PREPARAÇÃO EMOCIONAL
(A chave para a criação de crianças emocionalmente inteligentes)
Como lidar com as crianças quando os ânimos esquentam. Todos desejamos ser justos com as crianças, tratá-las com respeito e paciência. Queremos ensiná-las a enfrentar os problemas e criar amizades fortes e saudáveis.
Para se educar uma criança, o intelecto só não basta. É preciso mexer com uma dimensão da personalidade que vem sendo ignorada na maioria dos conselhos dados aos educadores nos últimos trinta anos. É preciso mexer com a emoção.
A percepção emocional e a capacidade de lidar com os sentimentos determinam o sucesso e a felicidade da pessoa em todos os setores da vida, inclusive o das relações familiares. Inteligência emocional significa perceber os sentimentos das crianças e ser capaz de compreendê-los, tranqüilizá-los e guiá-los. Inteligência emocional envolve a capacidade de controlar os impulsos, adiar a gratificação, motivar-se, interpretar as insinuações da sociedade e lidar com os altos e baixos da vida.
A família é a nossa primeira escola de aprendizado emocional. Nesse cadinho íntimo, aprendemos como nos sentir em relação a nós mesmos e como os outros reagirão aos nossos sentimentos; como pensar sobre esses sentimentos e que escolhas temos ao reagir; como interpretar e expressar esperanças e medos.
Basicamente há dois tipos de educadores: os que orientam as crianças no mundo da emoção e os que não orientam.
Assim como o preparador físico de um atleta, o educador ensina às crianças estratégias para lidar com os altos e baixos da vida. Não se opõem às manifestações de raiva, tristeza ou medo delas. Nem as ignoram. Ao contrário, aceitam as emoções negativas como coisas que fazem parte da vida e aproveitam os momentos de exaltação emocional para ensinar-lhes importantes lições de vida e construir um relacionamento mais íntimo com eles.
Entre os educadores incapazes de ensinar inteligência emocional às crianças, identificam-se três tipos:
Simplistas, que não dão importância, ignoram ou banalizam as emoções negativas da criança;
Desaprovadores, que são críticos das demonstrações de sentimentos negativos das crianças e podem castigá-las por exprimirem as emoções;
“Laissez-faire”, que aceitam as emoções e demonstram empatia por elas, mas não orientam nem impõem limites.
O que faria de diferente uma preparadora emocional? Poderia começar como condescendente mostrando empatia, compreendendo a tristeza da criança. Mas iria além, orientando-a sobre o que fazer com os sentimentos desagradáveis.
O processo de preparação emocional se dá em cinco etapas:
1 – Perceber as emoções da criança;
2 – Reconhecer na emoção uma oportunidade de intimidade ou aprendizado:
3 – Ouvir com empatia, legitimando os sentimentos da criança;
4 – Ajudar a criança a encontrar as palavras para identificar a emoção que está sentido;
5 – Impor limites ao mesmo tempo em que explora estratégias para a solução do problema em questão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário