sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os Dez Mandamentos, se quisermos continuar habitando este planeta abençoado.


1- Resgatar o principio da re-ligação: todos os seres, especialmente os vivos, são interdependentes e expressão da vitalidade do Todo que é o sistema Terra.

2- Reconhecer que a Terra é finita, um sistema fechado com recursos limitados.

3- Entender que a sustentabilidade global depende do respeito aos ciclos naturais. A fim de que a natureza tenha tempo de regenerar-se é preciso consumir com racionalidade os seus recursos.

4- Respeitar a biodiversidade que garante a rede da vida como um todo, pois propicia a cooperação de todos em vista da sobrevivência comum.

5- Valorizar as diferenças culturais que mostram a versatilidade da essência humana e nos enriquecem, pois tudo no humano é complementar.

6- Exigir que a ciência se faça com consciência e seja submetida a critérios éticos para que suas conquistas beneficiem mais à vida do que ao mercado.

7- Superar o pensamento único da ciência e valorizar os saberes cotidianos das culturas antigas e do mundo agrário porque auxiliam a busca de soluções globais.

8- Valorizar as virtuosidades contidas do pequeno e do que está embaixo pois nelas podem estar contidas soluções globais, bem explicadas pelo efeito borboleta.

9- Dar centralidade a equidade e ao bem comum, pois as conquistas humanas devem beneficiar a todos e não como atualmente, apenas 18 % da humanidade.

10- O mais importante: resgatar os direitos do coração, os afetos e a razão cordial que foram relegados pelo modelo racionalista. (Revista “Alternativa” nº 4 jul/out./07 sem citação de autoria)


EM SUMA:

Se alguém lhe sorri, sorria.
Acene, se alguém lhe acena.
Escute, se alguém lhe fala.
Se alguém lhe fala, responda.
Não deixe cartas em branco.
Responda os telefonemas.
Atenda a quem bate à porta.
Receba quem o procura.

Que o mundo que o rodeia penetre seu coração;
Que as flores lhe digam coisas,
As aves em si confiem,
Que as crianças o busquem,
E que cada homem o veja
Como se vê um irmão

E tanto amor se irradie
A sua volta e de volta
Inunde seu coração
Que cada um de seus dias,
Como se fosse este dia,
Reconstitua a alegria
Do dia da criação.

(Benedicto Ferri de Barros)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Que em 2011 sejamos todos Búfalos!

Atualmente, os conflitos familiares, sociais, religiosos, políticos, emocionais, morais, éticos e ambientais estão nos colocando em rota de colisão com nosso verdadeiro eu.

Estamos perdidos, vazios e completamente insatisfeitos e infelizes.

Queremos sempre mais;

Buscamos algo, não sabemos o quê;

Estamos indo, não sabemos para onde;

Recuamos por necessidade;

Prosseguimos por princípios;

Fazemos da nossa ideologia a motivação para ultrapassarmos barreiras.

MAS,

Desconhecemos nossa força;

Desprezamos nosso poder;

Banalizamos nossas metas;

E aí nos enfraquecemos!

O vídeo abaixo deixa visível que a força interior de cada um é potencializada quando está unida e focada no mesmo objetivo.

Não entraremos no mérito da cadeia alimentar, nem da fome dos leões, não julgaremos a natureza, tampouco o rumo natural das coisas.

Atentemos somente para o belíssimo exemplo da união e passemos a refletir profundamente sobre a necessidade de nos unirmos verdadeiramente como nação, como cidadãos, como irmãos, pois, somente assim, salvaremos vidas e salvaremos a nós mesmos!








“Toda força será fraca, se não estiver unida!”
(Jean De La Fontaine)

Fonte: Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Coisas para Fazer no Ano Novo

1. Parar de fumar: O cigarro pode provocar diversas doenças, diminui a capacidade pulmonar, amarela os dentes e incomoda os outros. Querer é o primeiro passo, mas o mais importante é ter iniciativa. Marcar uma data para jogar o maço de cigarros no lixo pode não ser uma boa estratégia.

2. Dedicar mais tempo a você: Não se engane, o lazer é uma necessidade, além de ser nosso maior aliado contra o estresse e a depressão. Reserve uma horinha para fazer o que gosta. Curta sua família, seus filhos e seus amigos. Procure espaços destinados ao lazer na sua cidade, como praças e parques.

3. Mexer o corpo: A atividade física regular é o segredo para uma vida saudável. Mas isso não significa que você precise correr para a academia mais próxima. Ande! Pela manhã, vá até a padaria. Prefira as escadas aos elevadores.

4. Arrumar um emprego novo: A insatisfação com o trabalho pode comprometer, pelo menos, 1/3 do seu dia. Afinal, é nele que você passa boa parte do dia. Ter novos profissionais pode estimular sua carreira, sem contar que um ambiente diferente rende novas amizades.

5. Conquistar seu amor: Está de olho em alguém? Ou o relacionamento não anda lá essas coisas? Se você está esperando de braços cruzados ou se vive em pé de guerra com o seu amor, é o momento de resolver a situação e ser feliz. Tente conquistar a felicidade a dois em vez de ficar se lamentando.

6. Começar seu programa de emagrecimento: Sua forma física é resultado direto do seu estilo de vida – como você se alimenta e quanto se exercita, etc. Cuido do seu corpo e da sua mente, pois sua auto-estima agradece!

7. Gostar mais de você mesma:
Lembre-se de que cada pessoa tem suas qualidades, por isso não seja tão autocrítica. E tenha em mente que o amor começa por você mesma. Como você está demonstrando isso?

8. Admirar a natureza: Sempre que possível, tente dar um intervalo em meio a tanta correria. Sinta o frescor da natureza, a energia do sol e deixe-se levar ao som dos pássaros e ao aroma das flores. Lê um livro no jantar ou simplesmente deitar na cama e contemplar a natureza são atitudes revigorantes. Experimente!

9. Aprender algo novo:
Desengavete aquela velha ideia de fazer faculdade, um curso ou uma pós-graduação. O ato de aprender trabalha a curiosidade e desperta a motivação interna.


