segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Educando Crianças com Inteligência Emocional_1/11

PREPARAÇÃO EMOCIONAL

(A chave para a criação de crianças emocionalmente inteligentes)

Como lidar com as crianças quando os ânimos esquentam. Todos desejamos ser justos com as crianças, tratá-las com respeito e paciência. Queremos ensiná-las a enfrentar os problemas e criar amizades fortes e saudáveis.

Para se educar uma criança, o intelecto só não basta. É preciso mexer com uma dimensão da personalidade que vem sendo ignorada na maioria dos conselhos dados aos educadores nos últimos trinta anos. É preciso mexer com a emoção.

A percepção emocional e a capacidade de lidar com os sentimentos determinam o sucesso e a felicidade da pessoa em todos os setores da vida, inclusive o das relações familiares. Inteligência emocional significa perceber os sentimentos das crianças e ser capaz de compreendê-los, tranqüilizá-los e guiá-los. Inteligência emocional envolve a capacidade de controlar os impulsos, adiar a gratificação, motivar-se, interpretar as insinuações da sociedade e lidar com os altos e baixos da vida.

A família é a nossa primeira escola de aprendizado emocional. Nesse cadinho íntimo, aprendemos como nos sentir em relação a nós mesmos e como os outros reagirão aos nossos sentimentos; como pensar sobre esses sentimentos e que escolhas temos ao reagir; como interpretar e expressar esperanças e medos.

Basicamente há dois tipos de educadores: os que orientam as crianças no mundo da emoção e os que não orientam.

Assim como o preparador físico de um atleta, o educador ensina às crianças estratégias para lidar com os altos e baixos da vida. Não se opõem às manifestações de raiva, tristeza ou medo delas. Nem as ignoram. Ao contrário, aceitam as emoções negativas como coisas que fazem parte da vida e aproveitam os momentos de exaltação emocional para ensinar-lhes importantes lições de vida e construir um relacionamento mais íntimo com eles.

Entre os educadores incapazes de ensinar inteligência emocional às crianças, identificam-se três tipos:

  • Simplistas, que não dão importância, ignoram ou banalizam as emoções negativas da criança;

  • Desaprovadores, que são críticos das demonstrações de sentimentos negativos das crianças e podem castigá-las por exprimirem as emoções;

  • “Laissez-faire”, que aceitam as emoções e demonstram empatia por elas, mas não orientam nem impõem limites.

O que faria de diferente uma preparadora emocional? Poderia começar como condescendente mostrando empatia, compreendendo a tristeza da criança. Mas iria além, orientando-a sobre o que fazer com os sentimentos desagradáveis.

O processo de preparação emocional se dá em cinco etapas:

1 – Perceber as emoções da criança;

2 – Reconhecer na emoção uma oportunidade de intimidade ou aprendizado:

3 – Ouvir com empatia, legitimando os sentimentos da criança;

4 – Ajudar a criança a encontrar as palavras para identificar a emoção que está sentido;

5 – Impor limites ao mesmo tempo em que explora estratégias para a solução do problema em questão.

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