quarta-feira, 20 de março de 2013

Hormônios_5/8


por Adriana Dias Lopes e Natália Cuminale – Revista Veja – 22.08.2012

Graças aos progressos na área da biotecnologia, hoje é possível a fabricação de hormônios quimicamente idênticos aos produzidos naturalmente pelo organismo. “A reposição hormonal como a que é feita na menopausa, aplica-se a absolutamente todas as situações causadas pela falta de hormônio”, diz Marcos Tambascia, endocrinologista da Faculdade de Ciências Média da Universidade Estadual de Campinas. Um desafio ainda persiste: não basta que os hormônios sintéticos tenham a mesma estrutura química de seus equivalente naturais. É preciso fazer com que eles se submetam aos comandos do organismo como os originais. Por isso é tão complicado (mas não impossível) o tratamento , por exemplo, do diabetes. Em um organismo saudável, a insulina é liberada em doses precisas, que, ao longo de um único dia, variam muitas vezes em função de diferentes circunstâncias. A indústria farmacêutica tentou contornar o problema com a criação de insulina de longa e curta duração. Mas, apesar dos acertos, esses medicamentos ainda não conseguem acompanhar totalmente o ritmo natural do organismo. Como o mar de verdade, o de metáfora de Claude Bernard é vasto, fascinante e cheio de segredos ainda por desvendar. 

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