperativa, a qual é mais provável que seja encaminhada para estudo do que sua colega iguaImente com dificuldades de aprendizagem, que se senta quieta em seu lugar. De qualquer forma, a presença de hiperatividade em algumas crianças com transtornos de aprendizagem tem sido muitas vezes usada como base da controvérsia sobre a existência de algo errado no cérebro de tais crianças. Para algumas crianças a hiperatividade pode ser perfeitamente o resultado de anormalidades cerebrais, mas para outras pode ser um comportamento adquirido ou nada mais do que a manifestação do máximo da distribuição normal de motilidade humana. Níveis altos de atividade motora podem não ser um problema por si mesmos, mas a reação do ambiente em que a criança vive a essa atividade pode transformá-los em problema.

Os transtornos de aprendizagem são principalmente um problema para a criança; a hiperatividade é principalmente um problema para os adultos que cercam a criança. Como os adultos são os "encarregados'', não é de admirar que a intervenção se concentre no que está perturbando o adulto mais do que naquilo que a criança realmente necessita. Isto é, o tratamento é geralmente dirigido mais à hiperatividade do que ao problema de aprendizagem. Muitas vezes, os adultos ficam satisfeitos desde que a criança se sente quieta, não importando se no momento ela está tendo algum aproveitamento na escola. Parece que a hiperatividade pode muitas vezes ser reduzida mediante a administração de certas drogas relacionadas com a anfetamina. Por uma lógica desvirtuada, isto tem sido novamente usado como prova de que os transtornos de aprendizagem tem sua base em desordens cerebrais.

Há muitas questões metodológicas que precisam ser levadas em consideração se desejamos estudar a eficácia de uma droga. Essas questões constituem obstáculo para estudos verdadeiramente definitivos no campo da hiperatividade e dos transtornos de aprendizagem. Em conseqüência, o conhecimento nessa área é incerto, e o uso difundido de medicação com crianças que têm problemas na escola toca às raias da irresponsabilidade. Os efeitos físicos e psicológicos em longo prazo do uso continuado de agentes químicos poderosos são desconhecidos e é muito alto o potencial do seu uso abusivo. As drogas, portanto, devem ser usadas com muita prudência, principalmente nas intervenções alternativas que não incluem drogas para hiperatividade e problemas de aprendizagem.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_9/12

Por favor, não deixe os disléxicos serem autocríticos ou se preocuparem excessivamente porque eles podem ser mais lentos que a média em fazer simples + - x ¸ , pois muitos disléxicos inteligentes têm dificuldades mas têm encontrado caminhos para ultrapassá-las ou superá-las. Algumas autoridades locais para Classes de Educação Suplementar cobrem o problema da dificuldade em aritmética, e os professores devem trabalhar em conjunto com programas de TV relevantes que freqüentemente estão disponíveis.

Há, de qualquer maneira, uma dificuldade que deve aparecer, se o aluno tem que completar simples cálculos básicos ( + - x ¸ ) rapidamente, para se manter dentro dos limites de tempo nas provas em que não é permitido o uso de calculadora; o estudante devido a suas dificuldades disléxicas com a sequência, será mais lento que a média. Essa dificuldade pode ser aliviada, de qualquer maneira, em muitos casos porque as Juntas Públicas de Exame estão freqüentemente preparadas para considerar a previsão de tempo adicional para atender às dificuldades específicas dos estudantes disléxicos. Essa previsão de tempo extra é freqüentemente mais valiosa, porque dá tempo para que os candidatos disléxicos confiram onde eles têm copiado os números na seqüência correta, pois, em alguns tipos de dislexia, o estudante pode ocasionalmente inverter números, e por exemplo escreve 259 em vez de 295, etc.

Deve ser lembrado que o Serviço de Emprego tem aceitado por muitos anos que os disléxicos podem ter dificuldades em matemática e tem estado preparado para recomendar aos empregadores o uso de calculadoras em casos individuais.

Essas são só algumas poucas áreas em que muitos disléxicos falham. Elas não são exclusivas dos disléxicos, de qualquer maneira, erros desse tipo tendem a ser mais freqüentes e persistentes que em muitos outros grupos de pessoas.

Não é sugerido que todas ou qualquer das dificuldades acima estejam presentes em qualquer pessoa disléxica; pelo indicado acima, alguns disléxicos podem não mostrar essas dificuldades.

Se, de qualquer maneira, algumas das dificuldades descritas acima são advertidas (por exemplo: lentidão em simples cálculos ( + - x ¸ ), dificuldades em notação, dificuldade em leitura e/ou compreensão de questões matemáticas), se elas estão em desacordo com o que deveria ser esperado para uma pessoa dessa idade e potencial, isto poderá usualmente sugerir que o indivíduo deve ter dificuldade na matemática, como as que são com freqüência encontradas estritamente associadas com aquelas dificuldades lingüísticas comumente conhecidas como dislexia.

Entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo o estudo e a pesquisa da dislexia (transtornos específicos de aprendizagem). Sub-Comlte de Psicologia da Associação Britânica de Dislexia.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_8/12

Diagnóstico precoce

Os pais e os professores devem ser ajudados a reconhecer quando as crianças podem ter dificuldades específicas na aprendizagem da aritmética, averiguando quais, em contraste com a idade e a inteligência, das seguintes características estão presentes.

(As dificuldades em outros aspectos da matemática são mais difíceis de diagnosticar e irão precisar de ajuda de um especialista).

Dificuldade decorrente de lentidão relativa em cálculos simples - a velocidade para fazer cálculos simples (+,-, x, :) parece mais lenta que o esperado para a idade e inteligência?

Dificuldade para decorar tabuadas

Dificuldade em contar para frente - quando é mister contar para frente, ele necessita fazer marcas no papel ou contar com os dedos?

Dificuldade em contar para trás - quando contar para trás de dois em dois ou de três em três desde 30, ou falando qual número está 5 lugares antes de21.

Dificuldade em lembrar-se de "transportar" números - quando se soma uma longa coluna de números, há necessidade de escrever embaixo o transporte de números, e tem preferência para fazer algumas pequenas somas mais do que somar a coluna toda (para assim evitar carregar a memória com transporte de números)? Essa dificuldade com transporte de números também se aplica a cálculos curtos.

Dificuldade de direção - tendência esporádica a colocar números em uma ordem errada, isto é 15 por 51 ou 3 x 7 = 12?

Dificuldade em subtração - a ponte do "10". Pode uma rápida resposta ser dada a 17-9=?, ou necessita contar para cima ou para baixo com os dedos, ou quebrar a soma em estágios, ou ajustar números.

Ex.: 18 - 10 = 8, etc.

Multiplicação e divisão:

Os dois processos devem ser mais lentos e menos precisos devido à carência de conhecimento da tabuada e/ou pela dificuldade para lembrar-se de abaixar os números transportados.

Dificuldade devido a copiar os números incorretamente - em condições de tempo limitado. Ex.: copiando números da lousa ou numa prova, algumas crianças disléxicas têm freqüentemente a tendência a cometer erros ou faltas, ou quando copiam dos seus próprios trabalhos e cálculos no papel na frente deles.

As dificuldades para decorar regras aritméticas e fórmulas matemáticas. Do mesmo modo que os disléxicos vão ter dificuldades para decorar tabuada, alguns deles vão esquecer as regras para +, -, x, :, frações e decimais e fórmulas algébricas e geométricas (essas dificuldades podem geralmente ser diminuídas com aprendizagem multissensorial e confiança em compreender mais que na aprendizagem de cor das regras).

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_7/12

Indicadores Precoces

Contando para trás

Se uma criança é diagnosticada como dislexia, há uma possibilidade razoável de que ela possa ter também algum tipo de dificuldade em matemática e deveríamos estar prevenidos para essa possibilidade.

Um indicador muito simples (e simplista) das possíveis dificuldades com números é a inabilidade para contar para trás de dois em dois ou de três em três, começando por exemplo de 30, ou falar qual número está 5 lugares antes de 21.

Como os disléxicos freqüentemente têm falta de compreensão dos traços gerais, da ordem e da estrutura do sistema numérico, eles freqüentemente têm que começar de 0 ou 1, em qualquer tarefa de contar ou calcular.

Por exemplo: eles não podem responder a 7 + 8 sem primeiro contar até 7 e então adicionar 8, em vez de começar de 7 e continuar contando. Se lhes perguntarmos a resposta de 6 x 6, os disléxicos freqüentemente podem responder se começam de 1 x 6 =,2 x 6 =,etc.

Tabuada

Uma das maiores preocupações que pais e professores mencionam é a dificuldade que os disléxicos têm para aprender a tabuada. Isso é verdade, e sabendo disso parece francamente fútil procurar forçar o resultado.

A idéia da tabuada é reduzir o tempo dos cálculos, mas, como freqüentemente prolonga o tempo para os cálculos dos disléxicos (realmente aumenta o tempo que leva, pois adiciona angústia), a sugestão é que a insistência nesse aspecto do cálculo seja eliminada.

É melhor dar para os disléxicos materiais auxiliares como esquadros, linhas numeradas, ou calculadoras, em vez de obrigá-los a grandes esforços.

O valor da posição

Um outro problema é a falta de compreensão do valor da posição no sistema numérico. A confusão nesta área é frequentemente disfarçada nos primeiros anos, pois as crianças aprendem as regras apropriadas para somar e subtrair e podem usá-las se estas são apresentadas de uma forma especial - são mecanicamente aprendidas. Se essa colocação é mudada, ou se é necessário usar conhecimento dos números, a pessoa freqüentemente carece de flexibilidade para usar seu conhecimento de outra forma, e sua dificuldade de compreensão se torna visível.

