por
Adriana Dias Lopes e Natália Cuminale – Revista Veja –
22.08.2012
Graças
aos progressos na área da biotecnologia, hoje é possível a
fabricação de hormônios quimicamente idênticos aos produzidos
naturalmente pelo organismo. “A reposição hormonal como a que é
feita na menopausa, aplica-se a absolutamente todas as situações
causadas pela falta de hormônio”, diz Marcos Tambascia,
endocrinologista da Faculdade de Ciências Média da Universidade
Estadual de Campinas. Um desafio ainda persiste: não basta que os
hormônios sintéticos tenham a mesma estrutura química de seus
equivalente naturais. É preciso fazer com que eles se submetam aos
comandos do organismo como os originais. Por isso é tão complicado
(mas não impossível) o tratamento , por exemplo, do diabetes. Em
um organismo saudável, a insulina é liberada em doses precisas,
que, ao longo de um único dia, variam muitas vezes em função de
diferentes circunstâncias. A indústria farmacêutica tentou
contornar o problema com a criação de insulina de longa e curta
duração. Mas, apesar dos acertos, esses medicamentos ainda não
conseguem acompanhar totalmente o ritmo natural do organismo. Como o
mar de verdade, o de metáfora de Claude Bernard é vasto, fascinante
e cheio de segredos ainda por desvendar.
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