Camila Mareza – Psicóloga especializada em Transtornos Alimentares e Obesidade
www.psicobesidade.com.br

Fonte: Em Condomínios – São Caetano – Ano 3 – Edição 31 – Dezembro/2010 –
www.emcondominios.com.br

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Pior que o crack

No extremo oeste da Amazônia brasileira, uma substância ainda mais destruidora do que o crack ganha espaço: o oxidado, ou “oxi”, como é chamado. Obtida pelo maceramento das folha da planta acrescidas de cal virgem e querosene, a mistura é uma das etapas anteriores à obtenção da cocaína. “O oxi, como parte do processo de refino, sempre existiu. A novidade é que, de alguns anos para cá, as pessoas começaram a fuma-lo”, explica o delegado Adriano Carrasco, chefe da delegacia de repressão aos entorpecentes de Rio Branco, no Acre. O oxi pode ser fumado puro, em cachimbos, ou misturado ao tabaco de cigarros. Custa 10 reais o grama e causa os mesmos efeitos e danos do crack. Ambos provocam o dobro da euforia propiciado pela cocaína. Como são vasoconstritores, seus principais efeitos colaterais são aumento da pressão arterial e alto risco de infarto e AVC. Quando o uso é prolongado por alguns meses, o cérebro sofre uma série de microinfartos que provocam perda da memória e diminuição da capacidade de concentração e de raciocínio. O que faz o oxi ser ainda mais perigoso que o crack é o fato de que, ao fumá-lo, o usuário está enviando querosene e cal virgem para o pulmão. A cal, de PH muito básico, produz graves queimaduras no órgão, e o querosene, por ser um solvente poderoso, pode levar, a longo prazo, à falência dos pulmões. Diz o psiquiatra Dartiu Xavier de Oliveira: “O efeito cáustico do oxi no pulmão é maior que o do crack, devido aos agentes tóxicos que a pasta-base contém. Além disso, como o princípio ativo se encontra presente em menor grau, a pessoa tende a fumar mais do que se fosse crack”. Aterrorizante.

Revista Veja n° 50 – edição 2195, ano 43, 15.12.2010, pág. 180.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O infarto do novo século

Problemas emocionais e ambientais, associados à predisposição genética, também são gatilhos para doenças cardíacas

Uma forte dor no coração, como se ele rasgasse por dentro, subitamente. A frase parece apenas uma metáfora clichê, sempre acessível para descrever uma mágoa profunda, mas não física. O coração partido, porém, no auge do século 21, deixou de ser muleta dos sofredores e passou a fator de risco para problemas cardíacos.

Depressão e problemas emocionais, associados a uma predisposição genética, estão entre as causas de infartos em pacientes jovens, alerta Marcelo Ferraz Sampaio, cardiologista do Hospital Oswaldo Cruz, chefe do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo e especialista no tema.

O médico revela que nos últimos anos, o índice de infartos atípicos no setor de emergência do hospital foi surpreendentemente alto. Além do fator numérico, os pacientes tinham características clínicas semelhantes: jovens, em sua maioria mulheres, saudáveis, mas com incidentes cardíacos severos.

“Observávamos, ao fazer a identificação da artéria, que o coração tinha infartado, mas não havia lesão. Começamos, então, a desvendar como essa artéria poderia ter provocado a restrição de fluxo por mais de 20 minutos, sem ter nenhum comprometimento.”

Ao confrontar os pacientes com pesquisas internacionais, o especialista constatou que essas artérias sofrem um Sistema de Restrição Dinâmica ao Fluxo. A consequência e o processo são semelhantes ao que ocorre em um infarto tradicional, provocado pela conhecida lista de fatores de risco: obesidade, diabetes, hipertensão e cigarro. Neste caso, no entanto, o gatilho é emocional.

Como ocorre

A passagem de sangue é obstruída não pelas placas de gordura, mas por um estreitamento das paredes da artéria, responsável por interromper o fluxo. O mesmo evento é diagnosticado em casos de overdose de drogas como cocaína e crack, ou no uso de anabolizantes.
"Também é possível que as plaquetas do sangue fiquem como se fossem 'tresloucadas', interrompendo o fluxo subitamente, gerando os infartos. Descobrimos que esses pacientes têm alteração da formação das plaquetas”, explica o especialista.


Esse mesmo processo ocorre em pacientes com depressão. “A doença emocional, em tese, não é fator de risco pra doença cardíaca, mas pode ser, em determinadas circunstâncias, o fator principal”, endossa Sampaio.

Coração rasgado

Magra, saudável, ativa e aparentemente feliz. Os três adjetivos costumeiramente usados para definir a professora de física Iris Galetti também a mantinham fora do grupo de risco de mulheres com problemas cardíacos.

Em janeiro de 2008, durante uma reunião no colégio onde trabalhava, primeiro dia após as longas férias de verão, a professora sentiu um mal-estar pungente. Uma forte dor no peito e braços dormentes. A pressão, porém, ao ser medida na enfermaria do local de trabalho, estava normal.

Com náuseas e dores no peito, ao chegar ao hospital, Iris descobriu que tinha infartado. Foram oito dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e mais uma semana no quarto, até receber alta. Aos 49 anos, ela tinha perdido boa parte do coração – o ventrículo esquerdo ficou com o músculo praticamente morto.

“Jamais pensei que eu poderia infartar. Minha família tem histórico de câncer, não de problemas cardíacos. Achei que os médicos estavam errados. Nunca fui hipertensa, sedentária, e tenho uma verdadeira obsessão por alimentação saudável.”

No entanto, há mais de quatro meses Iris tentava digerir, sozinha, uma mágoa muito profunda. Nas palavras da professora, que prefere reservar a história, a decepção foi difícil de suportar. Por meses, o problema emocional ocupou boa parte de sua vida pessoal.

“Depois do infarto eu me dei conta do que tinha ocorrido. Lembro que o médico que me atendeu quando fiz o segundo cateterismo disse que minha artéria tinha rasgado, como se uma lâmina a tivesse cortado, literalmente.”

O estresse da vida profissional e o excesso de responsabilidades, dentro e fora de casa, somados aos conflitos e decepções pessoais, transformaram-se em um coquetel venenoso para um coração normal, sem problema algum.

O fator genético

A literatura médica mundial aponta que 15% dos infartos sem os fatores de risco tradicionais – cigarro, diabetes, obesidade e hipertensão – foram desencadeados por processos que começaram no âmbito psicológico. A matemática, porém, não é simplista e imediata. Para que o coração partido ultrapasse a metáfora é preciso que exista uma série de combinações genéticas e ambientais.

A analogia da chave e da fechadura é a maneira como Sampaio consegue traduzir os preceitos da medicina genética a seus pacientes. Nas palavras do médico, a predisposição dos genes nada mais é do que uma fechadura. “A porta está fechada. A chave é o estresse emocional, e a fechadura sua carga genética. Quando a chave certa encontra a porta certa, a doença aparece.”

O mapeamento genético, porém, não seria uma forma de prevenção. Embora o Projeto Genoma tenha mapeado todos os genes que existem no organismo humano, a medicina ainda não conseguiu antecipar quais combinações entre esses genes são responsáveis por desencadear as mais variadas doenças. A única forma de manter-se longe dos infartos, tradicionais ou atípicos, seria a manutenção da saúde, tanto mental quanto física, defende o médico.

