Ao pé da letra, slow food vem do inglês e significa “comer devagar”. Mas o curioso é que esse movimento, que começou em 1989 na Itália, vai muito além de tentar fazer com que as pessoas comam melhor...
A favor da alimentação com prazer e da responsabilidade sócio-ambiental, o slow food é um movimento que vai contra o ritmo acelerado de vida da maioria das pessoas hoje: o ritmo fast food*, que valoriza a rapidez e não a qualidade. Traduzido na alimentação, o “fast food” está nos produtos artificiais, muito processados e muito distantes da sua natureza (como os lanches ricos em gorduras, os salgadinhos e biscoitos convencionais, entre outros), práticos, mas ao mesmo tempo péssimos pra nossa saúde.
Agora, vamos deixar de lado o fast e entender melhor o slow food. Segundo esse movimento, o alimento deve ser:
- bom: tão gostoso que merece ser saboreado com calma, fazendo de cada refeição uma pausa especial do dia;
- limpo: que faz bem à saúde do consumidor e dos produtores, e que não prejudica o meio ambiente, nem os animais;
- justo: produzido com honestidade social e, de preferência, de produtores locais.
Deu pra ver que o slow food traz muita coisa interessante para o nosso dia-a-dia. Ele resgata valores tão importantes, mas que muitas vezes passam despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando o mundo todo, inclusive o nosso país.
E você? Quer fazer parte desse movimento também? As dicas a seguir são ótimas para colocar o slow food no nosso dia-a-dia de um jeito prático e bem divertido:
1- se tiver um cantinho para horta, faça uma em casa. Alimentos fresquinhos têm um sabor super especial e fazem muito bem à saúde. Vasinhos são boas soluções pra quem não tem muito espaço;
2- conheça melhor o alimento que vai pra sua mesa. Procure saber quem são os produtores, se eles trabalham com produção limpa (com alimentos que não prejudicam a saúde do consumidor nem os trabalhadores, não poluem o meio ambiente, nem exploram os animais durante a produção);
3- prefira comprar alimentos de produtores locais. Eles gastam menos combustíveis no transporte, e com isso ajudam a diminuir a poluição. Além disso, você incentiva o crescimento dos pequenos agricultores;
4- ajudar a proteger os alimentos do nosso país para que não entrem em extinção é uma das causas defendidas pelo slow food. Pesquise, procure conhecer a riqueza natural do nosso Brasil e traga-a pra sua mesa. Repasse essa dica aos seus amigos;
5- faça seu dia ficar cheio de momentos especiais. Isso é mais fácil do que parece, até porque o prazer e a felicidade muitas vezes estão nas coisas simples da vida. Então, tente se “desligar” da correria por alguns instantes e reserve um tempo para si, para cultivar o bem-estar, pensar em coisas boas. Uma ótima oportunidade para isso é a hora das refeições: procure comer em lugares calmos, em ambientes tranqüilos o suficiente para te deixar “pensar positivo”, enquanto saboreia uma comida gostosa, saudável e justa;
6- cultive relacionamentos que fazem bem pra você. Sempre que puder, arrume um espaço na agenda pra estar na companhia de pessoas agradáveis. Almoços e jantares são ótimas oportunidades pra isso.
Para mais informações, visite www.slowfoodbrasil.com
Entrevista cedida por Cláudia Matos, Chef de Culinária Natural, membro do Slow Food e proprietária do Espaço Zym (www.zym.com.br)
* fast food também é um termo que vem do inglês e significa “comida rápida”. Refere-se aos lanches e outros produtos fáceis e rápidos de fazer, mas que apesar dessa vantagem de acompanharem o ritmo de vida tão corrido da maioria das pessoas, também trazem muitos problemas à saúde.
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