sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os Dez Mandamentos, se quisermos continuar habitando este planeta abençoado.


1- Resgatar o principio da re-ligação: todos os seres, especialmente os vivos, são interdependentes e expressão da vitalidade do Todo que é o sistema Terra.

2- Reconhecer que a Terra é finita, um sistema fechado com recursos limitados.

3- Entender que a sustentabilidade global depende do respeito aos ciclos naturais. A fim de que a natureza tenha tempo de regenerar-se é preciso consumir com racionalidade os seus recursos.

4- Respeitar a biodiversidade que garante a rede da vida como um todo, pois propicia a cooperação de todos em vista da sobrevivência comum.

5- Valorizar as diferenças culturais que mostram a versatilidade da essência humana e nos enriquecem, pois tudo no humano é complementar.

6- Exigir que a ciência se faça com consciência e seja submetida a critérios éticos para que suas conquistas beneficiem mais à vida do que ao mercado.

7- Superar o pensamento único da ciência e valorizar os saberes cotidianos das culturas antigas e do mundo agrário porque auxiliam a busca de soluções globais.

8- Valorizar as virtuosidades contidas do pequeno e do que está embaixo pois nelas podem estar contidas soluções globais, bem explicadas pelo efeito borboleta.

9- Dar centralidade a equidade e ao bem comum, pois as conquistas humanas devem beneficiar a todos e não como atualmente, apenas 18 % da humanidade.

10- O mais importante: resgatar os direitos do coração, os afetos e a razão cordial que foram relegados pelo modelo racionalista. (Revista “Alternativa” nº 4 jul/out./07 sem citação de autoria)


EM SUMA:

Se alguém lhe sorri, sorria.
Acene, se alguém lhe acena.
Escute, se alguém lhe fala.
Se alguém lhe fala, responda.
Não deixe cartas em branco.
Responda os telefonemas.
Atenda a quem bate à porta.
Receba quem o procura.

Que o mundo que o rodeia penetre seu coração;
Que as flores lhe digam coisas,
As aves em si confiem,
Que as crianças o busquem,
E que cada homem o veja
Como se vê um irmão

E tanto amor se irradie
A sua volta e de volta
Inunde seu coração
Que cada um de seus dias,
Como se fosse este dia,
Reconstitua a alegria
Do dia da criação.

(Benedicto Ferri de Barros)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Que em 2011 sejamos todos Búfalos!

Atualmente, os conflitos familiares, sociais, religiosos, políticos, emocionais, morais, éticos e ambientais estão nos colocando em rota de colisão com nosso verdadeiro eu.

Estamos perdidos, vazios e completamente insatisfeitos e infelizes.

Queremos sempre mais;

Buscamos algo, não sabemos o quê;

Estamos indo, não sabemos para onde;

Recuamos por necessidade;

Prosseguimos por princípios;

Fazemos da nossa ideologia a motivação para ultrapassarmos barreiras.

MAS,

Desconhecemos nossa força;

Desprezamos nosso poder;

Banalizamos nossas metas;

E aí nos enfraquecemos!

O vídeo abaixo deixa visível que a força interior de cada um é potencializada quando está unida e focada no mesmo objetivo.

Não entraremos no mérito da cadeia alimentar, nem da fome dos leões, não julgaremos a natureza, tampouco o rumo natural das coisas.

Atentemos somente para o belíssimo exemplo da união e passemos a refletir profundamente sobre a necessidade de nos unirmos verdadeiramente como nação, como cidadãos, como irmãos, pois, somente assim, salvaremos vidas e salvaremos a nós mesmos!








“Toda força será fraca, se não estiver unida!”
(Jean De La Fontaine)

Fonte: Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Coisas para Fazer no Ano Novo

1. Parar de fumar: O cigarro pode provocar diversas doenças, diminui a capacidade pulmonar, amarela os dentes e incomoda os outros. Querer é o primeiro passo, mas o mais importante é ter iniciativa. Marcar uma data para jogar o maço de cigarros no lixo pode não ser uma boa estratégia.

2. Dedicar mais tempo a você: Não se engane, o lazer é uma necessidade, além de ser nosso maior aliado contra o estresse e a depressão. Reserve uma horinha para fazer o que gosta. Curta sua família, seus filhos e seus amigos. Procure espaços destinados ao lazer na sua cidade, como praças e parques.

3. Mexer o corpo: A atividade física regular é o segredo para uma vida saudável. Mas isso não significa que você precise correr para a academia mais próxima. Ande! Pela manhã, vá até a padaria. Prefira as escadas aos elevadores.

4. Arrumar um emprego novo: A insatisfação com o trabalho pode comprometer, pelo menos, 1/3 do seu dia. Afinal, é nele que você passa boa parte do dia. Ter novos profissionais pode estimular sua carreira, sem contar que um ambiente diferente rende novas amizades.

5. Conquistar seu amor: Está de olho em alguém? Ou o relacionamento não anda lá essas coisas? Se você está esperando de braços cruzados ou se vive em pé de guerra com o seu amor, é o momento de resolver a situação e ser feliz. Tente conquistar a felicidade a dois em vez de ficar se lamentando.

6. Começar seu programa de emagrecimento: Sua forma física é resultado direto do seu estilo de vida – como você se alimenta e quanto se exercita, etc. Cuido do seu corpo e da sua mente, pois sua auto-estima agradece!

7. Gostar mais de você mesma:
Lembre-se de que cada pessoa tem suas qualidades, por isso não seja tão autocrítica. E tenha em mente que o amor começa por você mesma. Como você está demonstrando isso?

8. Admirar a natureza: Sempre que possível, tente dar um intervalo em meio a tanta correria. Sinta o frescor da natureza, a energia do sol e deixe-se levar ao som dos pássaros e ao aroma das flores. Lê um livro no jantar ou simplesmente deitar na cama e contemplar a natureza são atitudes revigorantes. Experimente!

9. Aprender algo novo:
Desengavete aquela velha ideia de fazer faculdade, um curso ou uma pós-graduação. O ato de aprender trabalha a curiosidade e desperta a motivação interna.


Camila Mareza – Psicóloga especializada em Transtornos Alimentares e Obesidade
www.psicobesidade.com.br

Fonte: Em Condomínios – São Caetano – Ano 3 – Edição 31 – Dezembro/2010 –
www.emcondominios.com.br

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Pior que o crack

No extremo oeste da Amazônia brasileira, uma substância ainda mais destruidora do que o crack ganha espaço: o oxidado, ou “oxi”, como é chamado. Obtida pelo maceramento das folha da planta acrescidas de cal virgem e querosene, a mistura é uma das etapas anteriores à obtenção da cocaína. “O oxi, como parte do processo de refino, sempre existiu. A novidade é que, de alguns anos para cá, as pessoas começaram a fuma-lo”, explica o delegado Adriano Carrasco, chefe da delegacia de repressão aos entorpecentes de Rio Branco, no Acre. O oxi pode ser fumado puro, em cachimbos, ou misturado ao tabaco de cigarros. Custa 10 reais o grama e causa os mesmos efeitos e danos do crack. Ambos provocam o dobro da euforia propiciado pela cocaína. Como são vasoconstritores, seus principais efeitos colaterais são aumento da pressão arterial e alto risco de infarto e AVC. Quando o uso é prolongado por alguns meses, o cérebro sofre uma série de microinfartos que provocam perda da memória e diminuição da capacidade de concentração e de raciocínio. O que faz o oxi ser ainda mais perigoso que o crack é o fato de que, ao fumá-lo, o usuário está enviando querosene e cal virgem para o pulmão. A cal, de PH muito básico, produz graves queimaduras no órgão, e o querosene, por ser um solvente poderoso, pode levar, a longo prazo, à falência dos pulmões. Diz o psiquiatra Dartiu Xavier de Oliveira: “O efeito cáustico do oxi no pulmão é maior que o do crack, devido aos agentes tóxicos que a pasta-base contém. Além disso, como o princípio ativo se encontra presente em menor grau, a pessoa tende a fumar mais do que se fosse crack”. Aterrorizante.