“Hoje os alimentos não são mais saudáveis, passam por agrotóxicos para conservação. Não só comemos mal, como recebemos o alimento em pior estado. A falta de tempo é desculpa para tudo. A pressão do dia a dia faz com que o artifício de relaxamento e prazer seja uma comida calórica, gordurosa. O chocolate nos dá o prazer que não temos no trabalho, na família, na relação sexual. Esse comportamento social do mundo moderno gera pessoas mais expostas.”

A experiência individual não serve apenas de alerta. Para contornar os problemas emocionais, Iris trocou a lousa pelos pincéis – ministra aulas de pintura em faiança para mais de 30 alunos, produz peças para venda e toca o próprio ateliê. O coração bate devagar, quase ao som do new age, música fundo de suas aulas, mas ela se define clinicamente como ótima: controla a alimentação, toma uma taça de vinho nos dias mais agradáveis, pratica atividade física regularmente - uma caminhada leve de 60 minutos - e aposta que ultrapassará a casa dos 100.

Na receita médica, as indicações permanecem universais, e cabe a cada um achar seu componente pessoal: alimentação balanceada, atividade física regular, lazer, tranquilidade e terapia – esvaziar a mente dos problemas e não permitir que eles consumam o organismo – podem ajudar a blindar o coração.

Veja a animação com os 3 tipos de Infarto aqui.
Fonte: Saúde IG

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Bebidas alcoólicas são muito acessíveis no Brasil, avaliam especialistas

Folha de São Paulo
O comércio de bebidas alcoólicas no Brasil se caracteriza pelo grande numero e tipos de estabelecimentos onde os produtos de diversas marcas são vendidos.
Essa condição do mercado facilita o consumo e o acesso dos jovens às bebidas. De acordo com o secretário de Dependência Química da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), Marco Antonio Bessa, medidas restritivas deveriam ser adotadas para reduzir essa exposição que induz ao consumo.
"No Reino Unido, por exemplo, não se pode vender bebida alcoólica em qualquer lugar. Para uma pessoa ter um bar e vender bebida alcoólica tem que ter uma licença especial", disse.
Segundo Bessa, a venda de bebidas alcoólicas, em alguns locais, contradiz a própria campanha do governo do motorista não dirigir alcoolizado. "No Brasil chega-se ao absurdo de se vender e consumir bebida alcoólica em posto de gasolina, o que é um contrassenso, uma coisa completamente estapafúrdia", afirmou.
Para a pesquisadora do Uniad (Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas), Ilana Pinsky, o grande número de locais que comercializam bebidas, inclusive em frente às escolas, reduz a eficácia das medidas de prevenção. "Quando você tenta fazer uma medida preventiva, que é muito mais difícil do que a educativa, você tem aqueles cartazes mostrando a vida boa relacionada à bebida alcoólica", disse.
A restrição aos pontos e horários de venda de bebidas alcoólica é apontada por Ilana Pinsky como uma das políticas mais eficientes na redução do consumo de álcool. Ela baseia sua posição na literatura internacional que aborda o assunto. "Prevenção de uso de álcool e drogas nas escolas, que é uma estratégia muito popular, infelizmente tem uma eficácia muito pequena", afirmou.

Aumentar os impostos sobre as bebidas foi uma ação apontada como importante tanto por Ilana Pinsky quanto por Bessa. "O preço da bebida alcoólica é muito importante no início do consumo e também em um consumo mais pesado", afirmou a pesquisadora.
adoção de políticas eficientes para a redução do consumo de álcool, no entanto, depende da capacidade da sociedade pressionar o Poder Público, segundo a professora de Serviço Social da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Roberta Uchoa. "O Estado só vai responder se a sociedade pressionar", disse.
Ela destacou ainda que o álcool é a droga cujo o consumo mais cresce no país. De acordo com Roberta Uchoa, o consumo de álcool no Brasil aumentou 155% entre 1961 e 2000. "Mesmo que seja em 40 anos é um aumento muito significativo", afirmou.

Fonte: UNIAD

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A ciência adverte: fumar maconha emburrece

MACONHA: A PESQUISA E A REJEIÇÃO NOS EUA

Por Milton Corrêa da Costa, especial para o blog Repórter de Crime

Um recente estudo da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) acaba de ratificar o que já havia sido objeto de pesquisa em outros países: o hábito de fumar maconha frequentemente, mesmo que em pouca quantidade, pode danificar seriamente a área do cérebro responsável pela memória. Por sua vez, na semana passada, a chamada "corrente progressista" -são cerca de 190 milhões de usuários no mundo segundo a ONU- que luta pela legalização do cultivo, venda e consumo da maconha, acaba de sofrer um duro golpe. Nos EUA, a Califórnia, primeiro estado a oficializar o uso medicinal da cannabis em 1996, rejeitou, em referendo popular, tal proposta. Mesmo para uso medicinal o uso da maconha foi ainda rejeitado, pela corrente de conservadores, nos estados de Oregon e Dakota do Sul. Medida de bom senso contra uma droga, com seu componente psicoativo ( tetrahidrocannabinol-THC), cada vez mais potente hoje- vide a maconha hidropônica- que nada tem de tão recreativo assim.

Uma opinião, das mais importantes, já citada inclusive em artigo do jornalista Jorge Antônio Barros de 'O GLOBO', que coloca em xeque o pressuposto de que a maconha é uma droga inofensiva, parte da diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas( EUA), a mexicana Nora Volkow, ao afirmar: "Há quem veja a maconha como uma droga inofensiva.Trata-se de um erro. Comprovadamente, a maconha tem efeitos bastante danosos. Ela pode bloquear receptores neurais muito importantes. Estudos feitos em animais mostraram que, expostos ao componente ativo (THC) há intereferências sob controle do apetite, memória e humor. Isso, causa desde aumento da ansiedade, até a perda de memória e depressão. Claro que há pessoas- prossegue a estudiosa afirmando- que fumam maconha diariamente por toda vida sem que sofram consequências negativas, assim como há quem fume cigarros até os 100 anos de idade e não desenvolva câncer de pulmão. Mas até agora não temos como saber quem é tolerante á droga e quem não é. Então a maconha é sim perigosa", afirmou a psiquiatra que conduziu, na década de 80, estudos comprovando que a cocaína causa dependência química, além de graves danos ao cérebro.

Acrescente-se a constatação de alguns estudiosos sobre o uso da cannabis, em nosso país, como a professora de psiquiatria Maria Teresa Costa de Aquino, da FCM / UERJ, diretora do NEPAD ( Núcleo em Atençao ao Uso Indevido de Drogas), no Rio, que afirma que a maconha pode causar síndrome amotivacional, um estado letárgico de falta de motivação para o trabalho, estudo, atividades físicas e outras tarefas do dia a dia. "A maconha de que falamos hoje não é a mesma de 20 ou 30 anos atrás.A percentagem de substância alucinógena é bem maior", diz a estudiosa.
Outros estudiosos afirmam que a maconha, em uso cont[inuo, pode levar os dependentes a um estado agressivo exacerbado e dar causa a episódios psicóticos. Não custa lembrar que no ano passado em São Paulo, o jovem Carlos Eduardo Sandfeld Nunes, de 24 anos, assassino confesso do famoso cartunista Glauco Villas Boas e do seu filho Raoni, encontrava-se, segundo o exame toxicológico, realizado após o bárbaro crime, sob o efeito de maconha. Cadu, como era chamado o homicida,não estudava, não trabalhava, fumava cannabis desde os 15 anos e passou a traficar a droga há algum tempo para sustentar o vício, apresentando ainda surtos psicóticos (alucinações e delírios).

John McGrath, do Instituto Neurológico de Queensland, na Austrália, numa pesquisa que relaciona psicose ao uso contínuo da maconha, estudou mais de 3.800 homens e mulheres nascidos enttre entre 1981 e 1984 e comparou seus comportamentos, após completarem 21 anos de idade, para perguntar-lhes ( todos já eram pacientes) sobre o uso da maconha em suas vidas, avaliando os entrevistados para episódios psíquicos. Cerca de 18% relataram uso de maconha por três ou mais anos, outros 16% por de quatro a cinco anos e 14% durante seis ou mais anos. Ressalte-se que Cadu, o duplo homicida, fumava maconha há mais de nove anos. A pesquisa de McGrath concluiu que os que tinham seis ou mais anos de uso da droga tinham duas vezes mais chances de desenvolver psicose não afetiva, como esquizofrenia. O estudo foi publicado na revista de psiquiatria " Archives of General Psychiatry".

Assim sendo, ainda que conclusões científicas precisem ser relativizadas, mormente quanto a um tema tão polêmico- cada caso é um caso- não se pode desconsiderar tais estudos e depoimentos. Chega agora a notícia de que o uso prolongado do álcool -droga lícita- causa talvez mais danos do que o crack e a heroína. Outra notícia, muito lamentável, que mostra que a questão da droga não poupa gregos nem troianos, envolve o recente falecimento do surfista Andy Irons (32 anos), três vezes campeão do mundo em sua especilidade esportiva, assinala que o famoso atleta, que já tivera envolvimento com drogas, encontrava-se em processo de recuperação da dependência. Andy havia contráido dengue recentemente, O exame toxicológico, em razão do uso de diferentes medicamentos, revelará a causa-mortis.
A realidade é que o "não" da maioria dos californianos à proposta de legalização da maconha foi medida de bom senso. Já nos bastam os males causados em todo mundo pelo alcoolismo e o tabagismo. Drogas não agregam valores sociais positivos. Há outros prazeres prara os jovens, na vida, sem que necessitem da busca ( falsa) do "mundo colorido" através de estados alterados de consciência. O bom senso determina a proteção de nossas futuras gerações no posicionamento contrário à descriminalização de drogas. Aos pais e responsáveis fica o alerta de que, neste caso, o preço da felicidade é a eterna vigilância de seu filhos. A maconha é uma perigosa porta aberta para o caminho da destruição.
Milton Corrêa da Costa é Coronel da PM do Rio na reserva

Fonte: UNIAD

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A mão esquerda sabe o que a direita está fazendo?

Metade do cérebro humano pode ser motivada a agir enquanto a outra parte é deixada na ignorância

© DORI OCONNELL/ISTOCKPHOTO

Você já se percebeu realizando algum gesto sem se dar conta dele? Sabemos, por exemplo, que é possível afastar um inseto que está voando na nossa frente antes mesmo de perceber conscientemente que ele está lá, ou ainda coçar uma picada de forma automática. Um estudo publicado no periódico Psychological Science realizado por cientistas do Institut National de La Santé (Inserm), em Paris, pode ajudar a explicar esse fato: metade do nosso cérebro pode ser motivada a agir enquanto a outra parte é deixada na ignorância.

Para chegar a essa conclusão, o grupo de cientistas mediu com que força 33 voluntários conseguiam apertar um cabo com cada mão. Em seguida, apresentaram a eles imagens com moedas de 1 euro e de 1 centavo de euro na tela de computador. As moedas eram visíveis apenas para um olho por vez e apareciam durante apenas 17 milissegundos – tempo suficiente para o processamento subliminar, mas não o consciente. Após cada imagem ter piscado, os participantes apertavam o cabo com a mão que o estivesse segurando. Os voluntários foram informados de que ganhariam uma fração maior de dinheiro de acordo com a força que usassem; cada um tentou quatro combinações de olhos e mãos: olho direito com a mão direita ou esquerda e olho esquerdo com a mão esquerda ou direita. Embora não pudessem saber qual moeda observaram – confirmando o fato de que não estavam conscientes do que tinham visto – quando viam a moeda com valor maior, apertavam com mais força se o cabo estivesse posicionado do mesmo lado do corpo que o olho que percebeu o dinheiro. Os apertos não se alteravam dependendo do que o olho oposto enxergava, indicando que apenas metade do cérebro estava sendo motivada.

O neurocientista cognitivo Mathias Pessiglione, coautor do estudo, explica que, às vezes, a motivação não é subconsciente; ela pode também ser “subpessoal”, isto é, parte pode ser estimulada enquanto a outra, não. Assim, na próxima vez que você for surpreendido em meio a uma ação estranha, tente perceber se é responsabilidade das metades independentes do cérebro.

edição 215 - Dezembro 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Saiba como procurar tratamento para dependência de crack em SP

G1
Centros de Atenção Psicossocial auxiliam na desintoxicação. Veja os endereços dos CAPS em todo o estado.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que cuidam dos casos de álcool e drogas, atendem cerca de 10.500 pessoas mensalmente na capital paulista. A Prefeitura de São Paulo, entretanto, não tem dados exatos sobre o número de dependentes de crack.
Ainda de acordo com a Prefeitura, no primeiro ano de tratamento, 80% dos dependentes deixam o crack. Visto em longo prazo esse índice cai: 30% conseguem viver longe da droga.
O dependente que procura ajuda é avaliado por psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais para saber se é uso abusivo ou dependência química. A primeira semana do tratamento é a de desintoxicação. Nos casos extremos, a pessoa fica internada.
Os CAPS funcionam como pronto-atendimento e fazem internações se for preciso. Só os casos mais graves são encaminhados para outros lugares. Depois da desintoxicação, começa a etapa mais difícil: reaprender a viver sem a droga.
Segundo um levantamento do CAPS, 47,7% dos usuários recebem atendimento ou tratamento, exclusivamente, em razão da dependência do álcool; 32,6% múltiplas drogas; 10,2% cocaína (crack está neste percentual porque é derivado da cocaína); 5,1% fumo; 3,5% canabinóides e 0,8% outras drogas. Cada CAPS faz em média 800 atendimentos por mês.

