quarta-feira, 18 de julho de 2012

Quietos sim. E daí?_1/8


Por Susan Cain – Escritora e Consultora empresarial formada em direito pelas Universidades de princeton e Harvard. Este artigo foi adaptado do original “O Poder dos Quietos” (Agir, 2012) com a autorização da Editora.

Da revista Mente & Cérebro n° 233, Junho/2012

A introversão – assim como a sensibilidade, a seriedade e a timidez – é um traço de personalidade considerado indesejável; já a extroversão parece enquadrar-se em um estilo, muitas vezes transformado em um padrão opressivo que a maioria das pessoas acredita que deve seguir

Nossa vida é moldada tão profundamente pela personalidade quanto pelo gênero ou código genético. E o aspecto mais importante da personalidade – “o norte e o sul do temperamento”, como dizem alguns cientistas – é onde cada um se localiza no espectro introversão-extroversão. Nosso lugar nesse contínuo influencia como escolhemos amigos e colegas, como levamos uma conversa, resolvemos diferenças e demonstramos amor. Afeta a carreira que escolhemos – e se seremos ou não bem-sucedidos nela. Influi até mesmo na tendência a nos exercitar, a cometer adultério, a funcionar bem sem dormir, a aprender com nossos erros, a fazer grandes apostas no mercado de ações, a adiar gratificações, a ser um bom líder. Ou seja: isso se reflete nos caminhos do nosso cérebro, nos neurotransmissores e nos cantos mais remotos do nosso sistema nervoso. Não por acaso, atualmente, introversão e extroversão são dois dos aspectos mais pesquisados na psicologia da personalidade, despertando a curiosidade de centenas de cientistas.  

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