Revista Veja n° 50 – edição 2195, ano 43, 15.12.2010, pág. 180.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O infarto do novo século

Problemas emocionais e ambientais, associados à predisposição genética, também são gatilhos para doenças cardíacas

Uma forte dor no coração, como se ele rasgasse por dentro, subitamente. A frase parece apenas uma metáfora clichê, sempre acessível para descrever uma mágoa profunda, mas não física. O coração partido, porém, no auge do século 21, deixou de ser muleta dos sofredores e passou a fator de risco para problemas cardíacos.

Depressão e problemas emocionais, associados a uma predisposição genética, estão entre as causas de infartos em pacientes jovens, alerta Marcelo Ferraz Sampaio, cardiologista do Hospital Oswaldo Cruz, chefe do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo e especialista no tema.

O médico revela que nos últimos anos, o índice de infartos atípicos no setor de emergência do hospital foi surpreendentemente alto. Além do fator numérico, os pacientes tinham características clínicas semelhantes: jovens, em sua maioria mulheres, saudáveis, mas com incidentes cardíacos severos.

“Observávamos, ao fazer a identificação da artéria, que o coração tinha infartado, mas não havia lesão. Começamos, então, a desvendar como essa artéria poderia ter provocado a restrição de fluxo por mais de 20 minutos, sem ter nenhum comprometimento.”

Ao confrontar os pacientes com pesquisas internacionais, o especialista constatou que essas artérias sofrem um Sistema de Restrição Dinâmica ao Fluxo. A consequência e o processo são semelhantes ao que ocorre em um infarto tradicional, provocado pela conhecida lista de fatores de risco: obesidade, diabetes, hipertensão e cigarro. Neste caso, no entanto, o gatilho é emocional.

Como ocorre

A passagem de sangue é obstruída não pelas placas de gordura, mas por um estreitamento das paredes da artéria, responsável por interromper o fluxo. O mesmo evento é diagnosticado em casos de overdose de drogas como cocaína e crack, ou no uso de anabolizantes.
"Também é possível que as plaquetas do sangue fiquem como se fossem 'tresloucadas', interrompendo o fluxo subitamente, gerando os infartos. Descobrimos que esses pacientes têm alteração da formação das plaquetas”, explica o especialista.


Esse mesmo processo ocorre em pacientes com depressão. “A doença emocional, em tese, não é fator de risco pra doença cardíaca, mas pode ser, em determinadas circunstâncias, o fator principal”, endossa Sampaio.

Coração rasgado

Magra, saudável, ativa e aparentemente feliz. Os três adjetivos costumeiramente usados para definir a professora de física Iris Galetti também a mantinham fora do grupo de risco de mulheres com problemas cardíacos.

Em janeiro de 2008, durante uma reunião no colégio onde trabalhava, primeiro dia após as longas férias de verão, a professora sentiu um mal-estar pungente. Uma forte dor no peito e braços dormentes. A pressão, porém, ao ser medida na enfermaria do local de trabalho, estava normal.

Com náuseas e dores no peito, ao chegar ao hospital, Iris descobriu que tinha infartado. Foram oito dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e mais uma semana no quarto, até receber alta. Aos 49 anos, ela tinha perdido boa parte do coração – o ventrículo esquerdo ficou com o músculo praticamente morto.

“Jamais pensei que eu poderia infartar. Minha família tem histórico de câncer, não de problemas cardíacos. Achei que os médicos estavam errados. Nunca fui hipertensa, sedentária, e tenho uma verdadeira obsessão por alimentação saudável.”

No entanto, há mais de quatro meses Iris tentava digerir, sozinha, uma mágoa muito profunda. Nas palavras da professora, que prefere reservar a história, a decepção foi difícil de suportar. Por meses, o problema emocional ocupou boa parte de sua vida pessoal.