Como funciona
A política de atendimento para que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas começou em 2005. A rede municipal conta com 62 CAPS que atendem população com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, como álcool e outras drogas, de segunda a sexta das 07h às 17h ou das 8h às 18h.

Veja os endereços dos CAPS em todo o estado de São Paulo

Há também o CAPS 24 horas, na região da Praça da Sé. A unidade tem capacidade para realizar três mil atendimentos por mês e hoje conta com 524 pacientes fixos em tratamento nos grupos terapêuticos.

Fonte: UNIAD

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vermelho e amarelo são cores associadas ao prazer

Tons “quentes” remetem a frutas maduras e saborosas;
já os “frios” nos levam a coisas menos agradáveis
© luiz rocha/shutterstock

É comum que as pessoas se aproximem ou se afastem de objetos devido à sua cor: o vermelho e o amarelo normalmente remetem a frutas maduras e saborosas, enquanto o verde e o marrom nos levam a coisas menos agradáveis. Para testar se isso faz sentido sob o olhar da ciência, os psicólogos Stephen Palmer e Karen Schloss, da Universidade da Califórnia em Berkeley, separaram os voluntários em quatro grupos. O primeiro devia dizer rapidamente o objeto que associava a cada uma das 32 cores propostas. Quando apresentados ao amarelo, por exemplo, listaram bananas, canários e mostarda; o segundo grupo avaliou a atração que cada objeto exercia em uma escala de zero (repulsivo) a 100 (muito agradável); e um terceiro grupo avaliou o quanto cada cor combinava com cada objeto.

Com base nas diferentes avaliações feitas pelos grupos, os cientistas deram um peso matemático para cada cor indicando a força de sua conexão com os objetos mais apreciados. Finalmente os participantes do quarto grupo indicaram o quanto gostaram ou não das 32 cores anteriores usando uma escala móvel. Os pesquisadores descobriram que esse grupo tendia a apreciar as cores com os maiores pesos – as que os três grupos associaram a objetos agradáveis.

A próxima questão é: será que a atração e a rejeição por determinadas cores são agravadas pelo nosso cérebro? Ou são as nossas experiências que moldam nossas escolhas? Agora o grupo de cientistas está testando pessoas dos Estados Unidos, México e Japão para averiguar se as cores e os objetos prediletos são diferentes em cada país.

29 de outubro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Instituições alertam sobre influência dos pais que bebem sobre os filhos

Folha de São Paulo

A organização britânica Alcohol Concern e a Sociedade da Criança quer assistentes sociais para ter mais formação obrigatória, na forma de lidar com o abuso de álcool dentro das famílias.

Um relatório estima que 2,6 milhões de crianças vivem com um dos pais, cujo consumo de álcool poderia levar ao desprezo. A informação foi publicada no site da "BBC News". Um órgão que representa os assistentes sociais disse que o álcool causa mais problemas do que as drogas.

Segundo uma pesquisa realizada pela Alcohol Concern em julho, a maioria dos britânicos acredita que o hábito dos pais que bebem muito têm um impacto negativo sobre as crianças --muitos acham que é tão prejudicial quanto o abuso de drogas.


No entanto, as duas instituições de caridade dizem que a escala do problema não é plenamente reconhecida.
Os pais dos 2,6 milhões de crianças são definidos como "perigosos" bebedores --seja por causa da enorme quantidade ou frequência do consumo, ou porque mesmo em menor nível, o hábito leva a outros problemas, tais como não ser capaz de levantar da cama de manhã ou cumprir deveres.
Entre as 2,6 milhões de crianças, 700.000 estão sendo criadas por um dos pais definido como alcoólatra.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cura da Diabetes em 30 dias de Comida Ecológica

Pessoas dependentes de insulina por 20 anos e em duas semanas de comida ecológica, já não mais precisavam de doses de insulina. Uma revolução que deve ser anunciada aos 4 cantos deste mundo. Mas que todos nós sabemos: "Somos o que comemos".




segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Estudo da USP identifica cocaína em recém-nascidos




Técnica mostra se a mãe consumiu droga em qualquer época da gravidez

Pesquisa pode salvar bebê, mesmo quando a mãe esconde o vício, e também ajudar a polícia em casos de morte
Folha de São Paulo - JULIANA COISSI - DE RIBEIRÃO PRETO
Um mecanismo desenvolvido pela USP de Ribeirão Preto identifica, pelas primeiras fezes do recém-nascido, se a mãe consumiu cocaína (e/ou crack) durante qualquer época da gravidez.
O método inédito pode ajudar a salvar bebês nos casos em que a mãe omite a dependência química e, no futuro, também pode auxiliar na solução de crimes.
O estudo de Marcela Nogueira Rabelo Alves foi orientado pelo professor Bruno Spinosa de Martinis. Foram selecionadas amostras de mecônio (as primeiras fezes) de 20 bebês cujas mães deram à luz no HC (Hospital das Clínicas) em 2009.


Em nove casos, as mães tinham declarado já ter usado a droga, seis delas, inclusive, na gravidez. Em três das amostras havia cocaína e em uma delas também crack.


O estudo também revelou que algumas mães omitem a dependência. Onze grávidas disseram que nunca tinham consumido droga, mas o exame apontou a presença de cocaína nos bebês de três mulheres desse grupo.
Segundo Marcela, a autora da dissertação de mestrado, o exame pode ser empregado em hospitais de maior porte, como o HC.
"Isso evitaria casos de mães que não dizem no pré-natal que são usuárias, levando o médico, quando o bebê nasce com problemas, como o cérebro não desenvolvido, a atribuir a deficiência a outras razões", afirmou.

Dados de pesquisas anteriores do HC apontam que entre 4,5% e 6% dos nascidos no hospital são filhos de usuárias de drogas.
De acordo com o chefe do serviço de obstetrícia, Geraldo Duarte, a pesquisa pode servir como mais um apoio para o zelo com a criança.
"É um grande Sherlock Holmes, porque, às vezes, a mãe não pode contar, não quer contar. E se a mãe resiste de deixar tirar sangue do bebê, sobre o mecônio eu não preciso consultá-la para o bem da criança", disse.

O método também poderá servir de apoio à polícia para identificar, em caso de morte do recém-nascido, se a cocaína foi a causa da morte.
Isso porque exames de urina ou sangue retirados só mostram se a mãe consumiu cocaína até quatro dias antes do nascimento. Já o mecônio aponta a droga acumulada durante toda a gravidez.

