Por Daniela Macedo –
daniela.macedo@abril.com.br
Revista Veja, 11 de Abril, 2012 – pgs
116 a 118
Dificuldade em habilidades básicas
A criança até parece levar jeito para
o raciocínio matemático – mas, na hora de resolver a lição, não
sabe nem por onde começar. O problema talvez não esteja na
matemática, mas sim no português: é o enunciado das questões que
ela não entende. Nesses casos em que a dificuldade de aprendizado
não está associada ao conteúdo da matéria, é claro eu as aulas
de reforço daquela disciplina não vão adiante nada.
Se os professores da criança não se tocaram desse fato comum da vida, é sinal de que eles é que não estão prestando atenção na aula. Converse, cobre, insista e encoraje: reforços bem direcionados em geral bastam para por tudo de volta nos trilhos. “Os professores e pedagogos têm de ser capacitados para identificar dificuldades com habilidades básicas como leitura e interpretação de texto ou compreensão de sentenças matemáticas”, explica Neide Noffs, coordenadora do curso de psicopedagogia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.
Se os professores da criança não se tocaram desse fato comum da vida, é sinal de que eles é que não estão prestando atenção na aula. Converse, cobre, insista e encoraje: reforços bem direcionados em geral bastam para por tudo de volta nos trilhos. “Os professores e pedagogos têm de ser capacitados para identificar dificuldades com habilidades básicas como leitura e interpretação de texto ou compreensão de sentenças matemáticas”, explica Neide Noffs, coordenadora do curso de psicopedagogia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.
Defasagem de conteúdo
Segundo os especialistas, trata-se da
única situação em que aulas particulares são benéficas. A
defasagem acontece principalmente quando a criança muda de escola e
passa a frequentar uma instituição mais exigente, ou quando se
afasta por período longo, por doença ou outro problema familiar.
Nesse caso, as aulas de reforço são a melhor solução para o aluno
alcançar o nível dos colegas. Outra possibilidade: o aluno diz que
vai mal em química porque “detesta” a matéria. Aí, volta-se ao
segundo item deste guia, aquele referente ao empenho; não se poder
fazer só aquilo que se gosta, e o emprego do alunos é estudar...
O momento para começar
Em geral, os pais aflitos recorrem às
aulas particulares aos 45 minutos do segundo tempo, como uma medida
desesperada para salvar o ano letivo. “É um erro grave deixar as
aulas de reforça para o último bimestre, pois os conteúdo que ao
aluno deixou de aprender nos primeiros meses seria justamente a base
para o resto do ano. Em esse conhecimento básico, as dificuldades
nos meses seguintes são inevitáveis”, diz o professor Garcia. Os
colégios que oferecem aulas de reforço e plantões de dúvidas aos
alunos com rendimento insatisfatório, procuram resolver o problema
assim que ele surge. No Vértice, em São Paulo, e no pH, no Rio de
Janeiro, por exemplo, o reforço entra em cena assim que aparecem as
primeira notas baixas, nos primeiros meses do ano letivo. Trocando
em miúdos, o primeiro bimestre é o da avaliação. o segundo, o da
ação.
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