“Depois do infarto eu me dei conta do que tinha ocorrido. Lembro que o médico que me atendeu quando fiz o segundo cateterismo disse que minha artéria tinha rasgado, como se uma lâmina a tivesse cortado, literalmente.”

O estresse da vida profissional e o excesso de responsabilidades, dentro e fora de casa, somados aos conflitos e decepções pessoais, transformaram-se em um coquetel venenoso para um coração normal, sem problema algum.

O fator genético

A literatura médica mundial aponta que 15% dos infartos sem os fatores de risco tradicionais – cigarro, diabetes, obesidade e hipertensão – foram desencadeados por processos que começaram no âmbito psicológico. A matemática, porém, não é simplista e imediata. Para que o coração partido ultrapasse a metáfora é preciso que exista uma série de combinações genéticas e ambientais.

A analogia da chave e da fechadura é a maneira como Sampaio consegue traduzir os preceitos da medicina genética a seus pacientes. Nas palavras do médico, a predisposição dos genes nada mais é do que uma fechadura. “A porta está fechada. A chave é o estresse emocional, e a fechadura sua carga genética. Quando a chave certa encontra a porta certa, a doença aparece.”

O mapeamento genético, porém, não seria uma forma de prevenção. Embora o Projeto Genoma tenha mapeado todos os genes que existem no organismo humano, a medicina ainda não conseguiu antecipar quais combinações entre esses genes são responsáveis por desencadear as mais variadas doenças. A única forma de manter-se longe dos infartos, tradicionais ou atípicos, seria a manutenção da saúde, tanto mental quanto física, defende o médico.

“Hoje os alimentos não são mais saudáveis, passam por agrotóxicos para conservação. Não só comemos mal, como recebemos o alimento em pior estado. A falta de tempo é desculpa para tudo. A pressão do dia a dia faz com que o artifício de relaxamento e prazer seja uma comida calórica, gordurosa. O chocolate nos dá o prazer que não temos no trabalho, na família, na relação sexual. Esse comportamento social do mundo moderno gera pessoas mais expostas.”

A experiência individual não serve apenas de alerta. Para contornar os problemas emocionais, Iris trocou a lousa pelos pincéis – ministra aulas de pintura em faiança para mais de 30 alunos, produz peças para venda e toca o próprio ateliê. O coração bate devagar, quase ao som do new age, música fundo de suas aulas, mas ela se define clinicamente como ótima: controla a alimentação, toma uma taça de vinho nos dias mais agradáveis, pratica atividade física regularmente - uma caminhada leve de 60 minutos - e aposta que ultrapassará a casa dos 100.

Na receita médica, as indicações permanecem universais, e cabe a cada um achar seu componente pessoal: alimentação balanceada, atividade física regular, lazer, tranquilidade e terapia – esvaziar a mente dos problemas e não permitir que eles consumam o organismo – podem ajudar a blindar o coração.

Veja a animação com os 3 tipos de Infarto aqui.
Fonte: Saúde IG

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Bebidas alcoólicas são muito acessíveis no Brasil, avaliam especialistas