Para casos suspeitos, a Polícia Científica de São Paulo informou que analisa sangue, plasma e outros elementos, mas não o mecônio.
"Talvez, a partir dessa pesquisa, possa se avaliar qual o benefício que isso pode trazer", disse o assessor da diretoria do IML de São Paulo, João de Souza Filho.


Fonte: UNIAD

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dependência de nicotina

Folha de São Paulo - DRAUZIO VARELLA
Para experimentar o prazer do principiante, o cérebro passa a exigir doses cada vez mais altas de nicotina

NICOTINA é uma droga que anda com péssimas companhias. Pouco contribui para as doenças causadas pelo cigarro; deixa o serviço sujo por conta das centenas de substâncias tóxicas resultantes da queima do fumo, inaladas ao mesmo tempo.
É ela, entretanto, a responsável pela dependência química que escraviza o usuário. Não existisse nicotina nas folhas de fumo, o cigarro daria tanta satisfação quanto fumar um pé de alface.
Na coluna de hoje, leitor, vou explicar porque 80% dos que tentam livrar-se dessa droga fracassam já no primeiro mês de abstinência e porque míseros 3% permanecem abstinentes depois de um ano.

O cigarro é um dispositivo projetado para administrar partículas de nicotina dispersas na fumaça. Absorvida nos alvéolos pulmonares, a droga cai na circulação e chega ao cérebro em velocidade vertiginosa: seis a dez segundos.
Sabe Deus por que capricho, os neurônios de algumas áreas cerebrais possuem pequenas antenas (receptores) às quais a nicotina se liga. A ligação com os receptores abre canais na membrana desses neurônios, através dos quais transitarão diversos neurotransmissores, substâncias que interferem com a intensidade dos estímulos que trafegam de um neurônio para outro.
Um deles é a dopamina, mediador associado às sensações de prazer e à compulsão que nos faz repetir as experiências que as proporcionaram, sejam sexuais, sejam gustativas ou sejam induzidas artificialmente por drogas psicoativas como cocaína ou maconha.

A nicotina induz prazer e reduz o estresse e a ansiedade. O intervalo entre as tragadas é ajustado na medida exata para controlar a excitação e o humor. Fumar melhora a concentração, a prontidão das reações e a performance de algumas tarefas. A simples manipulação do maço, o gosto, o cheiro e a passagem da fumaça pela garganta são suficientes para trazer bem-estar ao dependente.
A razão mais importante para esses benefícios é o simples alívio dos sintomas da síndrome de abstinência. Das drogas conhecidas, nenhuma causa abstinência mais avassaladora: irritabilidade, agitação, mau humor, ansiedade crescente e anedonia, a incapacidade de sentir prazer.

A exposição repetida dos neurônios à nicotina dispara o mecanismo de tolerância ou neuroadaptação, por meio do qual o número de receptores aumenta em suas membranas. Como consequência, para experimentar o mesmo prazer do principiante, o cérebro passa a exigir doses cada vez mais altas da droga. Negar-se a fornecê-las é cair no inferno.

A repetição diária de crises de abstinência alternadas com a felicidade de ficar livre delas leva o cérebro a associar os efeitos agradáveis da nicotina com certos ambientes, situações e momentos específicos. Esse conjunto de fatores é responsável pelo condicionamento que obriga a acender mecanicamente um cigarro antes mesmo da necessidade consciente de fazê-lo.
Estados de humor desagradáveis, ansiedade e irritação de qualquer origem são lidos pelo cérebro como falta de nicotina e urgência para fumar um cigarro.

Estudos realizados com irmãos gêmeos mostram elevado grau de predisposição genética envolvido na aquisição da dependência, nas características dos sintomas de abstinência e até no número de cigarros fumados por dia.

O comportamento das mulheres fumantes é mais influenciado pelo condicionamento e pelos estados de humor negativos; o dos homens, mais pelos estímulos farmacológicos da droga. Os homens regulam as doses de nicotina inaladas com mais precisão e conseguem parar de fumar com menos sofrimento.
Primariamente, a nicotina é metabolizada por uma enzima do fígado (CYP2A6). Pessoas nas quais essa enzima apresenta atividade reduzida mantém a droga mais tempo em circulação e tendem a fumar menos. Metabolizadores rápidos precisam fumar mais, apresentam sintomas de abstinência mais intensos e encontram maior dificuldade para largar do cigarro.

Droga maldita. Não conduz a nenhum nirvana, não desperta fantasias psicodélicas nem traz sensação de felicidade plena. O que faz o fumante cair nas garras do fornecedor é o condicionamento associado à sucessão dos sintomas de abstinência aplacados imediatamente pelo cigarro seguinte. Fumar se torna condição sine qua non para sobreviver com dignidade.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dicas para alimentar-se bem

• Procure iniciar seu dia com um bom copo de suco desintoxicante, passando a informação de que há uma cumplicidade de você para com seu corpo, no sentido de ajudá-lo a acordar e se aliviar de todos os seus venenos e toxinas.


• Procure consumir alimentos variados todos os dias, para garantir todos os nutrientes necessários. Ah! Não se esqueça das sementes cruas como a de girassol, linhaça e do Pará, que são fontes de nutrição para o cérebro, todas as membranas e pele, assim como para o equilíbrio hormonal. Mas, atenção nas quantidades, pois elas são tão poderosas que o consumo diário deve ser baixo. Tipo: girassol - 1 colher sobremesa / linhaça - 1 colher sopa / castanha do Pará - 1 unidade.


Procure escolher os alimentos da época pois estão mais baratos, bonitos e plenos de nutrientes. Em geral, alimentos da época contêm menos agrotóxicos. Esse é o motivo pelo qual na cultura orgânica, você só encontra disponível no mercado as variedades da época.


• Aumente seu consumo de fibras, preferindo frutas, raízes, sementes, legumes, folhas e cereais integrais crus e frescos, idealmente orgânicos.


• Diminua o consumo de carne vermelha e, enquanto reduz o consumo de carnes opte por peixes e aves. Escolha sempre cortes magros. Tire a pele das aves: ela contém alto teor de gordura.


• Evite todos os laticínios. Mas enquanto há consumo opte pelos desnatados. Evite sorvetes cremosos; prefira o frozen yogurt ou os sorvetes de frutas que não levam leite em sua composição.


• Use menos sal e evite os riscos da pressão alta. Tempere com limão, ervas frescas e aprenda a apreciar o sabor natural dos alimentos. Evite alimentos industrializados, como sopas prontas, carnes enlatadas, embutidos e frios, que contêm muito sal, além de conservantes e aditivos químicos.


