Por Alberto Oliveira
Revista Mente & Cérebro n° 228, janeiro/2012, págs. 52 a 55
Fazendo o Cérebro Crescer
Pesquisas já comprovaram que a meditação ajuda a diminuir a ansiedade e o limiar da dor – e, em alguns casos, é crucial para atingir esse resultado. E traz ainda duas enormes vantagens: a pessoa ganha autonomia para buscar o próprio bem-estar e não precisa fazer grande investimento financeiro para isso. Agora, estudiosos da Universidade da Califórnia em Los Angeles descobriram os benefícios da prática para a anatomia cerebral. Eles observaram que áreas como hipocampo, córtex orbitofrontal, tálamo e giro temporal inferior (todas associadas à regulação das emoções) de pessoas que tinham o hábito de meditar entre 10 e 90 minutos por dia há pelo menos quatro anos eram maiores em comparação às mesmas regiões de participantes do grupo-controle que não meditavam.
Imagens obtidas por ressonância magnética funcional (FRM) indicaram que esse volume maior se deve à maior quantidade de substância cinzenta, onde se concentram os corpos celulares dos neurônios (origem dos impulsos nervosos), diferentemente da substância branca, na qual predominam os axônios (os prolongamentos por onde viajam as informações até encontrar outro neurônio). Segundo os outros do estudo, publicado no periódico NeroImag, esses resultados parecem oferecer uma pista importante sobre a extraordinária capacidade dos adeptos da meditação de controlar as emoções e responder melhor aos estímulos estressores do cotidiano.
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