Folha de São Paulo
O comércio de bebidas alcoólicas no Brasil se caracteriza pelo grande numero e tipos de estabelecimentos onde os produtos de diversas marcas são vendidos.
Essa condição do mercado facilita o consumo e o acesso dos jovens às bebidas. De acordo com o secretário de Dependência Química da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), Marco Antonio Bessa, medidas restritivas deveriam ser adotadas para reduzir essa exposição que induz ao consumo.
"No Reino Unido, por exemplo, não se pode vender bebida alcoólica em qualquer lugar. Para uma pessoa ter um bar e vender bebida alcoólica tem que ter uma licença especial", disse.
Segundo Bessa, a venda de bebidas alcoólicas, em alguns locais, contradiz a própria campanha do governo do motorista não dirigir alcoolizado. "No Brasil chega-se ao absurdo de se vender e consumir bebida alcoólica em posto de gasolina, o que é um contrassenso, uma coisa completamente estapafúrdia", afirmou.
Para a pesquisadora do Uniad (Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas), Ilana Pinsky, o grande número de locais que comercializam bebidas, inclusive em frente às escolas, reduz a eficácia das medidas de prevenção. "Quando você tenta fazer uma medida preventiva, que é muito mais difícil do que a educativa, você tem aqueles cartazes mostrando a vida boa relacionada à bebida alcoólica", disse.
A restrição aos pontos e horários de venda de bebidas alcoólica é apontada por Ilana Pinsky como uma das políticas mais eficientes na redução do consumo de álcool. Ela baseia sua posição na literatura internacional que aborda o assunto. "Prevenção de uso de álcool e drogas nas escolas, que é uma estratégia muito popular, infelizmente tem uma eficácia muito pequena", afirmou.

Aumentar os impostos sobre as bebidas foi uma ação apontada como importante tanto por Ilana Pinsky quanto por Bessa. "O preço da bebida alcoólica é muito importante no início do consumo e também em um consumo mais pesado", afirmou a pesquisadora.
adoção de políticas eficientes para a redução do consumo de álcool, no entanto, depende da capacidade da sociedade pressionar o Poder Público, segundo a professora de Serviço Social da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Roberta Uchoa. "O Estado só vai responder se a sociedade pressionar", disse.
Ela destacou ainda que o álcool é a droga cujo o consumo mais cresce no país. De acordo com Roberta Uchoa, o consumo de álcool no Brasil aumentou 155% entre 1961 e 2000. "Mesmo que seja em 40 anos é um aumento muito significativo", afirmou.

Fonte: UNIAD

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A ciência adverte: fumar maconha emburrece

MACONHA: A PESQUISA E A REJEIÇÃO NOS EUA

Por Milton Corrêa da Costa, especial para o blog Repórter de Crime

Um recente estudo da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) acaba de ratificar o que já havia sido objeto de pesquisa em outros países: o hábito de fumar maconha frequentemente, mesmo que em pouca quantidade, pode danificar seriamente a área do cérebro responsável pela memória. Por sua vez, na semana passada, a chamada "corrente progressista" -são cerca de 190 milhões de usuários no mundo segundo a ONU- que luta pela legalização do cultivo, venda e consumo da maconha, acaba de sofrer um duro golpe. Nos EUA, a Califórnia, primeiro estado a oficializar o uso medicinal da cannabis em 1996, rejeitou, em referendo popular, tal proposta. Mesmo para uso medicinal o uso da maconha foi ainda rejeitado, pela corrente de conservadores, nos estados de Oregon e Dakota do Sul. Medida de bom senso contra uma droga, com seu componente psicoativo ( tetrahidrocannabinol-THC), cada vez mais potente hoje- vide a maconha hidropônica- que nada tem de tão recreativo assim.

Uma opinião, das mais importantes, já citada inclusive em artigo do jornalista Jorge Antônio Barros de 'O GLOBO', que coloca em xeque o pressuposto de que a maconha é uma droga inofensiva, parte da diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas( EUA), a mexicana Nora Volkow, ao afirmar: "Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva.Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes. Estudos feitos em animais mostraram que, expostos ao componente ativo (THC) há intereferências sob controle do apetite, memória e humor. Isso, causa desde aumento da ansiedade, até a perda de memória e depressão. Claro que há pessoas- prossegue a estudiosa afirmando- que fumam maconha diariamente por toda vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão. Mas até agora não temos como saber quem é tolerante á droga e quem não é. Então a maconha é sim perigosa", afirmou a psiquiatra que conduziu, na década de 80, estudos comprovando que a cocaína causa dependência química, além de graves danos ao cérebro.

