por Alexandre Gonçalves / Mariana
Lenharo / Jornal da Tarde
Mistério – Os cientistas
afirma que os mecanismos neurofisiológicos responsáveis pela
melhora cognitiva e afetiva ainda são desconhecidos.
“Trabalhamos com a hipótese de que a
meditação no yoga melhora a capacidade de concentração”,
explica Regina. “Contudo, a diminuição do estresse também
poderia explicar a melhora dos resultados nos testes que avaliaram a
memória.
Para entender
Pesquisas deixam lacunas
A maioria dos estudos sobre as
consequências da prática do yoga tem lacunas.
Alguns, por exemplo, incluem nos testes
indivíduos doentes que já recebem tratamento. Não fica claro,
portanto, o que é mérito da ioga e o que deve ser atribuído à
terapia convencional.
Outros não aferem a condição dos
voluntários antes da primeira aula de yoga, o que impede qualquer
conclusão sobre o nível de melhora.
Por fim, quase todos os estudos
científicos analisam populações do Oriente, já predispostas à
prática.
“Por isso, procuramos uma população
saudável e o mais uniforme possível”, comenta a bióloga Regina
Helena da Silva, coordenadora do estudo.
‘Exercício ensina a permanecer
sereno e positivo diante da vida’
Mariana Lenharo, repórter
“Há mais ou menos um ano, decidi que
era hora de pôr em prática alguns dos conselhos mais recorrentes
sobre a manutenção de uma boa saúde. Estava sedentária havia
algum tempo e fazer yoga me pareceu uma boa alternativa para cuidar
tanto da parte física como da mental. Dois coelhos com uma cajadada
só. E ainda seria poupada dos ambientes tão chatos das academias.
Os primeiros efeitos que senti foram os
físicos: mais força nos braços, pernas, abdome e costas. Ao
contrário do que comumente se imagina, a aula de ioga não consiste
só em respirações, mantras, relaxamentos e alongamentos. A
resistência física e a força muscular são exigidas ao máximo e o
aluno é estimulado a se superar, sempre respeitando seus limites.
Tanto é que, a partir da segunda aula,
passei a levar comigo uma toalhinha para enxugar o suor do rosto. Foi
nesse esforço pela superação que, quase sem perceber, comecei a
exercitar também o controle sobre a mente. Afinal, como diz meu
professor, a mente se cansa antes do corpo. Se conseguimos
controla-la, ela vai permitir que nosso corpo nos leve aonde queremos
chegar.
E assim as posições que antes
pareciam impossíveis iam sendo alcançadas pouco a pouco: a
invertida sobre a cabeça (sirshássana), por exemplo, foi minha
última conquista.
Dizem que essa posição traz
benefícios para o sistema circulatório e promove um aumento da
oxigenação do cérebro. Pode se também que o fato de ver o mundo
de cabeça para baixo por alguns minutos ajude a ter uma perspectiva
diferente da realidade.
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