Quem se exercita pouco corre mais risco de desenvolver fibromialgia, doença crônica caracterizada por dores difusas no corpo e que atinge preferencialmente as mulheres a partir dos 40 anos. A conclusão vem de um estudo feito na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) e publicado na revista Artbritis Care & Research. A pesquisa se baseou nos dados de quase 16 mil mulheres norueguesas cujo estado de saúde foi examinado em dois momentos em meados dos anos 80 e, mais tarde, entre 1995 e 1997. Da amostra total, 2.380 participantes tinham diagnóstico do distúrbio na segunda avaliação. As análises mostraram que o risco de desenvolver fibromialgia foi 30% menor em mulheres que relataram na primeira etapa do estudo, praticar exercícios quatro vezes por semana, em comparação às fisicamente inativas. Como era de esperar, o sobrepeso e obesidade, conseqüências típicas do sedentarismo, também apareceram como fatores de risco para a doença. A causa da fibromialgia é desconhecida, mas há suspeitas de que citocinas pró-inflamatórias, secretadas por células do sistema imune, tenham um papel importante no aparecimento dos sintomas. Para os pesquisadores, o efeito preventivo da atividade física regular poderia estar relacionado ao seu efeito modulador sobre o sistema imunológico.
Revista Mente & Cérebro n° 210, de julho/2010, pág. 20
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