Acrescente-se a constatação de alguns estudiosos sobre o uso da cannabis, em nosso país, como a professora de psiquiatria Maria Teresa Costa de Aquino, da FCM / UERJ, diretora do NEPAD ( Núcleo em Atençao ao Uso Indevido de Drogas), no Rio, que afirma que a maconha pode causar síndrome amotivacional, um estado letárgico de falta de motivação para o trabalho, estudo, atividades físicas e outras tarefas do dia a dia. "A maconha de que falamos hoje não é a mesma de 20 ou 30 anos atrás.A percentagem de substância alucinógena é bem maior", diz a estudiosa.
Outros estudiosos afirmam que a maconha, em uso cont[inuo, pode levar os dependentes a um estado agressivo exacerbado e dar causa a episódios psicóticos. Não custa lembrar que no ano passado em São Paulo, o jovem Carlos Eduardo Sandfeld Nunes, de 24 anos, assassino confesso do famoso cartunista Glauco Villas Boas e do seu filho Raoni, encontrava-se, segundo o exame toxicológico, realizado após o bárbaro crime, sob o efeito de maconha. Cadu, como era chamado o homicida,não estudava, não trabalhava, fumava cannabis desde os 15 anos e passou a traficar a droga há algum tempo para sustentar o vício, apresentando ainda surtos psicóticos (alucinações e delírios).

John McGrath, do Instituto Neurológico de Queensland, na Austrália, numa pesquisa que relaciona psicose ao uso contínuo da maconha, estudou mais de 3.800 homens e mulheres nascidos enttre entre 1981 e 1984 e comparou seus comportamentos, após completarem 21 anos de idade, para perguntar-lhes ( todos já eram pacientes) sobre o uso da maconha em suas vidas, avaliando os entrevistados para episódios psíquicos. Cerca de 18% relataram uso de maconha por três ou mais anos, outros 16% por de quatro a cinco anos e 14% durante seis ou mais anos. Ressalte-se que Cadu, o duplo homicida, fumava maconha há mais de nove anos. A pesquisa de McGrath concluiu que os que tinham seis ou mais anos de uso da droga tinham duas vezes mais chances de desenvolver psicose não afetiva, como esquizofrenia. O estudo foi publicado na revista de psiquiatria " Archives of General Psychiatry".

Assim sendo, ainda que conclusões científicas precisem ser relativizadas, mormente quanto a um tema tão polêmico- cada caso é um caso- não se pode desconsiderar tais estudos e depoimentos. Chega agora a notícia de que o uso prolongado do álcool -droga lícita- causa talvez mais danos do que o crack e a heroína. Outra notícia, muito lamentável, que mostra que a questão da droga não poupa gregos nem troianos, envolve o recente falecimento do surfista Andy Irons (32 anos), três vezes campeão do mundo em sua especilidade esportiva, assinala que o famoso atleta, que já tivera envolvimento com drogas, encontrava-se em processo de recuperação da dependência. Andy havia contráido dengue recentemente, O exame toxicológico, em razão do uso de diferentes medicamentos, revelará a causa-mortis.
A realidade é que o "não" da maioria dos californianos à proposta de legalização da maconha foi medida de bom senso. Já nos bastam os males causados em todo mundo pelo alcoolismo e o tabagismo. Drogas não agregam valores sociais positivos. Há outros prazeres prara os jovens, na vida, sem que necessitem da busca ( falsa) do "mundo colorido" através de estados alterados de consciência. O bom senso determina a proteção de nossas futuras gerações no posicionamento contrário à descriminalização de drogas. Aos pais e responsáveis fica o alerta de que, neste caso, o preço da felicidade é a eterna vigilância de seu filhos. A maconha é uma perigosa porta aberta para o caminho da destruição.
Milton Corrêa da Costa é Coronel da PM do Rio na reserva

Fonte: UNIAD

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A mão esquerda sabe o que a direita está fazendo?

