Segunda postagem da série com 4 postagens, publicada na Revista Mente & Cérebro, edição especial n° 213, de outubro/2010, por Birgit Spinath - Professora de psicopedagogia da Universidade de Heidelberg-Alemanha.
Clance já supunha que principalmente as mulheres eram sucetíveis a esse tipo de funcionamento psíquico. Em um estudo recente, realizada na Universidade de Heidelberg, Alemanha, Christiane Roth examinou, junto comigo, a disseminação da síndrome do impostor entre estudantes de psicologia. Como se trata de um curso com vagas limitadas e bastante concorrido, a maioria dos estudantes havia sido muito bem-sucedida na escola - eles preenchem, portanto, uma importante condição para o fenômeno do impostor. E, de fato, a porcentagem de mulheres dentro dogrupo que relatou ter esse tipo de pensamento autopersecutório era evidentemente mais alta do que entre os estudantes sem esse peso na consciência.
Vários outros estudos apoiam essa constatação. A suposição leva a crer que o fenômeno também contribui para o fato de as mulheres ainda estarem raramente representadas em posições de ponta em sua vida profissional. Apesar de as meninas terem, em média, melhores notas escolares e completarem os estudos universitários com frequência bastante aproximada à de seus colegas do sexo masculino, aparentemente o sucesso parece imerecido para muitas delas. O tema, entretanto, ainda é controverso.
Mas como é possível que pessoas que sempre conseguem ter bons desempenhos, muitas vezes até acima da média, não acreditem em sua capacidade? Os sentimentos associados à síndrome do imostor são provavelmente tão perseverantes porque se estabilizam em um círculo vicioso psíquico. Para que a "fraude não seja revelada" em uma situação que dependa do deesempenho, como, por exemplo, uma prova, as pessoas adotam uma entre duas estratégias: "overdoing" (fazer demais) ou "underdoing" (fazer de menos). No primeiro caso, se preparam de forma exageradamente longa e intensiva para uma situação onde seu desempenho será avaliado. Com isso, elevam a probabilidade de obterem um bom resultado. E, se isso ocorre - e geralmente ocorre - atribuem o sucesso não a sua capacidade, mas ao grande esforço. Ao mesmo tempo, têm consciência de que não poderão sempre empenhar-se, o que reforça o medo de não conseguir o resultado semelhante no futuro.
Mas como é possível que pessoas que sempre conseguem ter bons desempenhos, muitas vezes até acima da média, não acreditem em sua capacidade? Os sentimentos associados à síndrome do imostor são provavelmente tão perseverantes porque se estabilizam em um círculo vicioso psíquico. Para que a "fraude não seja revelada" em uma situação que dependa do deesempenho, como, por exemplo, uma prova, as pessoas adotam uma entre duas estratégias: "overdoing" (fazer demais) ou "underdoing" (fazer de menos). No primeiro caso, se preparam de forma exageradamente longa e intensiva para uma situação onde seu desempenho será avaliado. Com isso, elevam a probabilidade de obterem um bom resultado. E, se isso ocorre - e geralmente ocorre - atribuem o sucesso não a sua capacidade, mas ao grande esforço. Ao mesmo tempo, têm consciência de que não poderão sempre empenhar-se, o que reforça o medo de não conseguir o resultado semelhante no futuro.
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