quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Educando Crianças com Inteligência Emocional_8/11

Faça mentalmente um mapa da vida de seu filho

A criança nem sempre sabe expressar as emoções. Seu filho pode um dia amanhecer agoniado, mas não conseguir dizer o que está sentindo nem por que está daquele jeito. Quando isso acontece, é bom estar bem informado sobre as pessoas e os lugares que ele freqüenta e o que acontece em sua vida. Assim, você estará mais apto a explorar o que pode estar deixando o seu filho daquele jeito e ajudá-lo a rotular seus sentimentos. Você também estará demonstrando que dá importância ao mundo dele e isso pode servir para aproximá-lo de você.

Essa base de conhecimento pode ser como um mapa que os pais conscientemente se esforçam para ter em mente. Considerando esse mapa, um pai ou uma mãe pode dizer: “O mundo do meu filho é este, e as pessoas que povoam esse mundo são estas”. Sei como se chamam e como elas são. Sei o que meu filho sente por cada uma. Esses daqui são os maiores amigos do meu filho e aquele é o inimigo. Meu filho gosta desta professora, acha o preparador divertido, mas aquela professora o intimida. As linhas gerais da escola dele são estas. Sei onde ele se sente melhor e sei quais são os perigos que ele sente que tem de enfrentar aí. O horário dele é este. Ele gosta de tais e tais matérias, em tem dificuldades em tais e tais.

Evite ficar do lado do inimigo

Ao sentir que foi maltratada, a criança pode recorrer aos pais em busca de lealdade, compaixão e apoio. Esta é uma boa oportunidade para os pais agirem como preparadores emocionais, desde que não incorram no erro de “ficar do lado do inimigo”. Isso, naturalmente é tentador, especialmente quando os pais pendem naturalmente para o lado das autoridades mesmas de quem os filhos provavelmente se queixam – figuras como professores, preparadores, patrões ou pais de outras crianças.

Não tente impor as suas soluções aos problemas de seu filho

Uma das maneiras mais rápidas de estragar a preparação emocional é dizer a uma criança que esteja triste ou irritada como você resolveria aquele problema. Para entender por quê, transponha essa malfadada dinâmica para uma situação comum entre um casal. A mulher chega do escritório angustiada porque discutiu com uma colega de trabalho. O marido analisa o problema e, em poucos minutos, traça um plano para resolver o caso. Mas, em vez de sentir-se grata pelo conselho, a mulher sente-se mais angustiada. Porque o marido não lhe deu nenhuma indicação de que compreende o quanto ela está triste e irritada e frustrada. Apenas demonstrou com que simplicidade aquilo tudo pode se resolver. Para ela, isso pode deixar implicado que ela não é muito brilhante, ao contrário, teria pensado naquela solução.

Imagine como a mulher iria sentir-se melhor se, em vez de ir logo lhe dizendo o que fazer, o marido lhe fizesse um carinho. E, enquanto isso, ficasse apenas ouvindo-a expor o problema – e seus sentimentos a respeito – detalhadamente. Depois, ela começaria a formular suas próprias soluções. Em seguida, por já estar àquela altura confiando no marido (e sentindo-se ótima com aquele carinho), ela lhe pediria uma opinião. No fim, o marido tem uma oportunidade de dar um conselho e a mulher tem uma solução que ela pode ouvir. Em vez de sentir-se diminuída, ela sente-se fortalecida e apoiada pelo marido.

É assim que a coisa funciona também entre pais e filhos. Os pais podem ficar frustrados com a má vontade com que os filhos ouvem os conselhos não solicitados – especialmente levando em conta o quanto eles podem transmitir aos filhos em termos de sabedoria e experiência. Mas em geral, não é assim que as crianças aprendem. Propor soluções antes de mostrar empatia pela criança é o mesmo que construir a estrutura de uma casa antes das fundações.

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