Metade do cérebro humano pode ser motivada a agir enquanto a outra parte é deixada na ignorância

© DORI OCONNELL/ISTOCKPHOTO

Você já se percebeu realizando algum gesto sem se dar conta dele? Sabemos, por exemplo, que é possível afastar um inseto que está voando na nossa frente antes mesmo de perceber conscientemente que ele está lá, ou ainda coçar uma picada de forma automática. Um estudo publicado no periódico Psychological Science realizado por cientistas do Institut National de La Santé (Inserm), em Paris, pode ajudar a explicar esse fato: metade do nosso cérebro pode ser motivada a agir enquanto a outra parte é deixada na ignorância.

Para chegar a essa conclusão, o grupo de cientistas mediu com que força 33 voluntários conseguiam apertar um cabo com cada mão. Em seguida, apresentaram a eles imagens com moedas de 1 euro e de 1 centavo de euro na tela de computador. As moedas eram visíveis apenas para um olho por vez e apareciam durante apenas 17 milissegundos – tempo suficiente para o processamento subliminar, mas não o consciente. Após cada imagem ter piscado, os participantes apertavam o cabo com a mão que o estivesse segurando. Os voluntários foram informados de que ganhariam uma fração maior de dinheiro de acordo com a força que usassem; cada um tentou quatro combinações de olhos e mãos: olho direito com a mão direita ou esquerda e olho esquerdo com a mão esquerda ou direita. Embora não pudessem saber qual moeda observaram – confirmando o fato de que não estavam conscientes do que tinham visto – quando viam a moeda com valor maior, apertavam com mais força se o cabo estivesse posicionado do mesmo lado do corpo que o olho que percebeu o dinheiro. Os apertos não se alteravam dependendo do que o olho oposto enxergava, indicando que apenas metade do cérebro estava sendo motivada.

O neurocientista cognitivo Mathias Pessiglione, coautor do estudo, explica que, às vezes, a motivação não é subconsciente; ela pode também ser “subpessoal”, isto é, parte pode ser estimulada enquanto a outra, não. Assim, na próxima vez que você for surpreendido em meio a uma ação estranha, tente perceber se é responsabilidade das metades independentes do cérebro.

edição 215 - Dezembro 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Saiba como procurar tratamento para dependência de crack em SP

G1
Centros de Atenção Psicossocial auxiliam na desintoxicação. Veja os endereços dos CAPS em todo o estado.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que cuidam dos casos de álcool e drogas, atendem cerca de 10.500 pessoas mensalmente na capital paulista. A Prefeitura de São Paulo, entretanto, não tem dados exatos sobre o número de dependentes de crack.
Ainda de acordo com a Prefeitura, no primeiro ano de tratamento, 80% dos dependentes deixam o crack. Visto em longo prazo esse índice cai: 30% conseguem viver longe da droga.
O dependente que procura ajuda é avaliado por psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais para saber se é uso abusivo ou dependência química. A primeira semana do tratamento é a de desintoxicação. Nos casos extremos, a pessoa fica internada.
Os CAPS funcionam como pronto-atendimento e fazem internações se for preciso. Só os casos mais graves são encaminhados para outros lugares. Depois da desintoxicação, começa a etapa mais difícil: reaprender a viver sem a droga.
Segundo um levantamento do CAPS, 47,7% dos usuários recebem atendimento ou tratamento, exclusivamente, em razão da dependência do álcool; 32,6% múltiplas drogas; 10,2% cocaína (crack está neste percentual porque é derivado da cocaína); 5,1% fumo; 3,5% canabinóides e 0,8% outras drogas. Cada CAPS faz em média 800 atendimentos por mês.

Como funciona
A política de atendimento para que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas começou em 2005. A rede municipal conta com 62 CAPS que atendem população com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, como álcool e outras drogas, de segunda a sexta das 07h às 17h ou das 8h às 18h.

Veja os endereços dos CAPS em todo o estado de São Paulo

Há também o CAPS 24 horas, na região da Praça da Sé. A unidade tem capacidade para realizar três mil atendimentos por mês e hoje conta com 524 pacientes fixos em tratamento nos grupos terapêuticos.

Fonte: UNIAD