Pessoas que bebem de duas a três cervejas por dia durante muitos anos possuem um risco 75% maior de câncer gástrico. Quem tem a variante de gene chamado rs1230025, mesmo não sendo bebedor contumaz, é 30% mais propenso a sofrer da doença em comparação com pessoas que bebem menos de uma cerveja diariamente, segundo o estudo.
“Por sua vez, quem é bebedor crônico de cerveja e ainda possui o rs1230025 corre um risco 700 vezes maior de desenvolver câncer de estômago em comparação com as pessoas sem a variação do gene que consomem menos de um drinque por dia”, afirma Eric Duell, epidemiologista do Instituto Catalão de Oncologia, em Barcelona, Espanha. A variação do gene é comum e está presente em cerca de 20% da população em geral, informa.
Vinho e licor não parecem trazer os mesmos riscos, lembra Duell.
“O câncer parece estar mais ligado ao álcool especificamente da cerveja”, diz. Isso pode ocorrer porque bebedores contumazes são mais propensos a exagerar na cerveja do que em outras bebidas alcoólicas.
Os resultados são correlacionados, ou seja, existe uma relação entre o ato de beber cerveja e o risco de câncer de estômago, mas não se chegou à conclusão de que um causou o outro ou se há outro fator desconhecido na história.
Duell e seus colegas analisaram o consumo de álcool de 521 mil pessoas entre 35 e 70 anos que faziam parte da Perspectiva de Investigação Europeia em Câncer e Nutrição entre os anos de 1992 e 1998. Os pesquisadores observaram se os participantes do estudo consumiam vinho, cerveja ou outras bebidas alcoólicas regularmente, bem como a localização e a severidade do câncer de estômago, se houvesse.
Duell e seus colegas analisaram o consumo de álcool de 521 mil pessoas entre 35 e 70 anos que faziam parte da Perspectiva de Investigação Europeia em Câncer e Nutrição entre os anos de 1992 e 1998. Os pesquisadores observaram se os participantes do estudo consumiam vinho, cerveja ou outras bebidas alcoólicas regularmente, bem como a localização e a severidade do câncer de estômago, se houvesse.
Descobriu-se que as pessoas que consumiam mais de 60 gramas de álcool (o equivalente a quatro ou cinco cervejas) por dia tinham um risco 65% maior de desenvolver a doença no período do estudo do que pessoas que consumiam regularmente de 0,1 a 4,9 gramas de álcool por dia (menos de uma cerveja).
Quando os pesquisadores observaram puramente o consumo de cerveja (em vez do consumo de álcool em geral), o risco de câncer foi ainda mais alto. O mesmo aconteceu no caso de quem bebia muito e ainda contava com a variante genética rs1230025.
O câncer de estômago causou 10.570 mortes nos Estados Unidos ano passado e geralmente atinge pessoas com 65 anos ou mais, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer. Uma em cada 114 pessoas serão diagnosticadas com o câncer em algum momento de sua vida.
Os pesquisadores não sabem ao certo porque só a cerveja parece aumentar o risco de câncer gástrico, e o vinho ou licor, não. Entretanto, eles acreditam que seja uma combinação de maior consumo de cerveja do que vinho ou licor, com uma substância cancerígena específica, que é produzidas quando a cerveja é metabolizada.
Quando o álcool é metabolizado no organismo, uma substância cancerígena conhecida como acetaldeído é produzida. A cerveja, em particular, também contém níveis de uma substância cancerígena animal chamada de N-nitrosodimetilamina (NDMA). A exposição prolongada tanto ao acetaldeído quanto ao NDMA, através do hábito diário de beber cerveja, pode desempenhar um papel no risco de câncer gástrico, Duell explica.
“Por causa destes riscos, as pessoas devem evitar o consumo pesado de álcool, embora o consumo de leve a moderado seja aceitável”, diz.
Em seguida, Duell e seus colegas esperam fazer pesquisas adicionais para encontrar mais variantes do gene que pode ter um efeito sobre o risco de câncer de estômago.
Em seguida, Duell e seus colegas esperam fazer pesquisas adicionais para encontrar mais variantes do gene que pode ter um efeito sobre o risco de câncer de estômago.
Fonte: UNIAD
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