Agentes tóxicos comuns no ar – como carbono preto, material particulado e ozônio –podem provocar sérios efeitos na cognição de crianças e adultos
O mais recente desses estudos, realizado em Nova York, no qual grávidas usaram monitores pessoais de ar durante toda a gestação, descobriu que crianças de 5 anos expostas a níveis altos de poluentes urbanos – conhecidos como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) – quando ainda estavam no útero apresentavam quociente intelectual (QI) 4 pontos inferior ao das que foram expostas a quantidades menores das substâncias. De modo alarmante, “a queda foi semelhante à observada em exposições a baixos níveis de chumbo”, comenta a epidemiologista Frederica Perera, diretora do Columbia Center for Children Environmental Health e autora principal do estudo. A alteração dos índices de QI foi suficiente para causar queda no desempenho escolar e nas notas em testes simples.
“E esses níveis de poluição que medimos no estudo nem foram expressivamente altos, se comparados àqueles de outras áreas urbanas”, observou a pesquisadora. A maior parte dos poluentes HPAs vem de emissões de motores de veículos automotivos, especialmente de carros e caminhões movidos a gasolina e a diesel, além da queima de carvão. A fumaça do cigarro é outra fonte importante de poluentes; por isso pesquisadores não consideraram no estudo crianças que convivem com fumantes.
Um dado importante é que o cérebros infantil em desenvolvimento não é o único atingido pela poluição. Pesquisa de 2008 em adultos de 20 a 50 anos, conduzida em conjunto pelas escolas de saúde pública da Universidade Harvard e da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, identificou redução de atenção, memória de curto prazo e tempo de reação, diminuição esta relacionada ao ozônio e equivalente a um declínio intelectual em meninos e meninas de 3 anos e meio a 5 anos.
O que os especialistas se perguntam agora é: o que pode ser feito em relação a esses poluentes prejudiciais ao cérebro? “A resposta não é mistério: precisamos de melhores políticas para o congestionamento de tráfego, de tecnologias para energias alternativas e de eficiência energética”, afirma Frederica. Felizmente, também há maneiras mais imediatas de reduzir a exposição aos elementos químicos tóxicos, como limitar as atividades físicas ao ar livre nos dias mais poluídos. Os alertas sobre os riscos da qualidade do ar se tornaram parte rotineira das previsões de tempo matutinas. “Se não puder evitar o exercício ao livre, vale a pena diminuir o ritmo, por exemplo, substituindo a corrida por uma caminhada”, sugere a administradora da U. S. Environmental Protection Agency, Lisa Jackson. A alternativa é evitar caminhar, correr ou andar de bicicleta em vias de grande movimento de ônibus, caminhões e carros. Até os controles de emissões e as políticas ambientais surtirem um efeito significativo sobre os níveis de poluentes relacionados a tráfego, a melhor saída é expor o mínimo possível nosso cérebro e o de nossos filhos.
O que os especialistas se perguntam agora é: o que pode ser feito em relação a esses poluentes prejudiciais ao cérebro? “A resposta não é mistério: precisamos de melhores políticas para o congestionamento de tráfego, de tecnologias para energias alternativas e de eficiência energética”, afirma Frederica. Felizmente, também há maneiras mais imediatas de reduzir a exposição aos elementos químicos tóxicos, como limitar as atividades físicas ao ar livre nos dias mais poluídos. Os alertas sobre os riscos da qualidade do ar se tornaram parte rotineira das previsões de tempo matutinas. “Se não puder evitar o exercício ao livre, vale a pena diminuir o ritmo, por exemplo, substituindo a corrida por uma caminhada”, sugere a administradora da U. S. Environmental Protection Agency, Lisa Jackson. A alternativa é evitar caminhar, correr ou andar de bicicleta em vias de grande movimento de ônibus, caminhões e carros. Até os controles de emissões e as políticas ambientais surtirem um efeito significativo sobre os níveis de poluentes relacionados a tráfego, a melhor saída é expor o mínimo possível nosso cérebro e o de nossos filhos.
Fonte da imagem: © PATRICK HERRERA/ISTOCKPHTO
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