segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Quando o Estresse Penetra na Pele_4/8


por Angelika Bauer-Delto, jornalista científica
Revista Mente e Cérebro – Ano XIX – nº 235 – pgs 18-21


Agora cientistas buscam possibilidades de tomar a substância P inócua. “Um medicamento que inibice o efeito da substância poderia ser um importante elemento terapêutico para refrear as reações inflamatórias da pele”, acredita Eva Peters.

O problema é que nem sempre apenas medicamentos são suficientes para reverter processos orgânicos complexos. Hoje, médicos e psicólogos utilizam cada vez mais técnicas de relaxamento e psicoterapia para complementar os procedimentos de tratamento dermatológico ”. Parece inegável que doenças crônicas de pele estão, na maioria dos casos, associadas a doenças psíquicas como ansiedade de depressão”, afirma Uwer Gieler, da Clínica de Psicossomática e Psicoterapia da Universidade de Giessen, na Alemanha.

Muitas vezes, os problemas físicos e psíquicos entram em um ciclo vicioso: o estresse estimula as reações inflamatórias da pele e a coceira aumenta. Os pacientes se coçam , o que piora ainda mais a inflamação. Assim, principalmente as noites se tornam uma tortura. Instaura-se então um círculo viçoso: as pessoas dormem mal, sua disposição e desempenho durante o dia diminuem e elas tendem a sentir o estresse “normal” de forma especialmente pronunciada, o que prejudica ainda mais os sintomas. Além disso, devido às alterações visíveis da pele, frequentemente se sentem estigmatizados e emocionalmente fragilizadas. 

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