sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Educando Crianças com Inteligência Emocional_9/11

Dê força a seu filho oferecendo opções, respeitando desejos

Os adultos facilmente esquecem como a criança pode sentir-se impotente. Mas se olhar as coisas da perspectiva dela, você pode ver como a sociedade enfatiza a exigência de fazer a criança obedecer e colaborar. As crianças costumam ter muito pouco controle sobre sua rotina. Bebês sonolentos são arrancados do berço e levados para a creche. Crianças correm para formar filas quando toca a sineta mo pátio da escola. Pais estabelecem regras do tipo: “só come sobremesa se não deixar nada no prato” ou “você não vai sair com essa roupa”. E tem a clássica: “Porque eu estou dizendo”. Você se imagina falando assim com seu marido ou com seus amigos?

A criança precisa treinar pesar os prós e os contras de uma situação, encontrar soluções. Precisa ver o que acontece quando escolhe de acordo com o sistema de valores de sua família e o que acontece quando decide ignorar esses valores. Essas lições podem às vezes ser dolorosas mas, com o treinamento da emoção, podem também ser uma ótima oportunidade para os pais oferecerem orientação.

Os pais podem ficar sabendo que quanto mais cedo a criança aprender a expressar suas preferências e escolher, melhor. Na adolescência, quando há mais liberdade, mas também mais riscos, a falta de responsabilidade pode ser um perigo muito maior.

Deixar a criança escolher, além de lhe dar responsabilidade, ajuda-a a adquirir auto-estima.

Seja honesto com seu filho

Parece que as crianças têm um sexto sentido para saber quando os pais – sobretudo o pai – estão dizendo a verdade. Portanto, preparação emocional deve ser mais do que a repetição vazia de frases como “Compreendo”, ou “Isso também me deixaria uma fera”. Você pode estar dizendo a coisa certa, mas se lhe faltar convicção, não vai se aproximar de seu filho. Na verdade, a falsidade pode desacreditá-lo perante ele, e isso pode prejudicar o relacionamento de vocês.

Leia livros infantis com seus filhos

Da infância até a adolescência, pais e filhos podem aprender muito sobre a emoção com a boa literatura infantil. As histórias podem ajudar a criança a desenvolver um vocabulário para falar sobre os sentimentos e ilustrar as várias formas como as pessoas lidam com a raiva, o medo e a tristeza.

Os livros adequados podem até dar aos pais um meio de falar sobre temas que eles tenham dificuldade em abordar, como “de onde vêm os bebês” e “o que aconteceu com o vovô, quando ele morreu”.

Seja paciente

Para ser um bom preparador emocional, você precisa ter paciência para deixar a criança levar o tempo que for necessário para dizer o que sente. Se seu filho está triste, ele pode chorar. Se estiver irritado, pode bater o pé. Você pode achar desagradável perder tempo com uma criança nesse estado. Pode achar que já tem problemas de sobra. Mas é bom lembrar que o objetivo do treinamento da emoção é explorar e compreender as emoções, não eliminá-las.

Compreenda a base de seu poder enquanto pai ou mãe

Por “base de poder” entendo o elemento da relação entre pais e filhos que permite aos pais imporem limites aos filhos – uma coisa que toda criança quer e é necessário. Para alguns pais, a base de poder pode ser a ameaça, a humilhação ou o castigo físico. Outros, excessivamente permissivos, podem sentir que não têm nenhuma base de poder. Para os preparadores emocionais, a base de poder é o elo que existe entre eles e os filhos.

Para trabalhar as mudanças necessárias é bom ter em mente duas máximas de Haim Ginott: todos os sentimentos são permissíveis, mas nem todos os comportamentos o são e a relação pais e filhos é democrática. Cabe aos pais determinar quais os comportamentos permissíveis.

Acredite na natureza positiva do desenvolvimento humano

Quanto mais se aprende sobre criança, mais se acredita que o curso natural do desenvolvimento humano é uma força espantosamente positiva. Com isso quer se dizer que o cérebro infantil é naturalmente programado para procurar segurança e amor, conhecimento e compreensão. Seu filho deseja ser afetuoso e altruísta. Deseja explorar o que o cerca, descobrir o que causa o raio, como é o cachorro por dentro. Quer saber o que é certo e bom, o que é errado e mau. Quer conhecer os perigos do mundo e como evitá-los. Quer muito acertar, ficar cada vez mais forte e capaz. Seu filho quer ser o tipo de pessoa que você vá admirar e amar.

Quando houver platéia

É difícil ganhar a intimidade e a confiança de seu filho se vocês não têm um tempo só para vocês. Por isso é recomendável que o treinamento da emoção seja feito em particular e não diante dos demais membros da família, de amigos ou estranhos. Assim, evita-se o constrangimento e ambos têm mais liberdade para ser sinceros sem se preocupar com o que os outros vão achar daquela cena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário