Por Jasmin Andresh, é bióloga e jornalista
Revista Mente e Cérebro n° 220, maio/2011
Matéria dividida em 9 posts - nos dias 31 de Outubro, 02, 04, 07, 09, 11, 14, 16 de Novembro.
Uma pesquisa que se estendeu de 2001 a 2005 com pacientes do Centro de Dor da Cruz Vermelha Alemã (DRK) em Mainz teve resultado semelhante. Mais de um em cada dois pacientes com dorsalgia avaliou o tratamento multidisciplinar 12 meses após o seu termino como muito bom ou bom e um quarto ficou satisfeito com o resultado. Dois anos mais tarde, as dores, assim como as limitações associadas a elas, haviam se reduzido à metade em média; sintomas depressivos haviam diminuído em um terço.
Mas será que essas boas respostas são duradouras? Em um estudo da Universidade de Iowa pesquisadores documentaram durante 13 anos como s dores, os estados de humor, a capacidade de trabalho e o estado geral de saúde se desenvolveram em adultos que haviam sido tratados anteriormente. O sucesso foi confirmado: os antigos pacientes não estavam em pior estado de saúde em comparação com aqueles com idade semelhante, embora relatassem algumas limitações físicas específicas, mas não incapacitantes.
Pacientes tratados precocemente têm ótimas chances de sucesso. Mas como é possível reconhecer pessoas com alto risco de cronicidade? Em, 1997, o psicólogo Nick Kendall e o ergonomista Kim Burton, diretor da Unidade de Pesquisa Espinhal da Huddersfield University, na Inglaterra, descreveram uma série de fatores de risco que denominaram “yellow flags” (veja quadro).
Os cientistas observaram, entre outras coisas, que pacientes com padrões de pensamento negativos tendiam mais a desenvolver a dorsalgia crônica. Os afetados têm mais inclinação, por exemplo, a enxergar possibilidades de catástrofes, têm medo de que sua doença se torne insuportável, ficam remoendo idéias e pouco acreditam em melhora e menos ainda em cura. O estresse, preocupações ou medos relacionados ao futuro também aumentam o risco de um desdobramento crônico.
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