por Angelika
Bauer-Delto, jornalista científica
Revista Mente e
Cérebro – Ano XIX – nº 235 – pgs 18-21
Agora cientistas buscam
possibilidades de tomar a substância P inócua. “Um medicamento
que inibice o efeito da substância poderia ser um importante
elemento terapêutico para refrear as reações inflamatórias da
pele”, acredita Eva Peters.
O problema é que nem
sempre apenas medicamentos são suficientes para reverter processos
orgânicos complexos. Hoje, médicos e psicólogos utilizam cada vez
mais técnicas de relaxamento e psicoterapia para complementar os
procedimentos de tratamento dermatológico ”. Parece inegável que
doenças crônicas de pele estão, na maioria dos casos, associadas a
doenças psíquicas como ansiedade de depressão”, afirma Uwer
Gieler, da Clínica de Psicossomática e Psicoterapia da Universidade
de Giessen, na Alemanha.
Muitas vezes, os problemas
físicos e psíquicos entram em um ciclo vicioso: o estresse estimula
as reações inflamatórias da pele e a coceira aumenta. Os pacientes
se coçam , o que piora ainda mais a inflamação. Assim,
principalmente as noites se tornam uma tortura. Instaura-se então um
círculo viçoso: as pessoas dormem mal, sua disposição e
desempenho durante o dia diminuem e elas tendem a sentir o estresse
“normal” de forma especialmente pronunciada, o que prejudica
ainda mais os sintomas. Além disso, devido às alterações visíveis
da pele, frequentemente se sentem estigmatizados e emocionalmente
fragilizadas.
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