Com educação e respeito à lei, os
EUA estão fazendo o que parecia impossível: reduzir o consumo de
álcool entre os adolescentes
André Petry, de Nova York – Revista
Veja n° 2277, págs. 86/87
Aos olhos de um brasileiro, pode
parecer um milagre, mas a obra é dos homens: os americanos estão
conseguindo reduzir o nível de consumo de bebidas alcoólicas entre
os jovens. Na última década, a fatia de adolescentes de 14 a 18
anos que consomem bebida alcoólica de vez em quando caiu de 50% para
38.7%. É um feito notável. Existem várias explicações para o
sucesso, mas há algumas coisas evidentes: a educação preventiva é
uma mania nacional, a lei é rigorosa e a punição, ainda mais.
Até 1984, cada estado americano
definia a idade mínima para comprar bebida alcoólica. Desde então,
criou-se uma regra nacional à qual os estados eram convidados a
aderir: menores de 21 anos são proibidos de comprar qualquer tipo de
bebida alcoólica. Todos os cinquenta estados americanos ratificaram
a nova lei. Assim, os EUA tornaram-se o único país entre as
democracias ricas com idade tão avançada para o consumo de bebida
alcoólica. Cada estado é livre para legislar sobre os detalhes,
mas, em geral, a venda de bebida a menor de 21 anos dá multa e,
raramente, prisão. Vender bebida a menor de 18 anos, no entanto,
quase sempre dá prisão. Nos últimos tempos, alguns juízes
decidiram ar sentenças exemplares para reforçar ainda mais o
respeito à lei pelos bares e mercados.
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