quarta-feira, 30 de maio de 2012

Prática de Yoga traz benefícios Afetivos e Cognitivos, aponta estudo brasileiro_2/3


por Alexandre Gonçalves / Mariana Lenharo / Jornal da Tarde


MistérioOs cientistas afirma que os mecanismos neurofisiológicos responsáveis pela melhora cognitiva e afetiva ainda são desconhecidos. 

“Trabalhamos com a hipótese de que a meditação no yoga melhora a capacidade de concentração”, explica Regina. “Contudo, a diminuição do estresse também poderia explicar a melhora dos resultados nos testes que avaliaram a memória.

Para entender

Pesquisas deixam lacunas

A maioria dos estudos sobre as consequências da prática do yoga tem lacunas.
Alguns, por exemplo, incluem nos testes indivíduos doentes que já recebem tratamento. Não fica claro, portanto, o que é mérito da ioga e o que deve ser atribuído à terapia convencional.

Outros não aferem a condição dos voluntários antes da primeira aula de yoga, o que impede qualquer conclusão sobre o nível de melhora.

Por fim, quase todos os estudos científicos analisam populações do Oriente, já predispostas à prática.

“Por isso, procuramos uma população saudável e o mais uniforme possível”, comenta a bióloga Regina Helena da Silva, coordenadora do estudo.
‘Exercício ensina a permanecer sereno e positivo diante da vida’

Mariana Lenharo, repórter

“Há mais ou menos um ano, decidi que era hora de pôr em prática alguns dos conselhos mais recorrentes sobre a manutenção de uma boa saúde. Estava sedentária havia algum tempo e fazer yoga me pareceu uma boa alternativa para cuidar tanto da parte física como da mental. Dois coelhos com uma cajadada só. E ainda seria poupada dos ambientes tão chatos das academias.

Os primeiros efeitos que senti foram os físicos: mais força nos braços, pernas, abdome e costas. Ao contrário do que comumente se imagina, a aula de ioga não consiste só em respirações, mantras, relaxamentos e alongamentos. A resistência física e a força muscular são exigidas ao máximo e o aluno é estimulado a se superar, sempre respeitando seus limites.

Tanto é que, a partir da segunda aula, passei a levar comigo uma toalhinha para enxugar o suor do rosto. Foi nesse esforço pela superação que, quase sem perceber, comecei a exercitar também o controle sobre a mente. Afinal, como diz meu professor, a mente se cansa antes do corpo. Se conseguimos controla-la, ela vai permitir que nosso corpo nos leve aonde queremos chegar.

E assim as posições que antes pareciam impossíveis iam sendo alcançadas pouco a pouco: a invertida sobre a cabeça (sirshássana), por exemplo, foi minha última conquista.

Dizem que essa posição traz benefícios para o sistema circulatório e promove um aumento da oxigenação do cérebro. Pode se também que o fato de ver o mundo de cabeça para baixo por alguns minutos ajude a ter uma perspectiva diferente da realidade.

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