• Diminua o açúcar refinado e os demais açúcares (mascavo, demerara e cristal). Reduza ou elimine o consumo de refrigerantes, balas, bombons e sobremesas muito doces. Açúcar engorda sem nutrir, deprime o sistema imunológico, provoca várias doenças (anemia e osteoporose, entre elas) e estimula processos depressivos. Fique atenta para o açúcar escondido nos alimentos industrializados (pães, gelatinas, sucos, etc): leia os rótulos! Compense usando frutas frescas ou secas, que é uma fonte de açúcar integral e saudável.


• Procure beber de 6 a 8 copos de líquidos ao longo do dia na forma de sucos desintoxicantes, chás de ervas (sem açúcar) e sopas desintoxicantes (saborosíssimas) também valem.


• Mas, evite tomar líquidos na hora das refeições. Este hábito dilui as enzimas e líquidos digestivos, provocando atrasos e fermentações, como também expansão do volume estomacal. O ideal é tomar 1 suco desintoxicante 30 minutos antes do almoço e do jantar, para assim reduzir a compulsão alimentar como também a necessidade de beber líquidos na hora errada.


• E finalmente: todo mundo sabe que o exercício regular promove a saúde e o bem-estar, melhora a pos tura e afina a silhueta. Além disso, está provado que o exercício contribui para diminuir o estres se, ajuda a manter o peso ideal, aumenta a ener gia, previne a insônia e a ansiedade e ajuda a viver muito mais. Existem variados e divertidos tipos de exercício, escolha o seu!


Fonte: Doce Limão

Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para a alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.

Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações e citada a autora e a fonte.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Tomar sol ajuda proteger os neurônios

Pouca vitamina D no organismo pode comprometer a função cognitiva

Dermatologistas costumam alertar: para expor a pele aos raios solares é preciso aplicar protetor, o que evita câncer e envelhecimento precoce. Mas fugir do sol também traz consequências graves para o cérebro. Pesquisadores descobriram que a ausência de vitamina D no organismo pode comprometer funções cognitivas. Embora seja mais conhecida por promover saúde dos ossos e regular os níveis de cálcio, a vitamina desativa enzimas cerebrais que participam da síntese de neurotransmissores e do crescimento neuronal. Com essas descobertas, pesquisadores esperam que no futuro a vitamina ajude no tratamento de pacientes com Alzheimer.

“Sabemos que há receptores de vitamina D espalhados por todo o sistema nervoso central e hipocampo. Além disso, ela ativa e desativa as enzimas no cérebro e no fluido cerebrospinal envolvidas na síntese de neurotransmissores e no crescimento dos nervos”, explicou o pesquisador Robert J. Przybelski, da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin. Os estudos em animais e em laboratório sugerem que a substância pode proteger os neurônios e reduzir a inflamação.

Dois novos experimentos revelam mais novidades sobre o assunto. O primeiro, conduzido pelo neurocientista David Llewellyn, da Universidade de Cambridge, avaliou o índice da presença da vitamina em mais de 1.700 ingleses com mais de 65 anos. Os voluntários foram divididos em quatro grupos de acordo com os índices da substância encontrados no sangue: profundamente deficiente, deficiente, insuficiente e excelente; em seguida, foram testados quanto à função cognitiva. Os cientistas descobriram que, quanto mais baixos os níveis, maior o impacto negativo no desempenho na bateria de testes mentais. Se comparados a pessoas do grupo excelente, os que apresentavam valores mais baixos corriam mais risco de ter alguma deficiência mental.

O segundo estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, concentrou-se nos níveis de vitamina D e no desempenho cognitivo de mais de 3.100 voluntários entre 40 e 79 anos em oito países europeus. As informações mostram que os participantes com níveis mais baixos demoraram mais tempo para processar informações. Essa correlação foi particularmente expressiva entre os homens com mais de 60 anos.

“O fato de essa relação ter sido estabelecida em larga escala e em um estudo com seres humanos é muito importante, mas ainda há muito a ser estudado. Embora saibamos que o baixo grau da vitamina está associado ao comprometimento mental, não descobrimos se os altos reduziram a perda cognitiva”, salienta Przybelski.

Pelo fato de o comprometimento cognitivo ser, em geral, precursor da demência e do Alzheimer, a vitamina D é tema em constante discussão entre os cientistas que tentam responder a essas questões. Przybelski, por exemplo, planeja um estudo sobre isso para verificar se afetará a incidência de Alzheimer em longo prazo. Então, quanto de vitamina D é suficiente? Alguns especialistas dizem que de 15 a 30 minutos de exposição ao sol, de duas a três vezes por semana, seria o ideal para adultos saudáveis. É importante lembrar que fatores como a cor da pele, o local de residência e a área exposta ao sol afetarão o volume de vitamina D produzido por cada um.

edição 214 - Novembro 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Os Homens de fato estacionam melhor que as mulheres?


Muita gente defende a tese de que “homens conseguem estacionar melhor que mulheres”. Resta saber se afirmação tem algum respaldo de verdade ou é apenas mais uma dessas frases machistas que cada vez mais perdem força diante dos bons desempenhos femininos. Para irritação de algumas motoristas, estudos têm mostrado que, embora haja exceções, eles costumam ser mais habilidosos na hora de manobrar e para o carro em uma vaga. Ao que tudo indica, essa diferença entre os gêneros (que aparece também entre condutores iniciantes) se baseia na vantagem masculina em relação à visão espacial e na opinião positiva que eles têm sobre si.

Isso é o que mostram os resultados de um estudo realizado por uma equipe coordenada pelo psicólogo Onur Güntürkün, da Universidade de Bochum, na Alemanha. Alguns anos depois de tirar a carteira de habilitação, a autoimagem de cada um como motorista tem grande influência em sua capacidade de estacionar.

Os psicólogos de Bochum pediram a 65 voluntários, 30 mulheres e 35 homens, para estacionar várias vezes: de frente, de ré e de lado. As voluntárias eram, segundo elas mesmas, tão experientes quanto os homens, mas avaliavam sua habilidade na direção de forma modesta em comparação aos colegas do sexo masculino. Durante o teste, elas precisaram de mais tempo para colocar o carro na posição desejada e ainda assim, quando precisavam estacionar de lado, o automóvel não ficava exatamente posicionado nas marcações. Para frente e de ré, porém, todos os voluntários paravam com a mesma facilidade. Na fase seguinte do experimento, os cientistas testaram a capacidade de visualização espacial dos voluntários e os resultados mostram que, conforme o esperado, homens tiveram pontuação melhor.

Em relação a motoristas iniciantes os estudiosos concluíram que quanto mais acertavam a manobra mais rapidamente estacionavam. Essa performance dependia exclusivamente da convicção pessoal de ser um bom ou mau motorista. Já entre os experientes, a autoavaliação era decisiva tanto para rapidez quanto para precisão ao estacionar. Assim, os pesquisadores concluíram que a visão espacial era fator decisivo apenas para os menos experientes. Com o aumento da prática, essa característica perde a importância, pois as ações se tornam automáticas.