Reagrupando ("transportando") números

Ambos os problemas, os da memória em curto prazo e os da dificuldade de compreensão do sistema de valor da posição, podem dificultar ao disléxico:

a) lembrar-se de reagrupar (transportar);

b) lembrar-se de qual número escrever embaixo e qual carrega(transportar).

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_6/12

Linguagem Escrita e a Matemática

Sem entrar em muitos detalhes, vamos ver quais são as semelhanças superficiais entre a linguagem escrita e a matemática.

Ambas são linguagens representadas por símbolos que apresentam pequena ou nenhuma relação com as situações e eventos que eles descrevem, por exemplo: "elefante" não se parece mais com a que o "3" com a idéia de ~, ou qualidade de três. Os dois têm estruturas e requerem uma ordem e seqüência para serem usados eficientemente.

Os dois requerem facilidade para uma eficiente rotulação verbal, para uma aprendizagem fluente e memorização. Memória em curto prazo é também importante para ambos.

Essas são só algumas das semelhanças entre linguagem e matemática. Quando nós consideramos tudo isso, não é surpresa que indivíduos com dificuldades na linguagem do tipo da dislexia tenham freqüentemente dificuldades em matemática.

Tipos de Dificuldades

Entre os disléxicos que têm dificuldades em matemática, parece haver dois subgrupos principais:

Aqueles que compreendem os conceitos, mas são incapazes de representá-los no papel, isto é, eles sabem que processo ou operação usar, mas não conseguem fazê-lo com precisão. Essas pessoas são vistas freqüentemente como preguiçosas ou descuidadas.

Aqueles que têm pouca ou nenhuma idéia por que os números ou outros símbolos são usados. Essas pessoas não compreendem os conceitos subentendidos em matemática.

Os resultados das pesquisas variam consideravelmente, e uma estimativa conservadora, baseada em estudos iniciais, sugeriria que quase 60% (sessenta por cento) dos disléxicos têm alguma dificuldade em matemática. Dois terços dos disléxicos de 8 a 14 anos tiveram uma performance de 18 meses a 2 anos mais baixa que as crianças de um grupo-controle.

Um terço estava atrasado até 3 anos ou mais, levando em conta sua idade cronológica e sua habilidade. Só 2% (dois por cento) das crianças do grupo-controle tiveram resultados igualmente baixos.

Cerca de 11% (onze por cento) dos disléxicos são excelentes em matemática. O resto, 29% (vinte e nove por cento), trabalha tão bem quanto as crianças da mesma idade que não têm dificuldades na aprendizagem.

As pessoas falam freqüentemente que não são boas em matemática, quando de fato querem dizer que não são boas em aritmética.

A aritmética é uma parte da matemática ensinada na escola, mas só uma parte. A matemática está amplamente vinculada com a relação entre as coisas - tamanho, forma, quantidade e espaço.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem_5/12

Pais e Escolas

Se seu filho frequenta uma escola, fale com o diretor, afim de que haja perfeito entendimento entre vocês, e para que você possa estar certo de que os professores de seu filho estão conscientes das dificuldades que ele enfrenta e bem informados sobre o assunto.

Provas

Se ele se submeter a provas escritas, um atestado sobre as suas dificuldades poderá ser reme tido para o conselho examinador, através do diretor da escola. Isto é aceitável somente pelo psicólogo escolar e somente depois de feita uma avaliação detalhada.

Dislexia e a Matemática

Alguns disléxicos têm problemas com aritmética e outros aspectos da matemática, assim como com a linguagem escrita. Deveria a dificuldade em matemática (especialmente dificuldades em aritmética) ser incluída como parte da definição da dislexia.

Porém o nível de gravidade dos problemas varia (como é o caso na leitura e soletração). O fato é que a maioria dos disléxicos manifesta dificuldades em aritmética e outras áreas da matemática na escola (como veremos mais tarde, muitos disléxicos têm dificuldade para adquirir rapidez e fluência em simples cálculos: +, -, x, e na tabuada, mas eles poderão ter, não obstante, boa habilidade em matemática).

Se olharmos a dislexia como uma dificuldade geral, não será surpresa verificarmos que alguns disléxicos têm problemas com aritmética e outros aspectos da matemática, assim como com linguagem escrita.

Isso é porque não há áreas do cérebro que só se ocupem especificamente da leitura e soletração. As áreas usadas para a linguagem escrita são usadas também para outros materiais simbólicos, incluindo números, fórmulas, gráficos, diagramas etc. Assim, se há um problema nessas partes do cérebro, será afetado o processamento eficiente de qualquer material simbólico, linguagem e matemática incluída.

Isso significa que as falhas em uma área escolástica estão frequentemente vinculadas a falhas em outras áreas.