Fonte: Revista Mente & Cérebro n° 213, outubro/2010, pág. 73

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

As Carícias e o Iluminado


Chega de viver entre o medo e a Raiva! Se não aprendermos a viver de outro modo, poderemos acabar com a nossa espécie.

É preciso começar a trocar carícias, a proporcionar prazer, a fazer com o outro todas as coisas boas que a gente tem vontade de fazer e não faz, porque "não fica bem" mostrar bons sentimentos! No nosso mundo negociante e competitivo, mostrar amor é... um mau negócio. O outro vai aproveitar, explorar, cobrar... Chega de negociar com sentimentos e sensações. Negócio é de coisas e de dinheiro- e pronto! O pesquisador B. Skinner mostrou por A mais B que só são estáveis os condicionamentos recompensados; aqueles baseado na dor precisam ser reforçados sempre senão desaparecem. Vamos nos reforçar positivamente. É o jeito - o único jeito - de começarmos um novo tipo de convívio social, uma nova estrutura, um mundo melhor.

Freud ajudou a atrapalhar mostrando o quanto nós escondemos de ruim; mas é fácil ver que nós escondemos também tudo que é bom em nós, a ternura, o encantamento, o agrado em ver, em acariciar, em cooperar, a gentileza, a alegria, o romantismo, a poesia, sobretudo o brincar - com o outro. Tudo tem que ser sério, respeitável, comedido - fúnebre, chato, restritivo, contido...

Há mais pontos sensíveis em nosso corpo do que as estrelas num céu invernal.

"Desejo", do latim de-sid-erio, provém da raiz "sid", da língua zenda, significando ESTRELA, como se vê em sideral, relativo às estrelas.

Seguir o desejo é seguir a estrela - estar orientado, saber para onde vai, conhecer a direção...

"Gente é para brilhar", diz mestre Caetano.

Gente é, demonstravelmente, a maior maravilha, o maior playground e a mais complexa máquina neuromecânica do Universo conhecido. Diz o Psicanalista que todos nós sofremos de mania de grandeza, de onipotência.

A mim parece que sofremos de mania de pequenez.

Qual o homem que se assume em toda a sua grandeza natural? "Quem sou eu primo..."Em vez de admirar, nós invejamos - por não termos coragem de fazer o que a nossa estrela determina.

O Medo - eis o inimigo.

O medo, principalmente do outro, que observa atentamente tudo o que fazemos - sempre pronto a criticar, a condenar, a pôr restrições - porque fazemos diferente dele.

Só por isso. Nossa diferença diz para ele que sua mesmice não é necessária. Que ele também pode tentar se livre - seguindo sua estrela. Que sua prisão não tem paredes de pedra, nem correntes de ferro. Como a de Branca de Neve, sua prisão é de cristal - invisível. Só existe na sua cabeça. Mas sua cabeça contém - é preciso que se diga - todos os outros que, de dentro dele, o observam, criticam, comentam - às vezes até elogiam!

Por que vivemos fazendo isso uns com os outros - vigiando-nos e obrigando-nos - todos contra todos - a ficar bonzinhos dentro das regrinhas do bem-comportado - pequenos, pequenos. Sofremos de megalomania porque no palco social obrigamo-nos a ser, todos, anões. Ai de quem se sobressai, fazendo de repente o que lhe deu na cabeça. Fogueira para ele! Ou você pensa que a fogueira só existiu na Idade Média?

Nós nos obrigamos a ser - todos - pequenos, insignificantes, inaparentes, "normais"- normopatas diz melhor; oligopatas - apesar do grego- melhor ainda. Oligotímicos - sentimentos pequenos - é o ideal...

Quem é o iluminado?

No seu tempo, é sempre um louco delirante que faz tudo diferente de todos. Ele sofre, principalmente, de um alto senso de dignidade humana - o que o torna insuportável para todos os próximos, que são indignos.

Ele sofre, depois, de uma completa cegueira em relação à "realidade"(convencional), que ele não respeita nem um pouco. Ama desbragadamente - o sem vergonha. Comporta-se como se as pessoas merecessem confiança, como se todos fossem bons, como se toda criatura fosse amável, linda, admirável.

Assim ele vai deixando um rastro de luz por onde quer que passe.

Porque se encanta, porque se apaixona, porque abraça com calor e com amor, porque sorri e é feliz.

Como pode, esse louco?

Como pode estar - e viver! - sempre tão fora da realidade - que é sombria, ameaçadora; como ignorar que os outros - sempre os outros - são desconfiados, desonestos, mesquinhos, exploradores, prepotentes, fingidos, traiçoeiros, hipócritas...

Ah! Os outros...
(Fossem todos como eu, tão bem-comportados, tão educados, tão finos de sentimentos...) O que não se compreende é como há tanta maldade num mundo feito somente de gente que se considera tão boa. Deveras, não se compreende.

Menos ainda se compreende que de tantas famílias perfeitas - a família de cada um é sempre ótima - acabe acontecendo um mundo tão infernalmente péssimo.

Ah! Os outros... Se eles não fossem tão maus - como seria bom...

Proponho um tema para meditação profunda; é a lição mais fundamental de toda a Psicologia Dinâmica:

Só sabemos fazer o que foi feito conosco.
Só conseguimos tratar bem os demais se fomos bem tratados.
Só sabemos nos tratar bem se fomos bem tratados.
Se só fomos ignorados, só sabemos ignorar.
Se só fomos odiados, só sabemos odiar.
Se fomos maltratados, só sabemos maltratar.
Não há como fugir desta engrenagem de aço: ninguém é feliz sozinho.
Ou o mundo melhora para todos ou ele acaba.
Amar o próximo não é mais idealismo "místico"de alguns.
Ou aprendemos a nos acariciar ou liquidaremos com a nossa espécie.
Ou aprendemos a nos tratar bem - a nos acariciar - ou nos destruiremos.
Carícias - a própria palavra é bonita.
Carícias ... Olhar de encantamento descobrindo a divindade do outro - meu espelho!

Carícias... Envolvência ( quem não se envolve não se desenvolve...), ondulações, admiração, felicidade, alegria em nós - eu e os outros.

Energia poderosa na ação comum, na co-operação. Na co-munhão.

Só a União faz a força - sinto muito, mas as verdades banais de todos os tempos são verdadeiras - e seria bom se a gente tentasse FAZER o que essas verdades nos sugerem, em vez de críticos e céticos e pessimistas, encolhermos os ombros e deixarmos que a espécie continue, cega, caminhando em velocidade uniformemente acelerada para o Buraco Negro da aniquilação.

Nunca se pôde dizer, como hoje: ou nos salvamos - todos juntos - o nos danamos - todos juntos.

Fonte: Humauniversidade